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31 de jan. de 2009

TOP 10 Ladas tunados.

Eu fui um proprietário de um Lada Laika! E posso dizer que surpreendentemente para um carro russo, ele era extremamente frágil.

Como resultado da fusão entre o Fiat 124 e a mecânica Lancia e Alfa Romeu, as “saboneteiras” russas que atraiam os consumidores em razão do baixo custo, mas que acabaram naufragando no mercado brasileiro graças à Perestroika de Gorbachev e a alíquota de 70% imposta sobre os automóveis importados por Ciro Gomes, o ministro da fazenda da época.

De qualquer maneira, os ex-proprietários mantém um certo interesse nestes gadgets bizarros, inclusive porque os seus enguiços podiam ser concertados na própria estrada, ao contrário dos carros atuais que não podem estragar, pois do contrário, não escapam do guincho.

Apesar da nossa frota de Ladas ter virado sucata em razão da falência do importador brasileiro, na Rússia e outros países do leste europeu, a frota continua rodando e alguns espécimes até ganham mordomias. Motivado pela nostalgia, escolhi a dedo as melhores tunagens que encontrei.

1 – Temos que admitir que o cara se superou com estas portas elevatórias!
1-Lada Tunado

2- A ferrari dos Ladas!
2-Lada Tunado

3 – No trânsito selvagem do Brasil, quem não gostaria de um Lada Niva com esteiras de blindado para enfrentar o dragão da maldade das nossas ruas?
3-Lada tunado

4 – Quem não gostaria de ter um Laika igual a este?
4-Lada tunado

5 – Modelo de Lada mais recente tunado como gente grande!
5-Lada tunado

6 – Mais uma variação do Laika.
6-Lada tunado

7 – Laika irado, com um pé na pista!
7-Lada tunado

8 – Neste, o cara gastou vários Ladas Nivas na transformação! Definitivamente é o mais irado de todos.
8-Lada Tunado

9 – O estilo sóbrio transformou este tunado numa espécie de super máquina russa.
9-Lada tunado

10 – Deixei para o final o Lada Laika que sofreu modificações genuinamente “Made in Brazil”.
10-Lada Tunado

História da Lada no Brasil:
Lada na Wikipédia.
Best Cars.

30 de jan. de 2009

Todas as tecnologias limpas que deverão embarcar nos carros do futuro.

Isto tinha que ter acontecido no final patético da era Bush e no início da maior crise econômica mundial desde a grande depressão de 1929, o Salão do Automóvel de Detroit sintomaticamente foi marcado pelo interesse geral nos carros da “geração verde”, ao contrário dos anos anteriores em que prevaleceu a fantasia das fábricas de foco exclusivamente voltado para carros gigantescos, beberrões, poluidores, ineficientes, portanto ecologicamente desastrosos.

Em plena terra do tio Sam, o maior perdulário dos recursos naturais do planeta, o Salão Detroit de 2009 passou para a história como um divisor de águas entre a antiga alienação ambiental e as novas demandas de um mercado que desperta para as questões ecológicas. Mas, as tecnologias híbrida e elétrica não esgotam todas as possibilidades, pois há várias outras alternativas viáveis que, oxalá, pudessem ser resgatadas do limbo onde estiveram confinadas por décadas em razão do lobby poderoso movido pelas 7 gigantes irmãs da indústria do petróleo.

1 - Carros híbridos.
O que é?
Através da combinação da tecnologia dos atuais motores a combustão e motores elétricos é possível unir o melhor de dois mundos: a economia e a eficiência do sistema elétrico, à autonomia e performance do sistema a combustão. Logicamente a viabilização dos veículos híbridos requer a utilização de uma eletrônica embarcada poderosa, que seja capaz de gerenciar o funcionamento dos motores elétricos e convencionais.

Prós: notável diminuição de consumo, com aumento de 12 a 20 quilômetros rodados por litro e redução drástica de ruído em regime de baixa velocidade em trechos urbanos.

Contras: é uma tecnologia que continua no paradigma da queima de combustíveis fósseis não renováveis e é ecologicamente reprovável por emitir gases que produzem o efeito estufa.

