Páginas

Pesquisar

29 de mai. de 2013

Você é intolerante ao glúten? Descubra em 6 perguntas

por
Mais de 55 doenças são atribuídas à intolerância ao glúten, a proteína encontrada nos grãos de trigo, centeio, cevada, e aveia. Estima-se que 15% da população dos EUA tem algum grau de intolerância ao glúten. E o grande problema é que, mesmo não sendo celíaco (intolerância total), você pode apresentar incompatibilidade leve e, se por um lado isso não significa graves prejuízos para a saúde, por outro, você pode estar tendo um padrão de qualidade de vida bem abaixo do que poderia.

Então, vamos a uma pequena anamnese que pode abrir os olhos de muita gente:

1) Você tem problemas gastrointestinais frequentes sem causa aparente? Mais especificamente, sensação de estufamento, gases, enjoos, dores abdominais, constipação, diarreia, síndrome do cólon irritável.

2) Tem dores de cabeça frequentes ou enxaquecas? As pessoas com intolerância à lactose podem apresentar também esses problemas.

3) Tem diagnóstico de alguma doença autoimune, por exemplo, artrite reumatoide, lúpus, psoríase, esclerose múltipla, tireoidite de Hashimoto, colite ulcerosa?

4) Tem problemas emocionais do tipo irritabilidade crônica, ou mudança brusca de humor?

5) Você apresenta distúrbios neurológicos tais como labirintite (episódios de falta de equilíbrio) ou neuropatia periférica?

6) Você se queixa frequentemente de fadiga, dificuldades de concentração, ou se sente cansado depois de ingerir uma refeição que contém glúten?

Naturalmente, muitos dos sintomas listados aqui podem estar relacionados a outras doenças. Por isso, como é muito difícil ligar uma leve sensibilidade a quaisquer desses problemas, a coisa tem que ser na base da desconfiança, ou seja, tenho que partir do pressuposto de que posso ser intolerante e não saber.

Assim, se você não tem certeza do seu grau de intolerância, se é que tem algum, a melhor forma de testagem é se propor a fazer uma dieta livre de glúten pelo prazo mínimo de 60 dias. Logo de cara, se você sentir que não pode viver sem comer alimentos com glúten, já é bom saber que tem dependência psicológica ao consumo desta proteína. Também é bom lembrar que normalmente os doentes são atraídos justamente pelas substâncias causadoras dos seus males, a saber, a atração fatal que o sal exerce sobre os hipertensos, o açúcar sobre os diabéticos, a gordura sobre os portadores de colesterol alto, os embutidos sobre os sofredores de gota, etc.

Os rótulos de todos os alimentos industrializados são obrigados a ostentar a presença de glúten, portanto, durante o período de teste você deve se informar previamente sobre o conteúdo do que está comendo.

O grande desafio dos que são obrigados a se privar radicalmente do glúten acontece quando comem fora de casa, porque o risco de comer um alimento "mascarado" aumenta na mesma proporção em que as demais pessoas não dão a menor importância a esse tipo de esquisitice. Além disso, todo o convívio social é alicerçado em comilanças à base de pizzas, massas, bolachas, lasanhas, sanduiches, produtos de padaria, sorvetes, sobremesas, cervejas, etc.

Referências:
A verdade sobre o glúten

28 de mai. de 2013

Verdades sobre faxineiras que você nunca poderá mudar

por
Há coisas que mudam e outras que não se modificam jamais. Entram e saem faxineiras das nossas vidas, mas todas elas agem como se subconscientemente pertencessem a um sindicato que secretamente tenha promulgado um édito de padronização comportamental. Logo, não há esperança de que as verdades abaixo sejam revogadas, pelo menos enquanto o mundo for mundo:

- bebem água sanitária, se não bebem, no mínimo a consomem furiosamente (além disso, os restantes produtos de limpeza também somem prodigiosamente);
A nossa resolveu uma vez misturar todos os produtos ao mesmo tempo no mesmo balde. Resultado: começou a fumegar uma fumaça tóxica e a pobre teve um troço depois de inalar a bomba feita com o nosso rico dinheirinho.

