Por isso, as reclamações contra os câmbios automáticos são
constantes e crescentes, com muita gente xingando as concessionárias, quando na
realidade a fonte dos problemas está no mau uso. Então, se você está
embasbacado na frente da mensagem "Anomalia Caixa Automática" piscando
no seu painel (e o câmbio emperrado na 3ª), em primeiro lugar faça um
levantamento do mau uso que talvez tenha provocado o desgaste prematuro da sua
caixa de câmbio.
1) Passar de "D" para "N" e vice-versa
com o carro rodando
Muita gente por aí anda com transmissão automática ainda
raciocinando nos termos do velho câmbio manual, logicamente, com resultados desastrosos.
A economia pífia obtida ao passar a palanca na posição "N" para não
precisar acelerar até o semáforo, não se compara aos quase 10 mil
reais que custa o conserto de um câmbio automático.
Relato de usuário: Anomalia
Caixa Automática
2) Arrancar o carro em subida na posição "D"
A maioria dos motoristas não sabe que o correto seria
colocar a palanca na posição "1" quando arrancam o carro em subidas
íngremes. Eles não sabem que o câmbio automático tende a arrancar em 2ª marcha,
ato que força a frágil estrutura. Entretanto, a maioria dos motoristas
continuará fazendo o que sempre fez, porque até hoje não deu nada.
3) Na descida, usar a posição "N" para simular a antiga
"banguela" dos câmbios mecânicos
Tal prática foi criada na idade da pedra dos motores carburados.
Hoje, a coisa mudou de figura porque nos carros com injeção eletrônica, descer
em ponto morto implica em maior consumo.
Se com câmbio mecânico a banguela é altamente desaconselhável,
no automático o problema se torna periclitante, pois quando o carro desce em
posição "N", os sensíveis componentes desse tipo de câmbio ficam sem
lubrificação, ou seja, além de não ser uma opção econômica, pode resultar num
desastre financeiro.
4) Ao frear o carro para estacionar, posicionar a palanca
diretamente na posição "P"
Os preguiçosos que teimam em ignorar o procedimento seguro
D-N-P ao parar, saibam que que frear com o câmbio em "P" provoca
uma mini marcha ré e a prova disso é que o carro dá um tranquinho. Ora, nunca
é tarde lembrar que o método fulminante para quebrar qualquer tipo de câmbio é
engatar a marcha ré com o carro se movimentando para a frente.Assim, é bom lembrar que o "P" só pode ser selecionado depois do acionamento de freio de mão.
5) Não trocar o óleo na regularidade prevista
Dependendo do modelo do carro, alguns exigem no manual que o
óleo da caixa seja trocado a cada 40.000 km. Como alguns motoristas praticam a
política de investimento zero em prevenção, para eles os custos de manutenção
podem se tornar astronômicos.
6) Empurrar com a barriga os pequenos grilos
Pode acreditar, quando o assunto é transmissão automática, a
regra determina que os pequenos grilos acabem gerando grilos monumentais! Por
isso siga a lei de Murphy: em sistemas complexos, se algo está prestes a dar
errado, certamente vai acontecer o pior. Portanto, previna-se e não espere que
um problema menor à princípio, se transforme numa imensa dor de cabeça.