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14 de ago. de 2008

Gimli o maior planador do mundo se aposenta.

Os funcionários da Air Canadá se reuniram no dia 24 de Janeiro de 2008 para dar um último adeus ao seu pássaro mais famoso. Em seu último vôo, o Boeing 767 conhecido como “Gimli o maior planador do mundo”, fez um sobrevôo e sacudiu as asas como forma de saudação sobre a pequena cidade de Gimli, província de Manitoba, situada às margens do Lago Winnipeg, Canadá.

Esta localidade foi palco do desfecho daquilo que teria sido o pior desastre da história da aviação do Canadá, e quiçá, do mundo, não fosse uma sucessão decisões acertadas e a perícia do comandante Pearson.

Em 23 de julho de 1983, os mecânicos de manutenção do vôo 143 da Air Canadá descobriram um problema no computador de bordo do Boeing 767, o responsável pelo cálculo da quantidade de combustível necessária para fazer o vôo de Montreal a Edmonton, com uma breve parada em Ottawa. Ao invés de cancelar o vôo, a equipe de terra resolveu fazer os cálculos manualmente, apesar de nenhum deles ter sido treinado para isto.

A aeronave rumou para em Ottawa, onde pousou normalmente e decolou sem nenhum incidente, até que um alarme começou a berrar a 12.300 metros de altitude em algum lugar sobre Red Lake, província de Ontário. Foi quando os pilotos se deram conta do erro – a equipe de terra havia usado o sistema de medida imperial, ao invés do sistema métrico para fazer os cálculos da quantidade de compbustível - e haviam errado feio.

O avião ficara sem combustível, e em seguida, as duas turbinas pararam de vez. O comandante Robert Pearson, que também era um exímio piloto de planador, começou imediatamente a fazer os cálculos para obter o planeio do jumbo 767 de 160 toneladas. Uma vez achada a razão de planeio, eles descobriram que não tinham mais como voltar a Ottawa e muito menos prosseguir ao destino final, ambos muito distantes da autonomia emergencial: cerca de 100 quilômetros de planeio até uma pista segura. O co-piloto Maurice Quintal sugeriu então um pouso numa antiga base aérea desativada nos arredores de Gimli, onde ele havia servido quando esteve na força aérea canadense.

O que o co-piloto não sabia é que a pista que seria usada para o pouso de emergência, havia sido transformada em pista de corrida de Dragsters. Exatamente naquele dia, uma multidão de espectadores se aglomeravam ao longo da pista para apreciar os pegas.

Devido ao pouco espaço disponível, o imenso 767 conseguiu parar a justos 30 metros do final da vista, onde se amontoavam barracas, trailers, carros, churrasqueiras e pessoas.

O Boeing 767 teve apenas danos leves, causados por ter pousado de “nariz no chão”, pelo trem dianteiro não ter baixado, porque o sistema hidráulico não funcionou mais devido à falta de combustível. Depois de dois dias do conserto, o Boeing 767 decolou novamente e voltou ao serviço, onde permaneceu até este ano de 2008, quando finalmente ganhou o seu descanso final.
A despedida do avião do inesquecível vôo 143 foi emocionante; depois de ter homenageado a cidade de Gimli, guinou à esquerda e fez o seu último vôo em direção ao cemitério de aviões localizado no deserto de Mojave, Califórnia, Estados Unidos.

Os pilotos daquele vôo histórico, comandante Pearson e co-piloto Quintal, estavam à bordo do seu pássaro em seu último planeio até os Campos do Senhor.

Fonte:
Famous Gimli Glider retired from Air Canada service.

Links relacionados:
Pilots, crew reboard 'Gimli Glider' for final flight.
O Vôo do maior Planador do Mundo.
O acidente Gimli Glider
Gimli Glider
Gimli Glider July 23rd, 1983

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