- dizem que vêm quando vêm, mas não avisam quando não vêm;

 - quebram as coisas sem nunca avisar e elas se esfrangalham misteriosamente nas suas mãos quando vai manuseá-las;

- quando acaba algum material de limpeza, elas vêm com a maior cara de pau dizendo "acabou o desinfetante", como se a dona da casa tivesse clarividência;

- há cantos misteriosos numa casa que as faxineiras jamais visitam, devem ser habitados por duendes maléficos;
Um sobrinho da minha mulher colecionava insetos nesses lugares inóspitos que as vistas (nem as vassouras) das faxineiras não alcançam.

- aprendizado zero, se você quiser introduzir uma modificação na sua cadeia de procedimentos, a ordem deverá ser dada toda a santa vez em que a tarefa for requerida;

- quem já teve um susto na conta telefônica sabe do que estou falando;

- todo o eletrodoméstico usado na limpeza é fatalmente destruído em pouco tempo;
Depois que resolvi pessoalmente fazer cheque dos aspiradores quase que semanalmente, eles pararam de pifar. Causa? Acabam ficando tão sujos, que o motor queima. Assim, se você se dá ao luxo de mantê-los impecavelmente limpos, eles duram muitos anos.

- as horistas sempre cobram por tempo adicional que nunca é efetivamente trabalhado;

- todos os atos extravagantes que elas cometem serão aturados, porque é tão da sua natureza ser assim, quanto o cair da chuva e a sucessão das estações do ano.

A moral da história é que se você vive mal com elas, viverá bem pior sem elas, pois enfrentar no peito o serviço braçal toda a semana é dose para mamute! Por falar em viver sem elas, a nossa está iniciando nesta semana um mês de vacância. Valha-nos Deus e Nossa Senhora! Pois, já começamos a lamentar a falta que nos faz uma pestinha ao mesmo tempo tão recalcitrante no caminho do bem, mas tão necessária para mantermos uma mínima qualidade de vida.


Não falei de cometimentos muito mais pesados e desastrosos para não empanar a leveza do texto, mas que eles existem, ah sim e como existem!

18 de mai. de 2013

No fim de tudo, só a verdade triunfa

por
"E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará". (S. João  8.32)
Estou convencido de que a verdade é a única coisa na vida que vale a pena. Quando você vive a verdade, certamente a existência é mais espinhosa, porém com noites bem dormidas e podendo olhar a própria cara no espelho.

A verdade também é a força motriz das grandes obras de arte, pois não há um grande livro sequer que não tenha contado a verdade do seu autor, assim como não há pintura, escultura ou música. Por isso, as obras puramente ficcionais ficam restritas à ficção da poeira das prateleiras e não decolam, porque se não houver uma verdade robusta embasado-as, sua substância é tão sólida quanto palavras atiradas ao vento.

Na vida cotidiana a verdade é um bálsamo, já que se você serve a ela, não cai na desgastante rotina de servir a vários senhores ao mesmo tempo, isso porque a mentira é sempre legião. A verdade pode ser explicada de mil maneiras diferentes, mas será sempre a mesma verdade, enquanto a mentira terá mil versões diferentes, todas contraditórias.

Quem esposa a verdade, nunca estará sozinho, por outro lado, quem abraça a mentira, é uma questão de tempo para que todos o abandonem. Logo, surge uma pergunta: se a verdade é tão mais justa e benevolente, por que tanta gente abraça a mentira? Porque o encanto irresistível da mentira consiste justamente em provar o quanto a verdade é dura, machucante, ceifadora de oportunidades, provocadora de reações violentas, causadora de perdas, destruidora de relacionamentos.

Assim, às vezes a dor de expor a verdade nua e crua apresenta-se como um obstáculo intransponível, mesmo que lá no fundo a pessoa perceba que está decretando para si mesma uma escravidão futura sem fim. Pois a mentira atrai outra mentira e assim sucessivamente, enquanto a verdade simplesmente liberta, mesmo que, momentaneamente, à base de dor e rangeres de dentes.