Como funcionam os Carros Híbridos?
Exemplo de Carro Híbrido.
1 - Carro híbrido Toyota Prius

2 - Carros elétricos.
O que é?
Os carros elétricos têm a propulsão 100% feita por motores elétricos. Uma das variações deste conceito propõe a adição de um pequeno motor convencional que será acionado para movimentar um gerador elétrico cada vez que a energia das baterias acabar e o motorista estiver longe da próxima tomada.

Prós: emissão zero de carbono e a altíssima eficiência de mais de 90% na conversão energia X trabalho.

Contras: motores pouco potentes, pouca autonomia, pouco desenvolvimento na tecnologia das baterias e preocupações ecológicas quanto à reciclagem das baterias. O maior senão para a adoção em massa dos motores elétricos é que a quantidade de energia elétrica disponível no mundo não seria suficiente para atender a frota global e as consequências ecológicas seriam catastróficas porque a atual geração deste tipo de energia no planeta é majoritariamente feita à base de fissão nuclear e queima de combustíveis fósseis.

Como funcionam os Carros Elétricos?
Exemplo de carro elétrico.
2 - Carro Elétrico Chevy Volt

3 – Carros movidos a combustíveis renováveis.
O que é?
O Brasil tomou a iniciativa da adoção de combustíveis alternativos à base de etanol e biodiesel, que originou toda uma tecnologia para o aproveitamento deste tipo de combustível produzido a partir de insumos vegetais. Foram desenvolvidas gerações de motores bi-combustíveis denominados Flex, que aceitam tanto gasolina, quanto álcool.

Prós: menor dependência a recursos naturais não renováveis, menor taxa emissão de gases de efeito estufa.

Contras: mesmo que menor, os motores Flex emitem gases de efeito estufa e além disto, pertencem ao velho paradigma da queima de combustíveis através de motores convencionais. A adoção deste tipo de tecnologia tem sofrido oposições por alegadas razões humanitárias, ou seja, o desvio da destinação de terras agricultáveis para a produção de combustíveis, ao invés do atendimento do problema da fome mundial. Adicionalmente, há uma série de preocupações relacionadas com a disposição dos resíduos oriundos do processamento da cana de açúcar, a degradação dos solos através da monocultura.

Etanol: o “verde” que engana.
3 - Carro Flex Citroen C4

4 - Carros a célula de combustível.
O que é?
É um dispositivo conversor de energia eletroquímica. O processo empregado nos carros a célula de combustível necessita necessariamente de hidrogênio e oxigênio. A interação entre estes dois gases gera eletricidade, que vai alimentar o motor do carro. Na realidade, a célula a combustível deveria ser chamada de pilha a combustível, mas foi termo célula que se popularizou e os todos carros que usam este tipo de tecnologia são movidos por motores elétricos.

Prós: emissão zero de gases de efeito estufa e alta eficiência no aproveitamento na equação energia X movimento.

Contras: o grande problema é a dificuldade em produzir/distribuir hidrogênio em abundância. Uma solução seria implantar postos de abastecimento equipados com reformadores, que são dispositivos que fazem a separação por eletrólise dos elementos químicos do combustível primário, que pode ser gás natural, propano, metano, etanol, etc. O problema dos reformadores é que por eles não serem eficientes, terminam diminuindo a eficiência total da adoção deste tipo de tecnologia, em razão do calor gerado e da produção de outros gases além do hidrogênio que deveriam ser corretamente descartados para que não se caísse no mesmo problema das tecnologias atuais.

Caso não existisse o problema dos reformadores, a eficiência dos carros a célula de combustível seria de 80%, todavia a necessidade da introdução de reformadores nos postos de abastecimento, a eficiência global é rebaixada para 30% a 40%, o que, mesmo assim, é muito maior do que os 18% obtidos pelos motores convencionais.

Como funciona a célula a combustível.
Exemplo de carro a célula de combustível.
4 - Carro a célula de combustível Honda FCX-Clarity

5 - Carros a ar comprimido.
O que é?
Funciona pelo mesmo princípio de pistões dos motores convencionais, com a única diferença de que o gás suprido é fornecido por cilindros com ar comprimido.

Prós: emissão zero de gases poluentes por ausência de queima de qualquer forma de combustível.

