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5 de fev. de 2014

Chegou a hora do advento do DIY faça você mesmo no Brasil?

Até recentemente quem necessitava de uma das miríades manutenções na esfera doméstica contratava um profissional pedreiro, encanador, eletricista, marceneiro, etc. Então ele aparece com um gol com motor de fusca, belina ou uma quantum caindo aos pedaços, fazia um serviço razoável e cobrava baratinho. Hoje o curra se apresenta de caminhonetão diesel já intimidando de cara. Tira suas ferramentas caras da qualidade de uma Bosh, Makita, DeWalt e intimida mais ainda, mas a verdadeira intimidação vem na hora da conta, normalmente muito salgada para os padrões de aumento dos nossos parcos salários.

Assim, o fenômeno que viceja há décadas nos EUA chega aqui com toda a força. Lá os americanos chamam-no de "do it yourself" (faça você mesmo), ou seja, as pessoas se veem obrigadas, diante dos preços abusivos cobrados pelos prestadores avulsos de serviços, a atenderem a maioria das pequenas demandas de serviços de manutenção do lar.

Entrei de cabeça nesse movimento desde dezembro último. Para tanto, tive que ir ao mercado para me abastecer das ferramentas essenciais a todo o praticante de DIY: enxada, pá, carrinho de mão, espátula, colher de pedreiro, maçarico, desempenadeira, pinceis, cortador de azulejos, soprador, aspirador industrial, ancinho, gadanho, picareta, talhadeira, etc.

Hoje consigo lavar tapetes e carpetes, aparar o jardim, limpar o telhado e reparar a manta asfáltica. Estou às voltas com a obra interminável (pirâmides do Egito?) de impermeabilizar com lajotas a parte interna da escadaria externa e solucionei o problema crônico de entrada de água numa porta que o pedreiro não teve competência para resolver. Além disso, tive que cavar no pátio alguns canais de escoamento de água da chuva, que em outros tempos formava uma enxurrada que corria contígua à parede da casa e estava destruindo a bendita escadaria que estou impermeabilizando, além é lógico, de provocar os eternos problemas de infiltração agravados no inverno.


As mulheres são felizes entre suas roupas e os homens entre as suas ferramentas, assim me sinto entre as minhas recém adquiridas, todas tratadas com muito zelo e limpadas após o uso. Certamente já economizei alguns caraminguás não contratando peões para fazer os inevitáveis biscates, mas o verdadeiro ganho talvez não seja econômico, pois fazer tais trabalhos é uma verdadeira higiene mental. 

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