Pense nisso na próxima vez que for confrontado pelos fatos e restarem somente duas opções: sair ileso pela tangente da mentirinha básica, ou manifestar a verdade e arcar no ato com as consequências. Tenha certeza que no momento em que a verdade ilumina, em futuras situações as pessoas envolvidas saberão que estão diante de uma pessoa de caráter e caráter não é um bem que se ganha de uma hora para outra, conquista-se ao longo dos anos de exercício abnegado da verdade, que custa muito suor para ser encampada.

15 de mai. de 2013

Estão matando o computador, mas alguém afundará com ele

por
Minha mulher comprou um telefone desses ditos "inteligente", mais conhecido como smartphone, mas quem está emburrecendo é ela, depois que passou a se preocupar diuturnamente com a danada da carga da bateria que volta e meia está a 30%, o que em termos da "inteligência" desses telefones não é nada, uma metáfora equivalente a zero.

Enquanto a carga do meu burrofone dura 2 meses, o dela ela tem que sair por aí ligando promiscuamente em qualquer tomada de luz ou de carro, para alimentar aquele monte de estrume, digo inteligência, como se fosse um tamagotchi esfomeado. Ora, se já é verdade que os tais dos smartphones estão matando o computador, depois que a Microsoft inventou o fiasco do Windows 8 feito pra tablet ver, vejo que é verdade.

Entretanto, você não vai me convencer a abandonar o meu mainframe, afinal, alguém tem que afundar junto com essa coisa toda, alguém tem que continuar a se conectar somente quando senta na sua confortável cadeira Herman Miller Celle Chair repousando os olhos num confortável monitor de 20" Dell 2007 WFP com tela LCD de alta fidelidade cromática do tipo S-IPS.

Fora daí, nem o meu burrofone me tira do sério, pois na maior parte das vezes ele está bem desligadinho no bolso, economizando bateria. Por isso entendo pouco a geração do pescoço caído ficando cada vez mais burra na frente da telinha de telefones cada vez mais inteligentes. Será que a evolução natural da nossa espécie descambará para o desenvolvimento de olhinhos pequenos e pontudos de toupeira, dedos fininhos de guaxinim e pescoço calcificado e curvo de orangotango velho?

Acontece isso em todas as revoluções humanas, enquanto uns embarcaram na onda das geladeiras, carros e televisões, outros ficaram meio arredios ao estilo século dezenove. Agora, se sucede outra revolução em que as pessoas ficam conectadas até durante o cocô, sexo, sono, comida, cinema, aula, dolce far niente, direção do carro, discussão da relação, estudo, férias, recreio, piscina, doença, casamento. Agonia e último estertor?

Se eles estão matando o computador, agrada-me a ideia de que também estão cometendo suicídio, não aquele banal de se atirar de cima da ponte, mas a opção insidiosa de morrer de câncer provocado pela lenta irradiação de micro-ondas, não só, as vértebras cervicais C1 a C7 cobrarão o seu preço sob a forma de lesões invalidantes e permanentes – isso que não estou falando da deterioração da saúde em função das horas de imobilidade de queixo quase a encostar no peito.

Quem não virar um mutante baixinho, corcunda, míope, possuidor de dez tentáculos longos e fininhos viverá e verá o futuro sombrio.

Notícia inspiradora deste post:

9 de mai. de 2013

Como reconhecer os períodos das artes na estética dos pianos

Conhecer os meandros da história das artes é um dos passatempos que você pode cultivar num dia chuvoso, mais ainda, saber como reconhecer a época de um piano só pelo jeitão é um prazer que pode ser degustado quando alguém, por exemplo, visita um museu de instrumentos musicais antigos como o Kunsthistorisches Museum (Museu de História da Arte) de Viena e consegue "ler" neles as imbricações históricas. Pena que em 2008 eu não sabia o que sei hoje...

Rococo (século XVIII)
O espartanismo exibido pelos primitivos pianos cedeu lugar a refinamentos. Mantendo a tradição da confecção de cravos, os pianos ganharam elaboradas pinturas feitas à mão nas caixas e tampos. Este estilo diferencia-se do próximo período no que tange à leveza, pois tais pianos eram inteiramente confeccionados em madeira.