Contras: os grandes óbices para a adoção deste tipo de tecnologia são o grande peso dos cilindros de ar e a necessidade de eletricidade para o funcionamento do compressor de ar que vai abastecer o veículo. Esta tecnologia também incorre no mesmo problema dos carros elétricos. Como conseguir fontes limpas de geração de energia elétrica suficientes para abastecer a frota mundial?

Como funcionam os carros a ar comprimido?
Exemplo de carro a ar comprimido.
5 - Carro a Ar comprimido Tata

6 - Carros a energia solar.
O que é?
Uma das alternativas para a resolução do problema da geração de energia dos carros elétricos é o desenvolvimento de carros não dependentes de abastecimento externo. Em países altamente favorecidos pelo sol, a melhor solução seria a adoção de carros dotados de dois conjuntos de baterias, uma que recebesse diretamente a energia recebida de painéis solares e outro que armazenasse a energia excedente e tornasse possível o uso noturno.

Prós: emissão zero de compostos de carbono, fonte de energia renovável e gasto zero de combustíveis.

Contras: a pegada de carbono ocorre por conta da fabricação do veículo e da destinação futura das baterias, que se forem fabricadas com materiais não recicláveis ou tóxicos, anularia o ganho ambiental.

Como funciona um carro elétrico sem abastecimento?
Exemplo de carro movido à energia solar.
6 - Carro a Energia Solar Fiat Phylla

7 – Veículos híbridos a energia hidráulica.
O que é?
É uma tecnologia que pode ser empregada em ônibus e caminhões. Ela consiste na instalação de um cilindro adicional de óleo e uma bomba hidráulica. Assim, graças a um controle eletrônico, em situações de frenagens e descidas, a potência do motor é desviada para o compressor que bombeia óleo para o cilindro. Em subidas e ultrapassagens, o óleo é liberado e transfere a potência armazenada no processo de compressão. Qual é a vantagem disto? Economia de combustível.

Prós: perfil impressionante de 50% de economia de diesel e 30% de redução nas emissões de gases de efeito estufa.

Contras: diminui, mas não resolve o problema das emissões, por enquanto somente é possível a implantação do sistema em veículos de grande porte

Como funcionam veículos híbridos hidráulicos?
Exemplo de veículo movido a energia hidráulica.
7 - Veículo híbrido a energia hidráulica

8 – Carros a tração humana.
O que é?
Logo após a 2ª guerra mundial, os carros a pedal passaram a ser produzidos na Europa, principalmente na Alemanha. De todas as tecnologias aqui elencadas, o carro a pedal é o mais ecologicamente correto de todos e também o mais saudável.

Prós: emissões zero, nenhuma dependência a combustíveis, favorece a saúde do motorista e, na verdade, há o risco do proprietário virar um atleta.

Contras: as objeções são quanto à baixa velocidade e à pouca capacidade de carga, mas você pode resolver isto convidado mais pessoas para dar uma “força”.

Exemplos de carros a pedal:
Messerschmitt.
Audi Tipo Roadster.
8 - Carros a tração humana Messerschmitt e Audi

Conclusões:
Por tudo que se viu nesta breve incursão através das tecnologias candidatas a suceder o velho paradigma dos motores à explosão, é forçoso concluir que dificilmente haverá UMA solução somente para todo o problema do transporte. Dificilmente haverá um modelo único em escala global que suceda o atual baseado na queima de combustíveis fósseis.
Todas as alternativas até agora, são viáveis apenas localmente. Um exemplo disto acontece na Islândia que se beneficia da sua abundância natural de hidrogênio, que por isto, pode se dar ao luxo de adotar integralmente a tecnologia de célula de combustível.

Outros países devem igualmente adotar o tipo de tecnologia condizente com seus recursos naturais e isto nos remete a uma das máximas do desenvolvimento sustentável: soluções locais para problemas globais. Esperemos que num futuro próximo a nossa locomoção não precise depender de 7 gigantescas empresas transnacionais e possamos usar em nossas próprias regiões tecnologias limpas desenvolvidas autoctonamente.

28 de jan. de 2009

Você quer comprar um Batmóvel? Então saiba por que não poderá dirigi-lo!

Alguns Batmóveis foram leiloados ao longo dos anos a preços bem salgados desde os 297 mil dólares alcançado pelo carro usado no filme Batman Forever de 1995,
Batmóvel 1997

aos 500 mil dólares de lance mínimo pretendidos pelo Batmóvel do filme Batman de 1989 no Ebay, cujo leilão foi suspenso por falta compradores.
Batmóvel 1989

Além de desembolsar uma pequena fortuna, o felizardo comprador é obrigado a assinar um contrato leonino com a Warner Bros. e a DC Comics. Aparentemente as cláusulas são absurdas e despropositais, mas há uma explicação. Os Batmóveis usados nos filmes do Batman vão muito além da carcaça propriamente dita, já que eles são marca ambulante. Ora, explorar uma marca necessariamente implica em pagamento de royalties à empresa detentora dos direitos de uso.

As cláusulas do contrato deixam claro que o comprador adquire apenas a contraparte física do veículo, mas não pode se beneficiar comercialmente da imagem do produto subjacente ao Batmóvel, portanto, ele é obrigado a aceitar as seguintes renúncias e restrições:

1 – O Batmóvel somente poderá ser exibido em espaços de privativos do proprietário, feiras de automóveis, parques de eventos, escolas e outros lugares públicos similares, porém jamais em shopping centers, mercados, lojas de departamentos e ouros tipo de locais comerciais;

2 – O Batmóvel somente poderá ser exibido estacionado, devidamente travado e impedido de qualquer movimentação enquanto estiver exposto ao público, assim como deve estar em conformidade com o código de prevenção à incêndios;

3 – O Batmóvel somente poderá ser dirigido apenas sob a única finalidade de manutenção e nunca deverá aparecer transitando em vias públicas;

4 – Não serão permitidas quaisquer modificações posteriores, tais como trocas ou alterações estéticas de qualquer natureza, assim como o veículo não poderá ser reproduzido sob nenhuma forma;

5 – O Batmóvel não poderá ser licenciado para o trânsito, alugado ou emprestado para terceiros por nenhuma razão cabível;

6 – O Batmóvel não poderá ser usado, referido, fotografado ou representado em nenhuma propaganda, campanha ou promoção de nenhum estabelecimento comercial, ou produto, ou serviço de qualquer natureza;

7 – O Batmóvel não poderá ser vendido, transferido, alugado ou demolido sem o aval expresso firmado por escrito pela proprietária do conceito Batmóvel, a Warner Bros. Consumer Products e da proprietária da marca Batman, a DC Comics.

Para os cosplays fanáticos do homem morcego que, na falta de numerário para arrematar seu batmóvel num leilão internacional, decidem tunar o seu velho maverick para transformá-lo numa duplicata do carro negro, tenho péssimas notícias: as restrições do contrato acima também se aplicam a este casos, uma vez que as cláusulas do contrato estão amparadas no direito internacional de proteção à marcas e patentes.

Fontes:
RM Auctions.
Fracassa venda de Batmóvel.
Comprou Batmóvel e não pode usar.

Reflexos luminosos das fachadas do World Trade Center inspiraram a arte moderna.

É possível obter inspiração artística a partir das formas que abundam nos grandes centros urbanos do mundo? Os “filhos da luz”, pintores e fotógrafos, que perambulam pelas ruas se aproveitam dos instantâneos luminosos que podem dar a base da pintura abstrata.
180ML, VIII 10'4 x 6'7 Oil on 30 Canvases, 2006

As obras que consagraram Piet Mondrian são o testemunho disto na época em que o artista se serviu dos reflexos encontráveis na natureza. Através da análise da série temporal de uma exposição itinerante que percorre a Europa, percebe-se que o artista foi ampliando e depurando pouco a pouco os reflexos na água, até que sobrou a essência da forma dos seus famosos retângulos de cores primárias.
Evolução de Mondrian

A evolução deste processo resultou no caminho arte moderna ter seguido na direção do ultra-realismo e o concretismo, uma forte razão para se socorrer dos abundantes materiais urbanos. Assim, a arquitetura prolixa de Nova Iorque, especificamente as formas refletidas nas fachadas dos prédios, serviu de substrato concreto para as visões abstratas plasmadas nos painéis da artista americana Pamela Lawton.
Reflexos