Gótico ou aristocrático (Século XIX)
Se no princípio os pianos eram finos e delgados como os cravos, posteriormente eles foram se encorpando, na medida em que adentraram aos ricos salões da aristocracia europeia. São pianos facilmente reconhecíveis pelo aspecto pesadão e carregado de ornamentações. O gênero gótico foi consagrado no cinema de horror e no seriado televisivo Família Adams. O pianista Liberace manteve durante sua carreira uma especial predileção por pianos do tipo "Conde Drácula" como este:

Art Nouveau (1890 a 1910)
Poucos exemplares neste estilo restaram. Eles são caracterizados pela assimetria, linhas sinuosas e ornamentação já não tão densa quanto o gótico.

Art Déco (décadas de 20 e 30)
É verdadeiramente o estilo mais reconhecível à primeira vista. Consiste no diálogo incessante entre quadratura e curvatura. Os pianos construídos nesse estilo apresentam linhas despojadas, encadeamento ou empilhamento de figuras geométricas retangulares no corpo e preferência pelo acabamento curvo.

Modernismo (década de 30 em diante)
Os traços modernistas são facilmente reconhecíveis pelas linhas austeras e retas, extremidades finas e redondas e preferência pelos volumes triangulares.

Bauhaus (período inter-guerras)
As linhas retas e nuas dominam esse estilo, já que a sua concepção se baseia no conceito de arte funcional ou construtivista. A tendência Bauhaus floresceu no período inter-guerras como uma das derivações do modernismo. O caso do piano da foto é uma coisa engraçada, trata-se realmente de um desenho inspirado nas linhas do movimento Bauhaus, mas o uso de cores primárias é de inspiração das pinturas do pintor holandês Piet Mondrian, um minimalista. Acredite se quiser, esse piano singelo custa 36 mil reais!

Minimalismo (Década de 90 em diante)
Percorremos a turbulenta história do design de pianos desde a riqueza de curvas, circunvoluções e filigranas, para terminarmos no expurgo de todo o supérfluo, só restando as linhas absolutamente necessárias à consecução de um objeto de música. Estamos falando do Minimalismo, uma tendência que estourou na década de 90 e se propaga até hoje.
A marca alemã Sauter, fabricante de pianos premium, nos brinda com um modelo de grand piano concebido no estilo Minimalista.

Futurismo (daqui para frente)
Como será o piano do futuro? É isso que cotidianamente se perguntam os designers de pianos, até que, alguns dele têm a extrema felicidade de participar de um projeto de prospecção do futuro. O vídeo no link acima exibe o resultado da cooperação entre a famosa grife francesa de pianos Pleyel e a montadora de veículos Peugeot. Naturalmente, como a essência da empreitada não se concentrou exclusivamente na feitura do instrumento perfeito, não podemos esperar sonoridades ao nível da excelência.

5 de mai. de 2013

Como perder 18 kg sem muito esforço! (passo de bebê 1)

por Gladis Franck da Cunha
Para fazer as pazes com a balança deve-se começar com passos de bebe!

Em artigo anterior publiquei o texto “A dieta dos anos 50” que é a minha dieta atual e me permitiu voltar ao peso que alcancei na década de 80-90. 

Pensei que estaria divulgando hábitos simples e perfeitamente factíveis, porém uma das leitoras me disse: “Quando eu tiver coragem, vou fazer a tua dieta!” 

Como outras pessoas também comentaram a “loucura” que faço, meu marido sugeriu que eu divulgasse por etapas o processo, pois, na verdade o que faço hoje não envolveu uma mudança abrupta e repentina, mas foi, ao contrário, um ajuste de uma trajetória que iniciou em 1980.

Viver em Porto Alegre na década de 80-90 ofereceu algumas vantagens para emagrecer:

1- Se andava mais a pé, pois a rede de transporte coletivo não era tão bem estruturada como hoje e as pessoas tinham menos carros.

2- Não se ‘beliscava’ entre as refeições, nem se via sobre as mesas de trabalho pacotes de biscoitos ou salgadinhos.

3- Nas lancherias ou padarias não havia tanta variedade de doces e salgados e eles eram caros, de forma que a maioria das pessoas pedia sanduíches ou torradas.