A partir de imagens colhidas em 1997, as duas torres do World Trade Center foram retratadas, não em sua dimensão estrutural, mas sob as distorções observadas nos seus milhares de vidros, ondulações, descontinuidades luminosas, rápida passagem de elevadores panorâmicos e imagens dos prédios limítrofes que induzem a desorientação espacial.
180ML, SE, III 10'4 x 6'7 Oil on 30 Canvases, 2007

Mesmo que o WTC tenha implodido sob os ataques terroristas de 11/09/2001, a luz que refletiam foi capturada pela sensibilidade artística e aprisionada em grandes painéis atualmente em exibição numa galeria de Nova Iorque (Maiden Lane - East Lobby, 180). Segundo o site da pintora, a exposição teve o seu prazo prorrogado até 9 de maio de 2009.
180ML2, SE, IV 48 x 36 Oil on 12 wood panels, 2007

As impressões oriundas do reflexos sobre a água, vidros e espelhos têm sido um leitmotiv recorrente na história da pintura, a exemplo de uma obra da fase figurativista daquele que se tornou o maior pintor abstrato de todos os tempos: o holandês Piet Cornelis Mondrian; o moinho sob a luz do sol.
mondrian_mill_sunlight

O abstratismo atualizado ao mundo contemporâneo, requer a abordagem do fenômeno efêmero dos reflexos vistos da rua, usando os recursos digitais disponíveis. Assim, a visão ampliada o pintor transforma as cortinas de vidro que compõem a paisagem urbana da ilha de Manhattan em férteis motivos de intricados padrões de linhas, cores e padrões, que já são em si mesmo pinturas abstratas e fluídicas.
180ML3, SE, III 10'4 x 6'7 Oil on 30 Canvases, 2007

Pamela capta a vertiginosa verticalidade da arquitetura urbana da megalópole e a reinventa em gigantescos mosaicos feitos de painéis compostos por 30 telas de quase 1 metro por um metro.
eastlobbyinstallation-str

Fontes:
Site oficial de Pamela Lawton.
Window Collection III by Pamela Lawton.

27 de jan. de 2009

Sete dicas para quem quer entender o "português" falado em Bento Gonçalves.

Autora: Gladis Franck da Cunha

Nos extras do DVD – “Saneamento básico: o filme” de Jorge Furtado, filmado em Bento Gonçalves e região, Wagner Moura comenta que a princípio eles pensaram em imitar a fala dos habitantes locais, mas desistiram porque se tratava, praticamente, de outra língua. De fato isso ocorre não apenas quando eles falam em “italiano”, mas o seu português apresenta algumas características próprias, que este artigo objetiva esclarecer.
Bento Gonçalves é uma das cidades da Serra Gaúcha com predominância de habitantes de origem italiana. Até a década de 70, houve pouca “comunicação” entre os seus municípios e demais regiões do Rio Grande do Sul. Assim, a maioria dos indivíduos utilizava bastante o dialeto trazido pelos antigos imigrantes, além disso, o português falado assumiu alguns significados ou pronúncias típicos dos quais muitos ainda são preservados e usados na comunicação cotidiana por muitas pessoas.
Bento Gonçalves

Alguns termos mais comuns do bentogonçalvês:

1- LEVAR: este verbo é 99% das vezes usado com o sentido de “trazer”. Por exemplo, se perguntarmos a alguém: Onde estão os teus livros? E a pessoa nos responder: Eu levei. Ela estará nos dizendo: Eu trouxe e eles estão comigo!

2- PENA: é uma palavra usada para se referir a um curto espaço de tempo com o significado de “recém”. Assim, ao falar: Eu pena cheguei. Se quer dizer: eu recém cheguei.

3- FAZER HORA: significa “a tempo” ou “ter tempo”. A frase: eu não fiz hora pegar o ônibus, significa que a pessoa não chegou na parada a tempo de pegar o ônibus. “Eu não vou fazer hora terminar”, significa: eu não vou terminar a tempo.

4-SE MEXER FORA: significa demandar tempo para resolver o que tem de ser resolvido. Por exemplo, essa expressão foi usada por uma aluna para dizer que pela manhã os afazeres domésticos e o atendimento às filhas demandavam muito tempo, a frase ficou assim: “Até que tu te mexe fora, já passou das nove” (da manhã).

Além dessas expressões, há uma pronúncia alterada:

5- Palavras escritas com dois erres (RR) são pronunciadas como se tivessem um e vice-versa: Assim a frase: “Uma carroça carregando areia” será pronunciada: UMA CAROÇA CAREGANDO ARREIA!

6- As palavras terminadas em OM ou ON são pronunciadas como ÃO. Assim “bom” é pronunciado BÃO, cupom é pronunciado CUPÃO, bombom é pronunciado BAMBÃO. Por outro lado, as palavras terminadas em ÃO são pronunciadas como OM ou ON: pão é pronunciado POM, sifão é pronunciado SIFOM, esfregão será dito ESFREGOM.

7- Finalmente, há certa tendência em trocar os tempos verbais, por exemplo, a frase: “Eles pegaram o trem” poderá ser dita “Eles PEGAREM o trem”, enquanto o imperativo “Esvaziem as malas” vira “ESVAZIAM as malas”.

Update:
8- PEDIR x PERGUNTAR: Outra alteração do uso de verbos é a troca do pedir pelo perguntar. Isso está se tornando menos freqüente, mas ainda é usado nas zonas rurais. Assim quando alguém quer saber que horas são ele PEDE as horas. Porém, se quiser o relógio emprestado ele PERGUNTARÁ o relógio.

9- FAZER DE MENOS: esta expressão significa, mais ou menos, um “deixar prá lá” ou “deixa estar”, mas ela é dita sempre com certa mágoa ou reprimenda no sentido de “NÃO GOSTEI, MAS NÃO ESTOU NEM AÍ PRA TI”, por exemplo, se alguém disser: “Se não quiser me emprestar então FAZ DE MENOS!” significa que não vai insistir no pedido, mas pretende pagar na mesma moeda. Também pode ser usada para aconselhar: Se não gosta do que ela te diz FAZ DE MENOS escutar! Ainda serve para comentários do tipo: Se ele não quer porque não FAZ DE MENOS?

Caros leitores, agora que eu PENA terminei esse artigo, espero que vocês FAÇAM HORA de lembrar essas dicas se visitarem ou se mudarem para Bento Gonçalves.

Abaixo ouçam o audio do Iotti que estabelece uma diálogo entre os personagens Radicci (pai) e Gomercindo (filho), mostrando a diferença entre um jovem com cultura mais urbana e seu pai que utiliza o "português" especial da região.

26 de jan. de 2009

Faróis nucleares abandonados na Rússia polar foram saqueados.