4- Havia, em Porto Alegre, muitos pequenos restaurantes que passaram a oferecer alimentação do tipo integral, além da venda de pães integrais e outros lanches naturais.

Assim, em 1980, eu resolvi mudar, pois atingira 80 kg e pesava mais do que minha avó e muito, muito mais do que minha mãe. Enfim, me tornara a gorda da família, apesar de não ficar beliscando durante o dia e de caminhar bastante.
Em 1979.
Apenas uma mudança na minha rotina diária, me permitiu perder 18 kg em 2 anos. Substitui os cereais refinados pelos integrais. Ou seja, sem me preocupar em reduzir a  quantidade, passei dos 80 kg para 62 kg.

Nesse processo, troquei o restaurante universitário (RU-UFRGS) pelo restaurante macrobiótico e passei a comprar pães integrais no Mercado Público, na Associação Macrobiótica de Porto Alegre ou na cooperativa COOLMEIA. Nestes dois últimos locais também fazia lanches eventuais, onde consumia sanduíches naturais ou pasteis de forno com recheio de cenoura ou urtiga (tenho saudades dos deliciosos pasteis de urtiga da macrô!).

Nas fotos abaixo vê-se a transição dos 70 kg para os 62 kg, onde as calças que estavam justas  na primeira foto, aparecem bem folgadas na última.
Em janeiro de 1981.
Primeiro semestre de 1982
Infelizmente, já não existem mais a ‘macrô’ e a ‘coolmeia’, porém há ainda várias opções para quem mora em Porto Alegre. Em Bento Gonçalves, já é outra história, pois não há nesta cidade nenhuma opção de restaurante ou padaria que ofereça almoço ou lanches preparados com cereais integrais.  Mesmo assim, há a opção do pão Tijolo da Padaria Daline e outros produtos comercializados em pequenos armazéns como a Buona Távola e o Mundo Natural, entre outros, para preparo de lances e outras refeições em casa.

Resumindo...
 Se quiser começar uma reeducação alimentar de sucesso inicie substituindo os cereais refinados pelos integrais (trigo, arroz, centeio, aveia, etc).

Além disso, faça como nos anos 80-90: ande mais a pé e não fique beliscando quitutes industrializados (bolachas recheadas, salgadinhos em pacote, biscoitos, rapadurinhas, etc) entre as refeições, se tiver necessidade de fazer um lanche opte por um sanduíche integral, uma fruta ou uma barra de cereais (preferencialmente orgânica).

1 de mai. de 2013

Mulheres as verdadeiras carregadoras do mundo

por
t h e   a r t   o f   L e e   R o b e r t s o n

Mulheres aguentam esfoliantes, 4 turnos estafantes, cosméticos intoxicantes, depilações infectantes, saltos altos perfurantes, assédios humilhantes, dores excruciantes.

Elas engravidam, parem, não dormem, vigiam, voltam do serviço e trabalham, acodem, pensam e não dizem, relevam, guardam, se vergam e são permeadas pela eterna sensação de insegurança de serem trocadas por modelos mais jovens.

Mulheres sofrem caladas quando necessário e vociferam quando chamadas, lutam em exércitos silenciosos e nunca recebem os louros, mas estão sempre prontas a entregar a vida quando é imperioso.

Mulheres estão sempre prontas a ouvir desabafos e juntar pedaços espalhados de homem, mas quando um ombro amigo é condição sine qua non para a sua sobrevivência, elas têm que se virar sozinhas resmungando contra as paredes.

E o que elas ganham com isso? Um comentário elogioso? Um gesto sedutor? Alguém disposto e propondo assumir as responsabilidades, mesmo que temporariamente, para que possam deixar de carregar o mundo e tomar um fôlego?

Nada disso! O que não as impede de continuar aí sendo mulheres, esposas, mães, amantes, confidentes, trabalhadoras, namoradas,irmãs, avós, sogras, tias, guerreiras, resistentes, as últimas a cair e as primeiras a levantar. Mirando paredes e sonhando de olhos abertos sonhos inconfessáveis, pelo menos não para ouvidos moucos ao redor, que jamais entenderão a gigantesca importância que elas dão para coisas tão absurdamente supérfluas.