Todo o norte da Rússia forma um vasto território com milhares de quilômetros de costa banhados por seis mares: Barents, Branco, Kara, Laptev, Sibéria Oriental e Chuckchi. Quase toda a costa norte está além do círculo polar ártico, sendo que alguns territórios se localizam milhares de quilômetros ACIMA da linha polar. A maior parte destas terras tem luz solar apenas 100 dias por ano, por causa dos extremos ângulos latitudinais envolvidos, de mais de 70º.
Costa Norte da Rússia
Mesmo sendo regiões completamente desabitadas, há um constante tráfego de navios cargueiros que fazem a rota de ligação entre o ocidente e o oriente pela rota polar. Atualmente a navegação nas águas geladas do oceano ártico é feita através de sofisticados sistemas de localização por GPS e outros balizamentos eletrônicos. Todavia, durante os anos de ferro do império soviético, não havia sistemas de localização por satélite.
1-Farol atômico russo
Assim, o partido comunista da União Soviética decidiu o estabelecimento de uma rede de faróis ao longo das longínquas praias desabitadas que fornecessem sinais visuais e radiofônicos aos navios que singravam os mares árticos nas longas noites polares. Vários faróis foram erguidos, mas havia um problema: eles deveriam funcionar em regime desatendido e com manutenção zero, isto porque, por se localizarem a milhares de quilômetros longe das áreas povoadas mais próximas, era humanamente impossível alojar faroleiros permanentes que operassem os equipamentos, devido à severidade do clima de regiões mais inóspitas do Planeta.
2-Farol atômico russo
Depois de analisar as diferentes alternativas que atendessem à demanda de funcionamento por anos sem a necessidade de manutenção e sem fonte de energia esgotável em curto prazo, os engenheiros soviéticos decidiram implantar reatores nucleares que alimentariam os faróis. Então, foram desenvolvidos especialmente para este fim reatores atômicos pequenos e leves que pudessem ser facilmente transportados às terras polares e içados nas respectivas estruturas.
3-Farol atômico russo
Os pequenos reatores funcionaram de forma autônoma ao longo de décadas, sem necessidade de qualquer intervenção humana, prestando seus serviços devido à impraticabilidade de deslocamentos periódicos de equipes de manutenção. Os faróis eram dotados de tecnologia suficiente para desempenhar autonomamente determinadas tarefas, através de sensores eles captavam a luz ambiente, o que os capacitava a ligar e a desligar o holofote do farol de acordo com as condições de naturais de iluminação.
6-Farol atômico russo
Em situações de neblina ou nevascas, eles transmitiam através do rádio sinais de alerta às embarcações próximas. Tudo isto, por mais que pareça ter saído de um enredo de ficção científica, realmente aconteceu no tempo da guerra fria, numa época em que a robótica recém engatinhava.
5-Farol atômico russo
Com o colapso da União Soviética houve um problema, os faróis-robô continuaram funcionando por algum tempo, até entrarem em colapso. A causa foi a mais prosaica de todas: o vandalismo. Com o decorrer dos anos, eles foram sendo aos poucos saqueados por ladrões de metais e destruídos por caçadores de coisas abandonadas. A grande tragédia destes faróis atômicos foi provocada pela ignorância dos vândalos, já que eles não se intimidaram perante as etiquetas amarelas que estampavam o aviso de “Perigo Radioativo”.
7-Farol atômico russo
Os vândalos, ao ignorarem todos os avisos, quebraram e destruíram o equipamento e levaram o que puderam, deixando para trás as coisas inúteis ou pesadas demais. Por mais que pareça estúpido e bizarro, os saqueadores marretaram os reatores e os reduziram a pedaços, fato que transformou todas as antigas construções dos faróis-robô em perigosos sítios de contaminação radioativa.
4-Farol atômico russo
As fotos aqui apresentadas foram obtidas de um dos faróis atômicos mais próximos das áreas povoadas ao leste da Rússia. Atualmente há enormes alertas de “RADIOATIVIDADE” estampadas em Placas obstruindo os caminhos que levam aos farol, porém, elas não são o bastante para desencorajar o avanço dos caçadores de coisas exóticas.

Fonte:
English Russia: Abandoned Russian Polar Nuclear Lighthouses.

Um simples ato de consultar o relógio em público pode acabar com a sua carreira!

O comportamento das figuras públicas tem consequências amplificadas em relação aos comuns mortais, já que milhões de olhos estão grudados em cada gesto e cada olhar. Contudo, as gafes cometidas por qualquer um de nós, mesmo se restringindo a um pequeno círculo de pessoas, podem trazer resultados catastróficos.

Um caso emblemático de gafe, que a mídia internacional não quis perceber, aconteceu durante a visita histórica do casal Obama à Casa Branca. Logo que saíram da limusine,
os casais George Bush e Laura Bush, Barack Hussein Obama e Michelle Obama posam para as fotografias. Enquanto os dois presidentes ficam em lados opostos e as mulheres lado a lado, a Sr. Laura cometeu o ato patético que faltava antes de passar copa e cozinha para a Sra. Michelle: consultou o seu relógio diante das lentes globais.
Laura Bush consultando o relógio em público
Quando flagrei este instante de distração da ex-primeira dama dos Estados Unidos, muitas coisas me passaram pela cabeça. Terá sido tédio com aquelas longas cerimônias protocolares? Terá sido o resultado do seu pouco apreço pelo casal Obama? Por ventura ela estaria atrasada para um compromisso importante? Neste caso, haveria algo mais importante do que a tal “visita histórica” que estava acontecendo?

Logicamente a imprensa global é babaca ao ponto de ter extirpado esta pequena e patética cena da maioria dos vídeos posteriores da visita, assim como ela extirpou da cobertura da posse de Obama as gigantescas vaias que o pior presidente da história dos Estados Unidos levou de 2 milhões de pessoas concentradas no National Mall em Washington. Mas, como confio na minha memória e nos meus poderes heurísticos para resgatá-la dos confins da Internet, eis que achei o vídeo da Fox News, que teve a decência de deixar quase na íntegra o instante que me impressionou. Digo quase, porque eles foram suficientemente calhordas para colocar um banner enorme que tapou a mão da mulher, mas sobrou corpo suficiente para provar o que estou dizendo.


Depois da ilustração do momentoso caso da Laura Bush, podemos falar do ato genérico em si, para chegar à conclusão de que consultar o relógio sempre envolve uma série de fatores altamente desabonadores e talvez corrosivos para a ascensão social.

- Quando você está com conversando com uma pessoa ou amigo, olhar o relógio pode significar enfado com a conversa, desejo de fim do papo, desagrado com a presença do amigo, pensamento voando longe, ou seja, você está querendo encerrar o encontro. Sempre que estou conversando com uma pessoa e ela olha o relógio, para mim o assunto está encerrado e confesso que fico magoado e passo a ser reticente quanto a novos encontros.

- Quando você está participando de uma mesa de conferência, a pior coisa que você pode fazer é consultar o seu relógio. Explico, caso o orador te veja, ele vai perder instantaneamente o rebolado, pois vai desconfiar que está sendo maçante, ou sendo prolixo, ou uma série de dúvidas que vão lhe assaltar e tirar a concentração. Em suma, você pode derrubar um orador simplesmente consultando o seu bendito relógio!

Você está de frente para a platéia e certamente alguém de lá vai perceber o ato deselegante. Então podem pensar por um lado, o orador realmente é um chato, ou está se estendendo além da conta, mas por outro lado, quem estiver gostando da palestra pode julgá-lo pernóstico, inoportuno, apressado, negligente, desatento, etc.

A conclusão para mim é muito simples, o ato de consultar o relógio em público deve ser tão cercado de reservas quanto fazer xixi. Os melindres que uma simples olhada no pulso podem causar tendem a desabar uma avalanche contra as suas pretensões sociais futuras.

Imaginemos que hoje você comete uma gafe destas com um colega de trabalho, hoje hierarquicamente igual ou inferior a você. Só que mais tarde, a mesma pessoa aparece na sua frente como o CEO da empresa. Certamente que com aquela impertinente olhadela de relógio você corre o risco de colher frutos amargos, que podem te custar perdas altamente lamentáveis. Por quê? Simplesmente porque, assim como a Laura Bush não pôde esquecer o maldito relógio numa cerimônia protocolar global, você continua insistindo em ofender seus interlocutores consultando-o em ocasiões de relacionamento sociais informais ou formais. (O que dizer do ato nos relacionamentos íntimos, nestes as consequencias são hecatômbicas!)

Para combater este ato simplório, estabeleça uma disciplina por associação de idéias. Cada vez que você sentir uma coceira para dar uma esgueada de olhos no pulso, pense em fazer xixi em público e na repulsão que este ato causaria. Saiba que para os seus interlocutores, um ato não está muito longe do outro em termos de desfaçatez.

25 de jan. de 2009

TOP 10 estereótipos de cientistas malucos do cinema.

A figura do cientista louco foi construída parodiando alguns estereótipos alimentados por homens da ciência de carne e osso que pautaram suas vidas pela ambição e o crime. Exemplos de criminosos da ciência não faltam: Joseph Mengele, Sergei Bruyukhonenko, Shiru Ishii, etc., são figuras que fomentaram os estereótipos vívidos até hoje. Vamos a alguns deles:

1 - Usam dos recursos da ciência sem freios éticos, mesmo que as pesquisas redundem em deformidades ou morte das cobaias;

2 - são assassinos frios e calculistas e não têm nenhuma restrição a cometer genocídios;

3 - experimentam em si mesmos as suas criações malignas;

4 - possuem deformidades físicas severas obtidas por erros de manipulação de produtos tóxicos e auto-experimentações;

5 - têm o sonho se igualar a Deus tem termos de poder de criação da vida;

6 – apresentam comportamento psicótico, esquizofrênico e aparência desmazelada;

7 - vivem como ermitões fechados em laboratórios, normalmente subterrâneos ou em sótãos de castelos mal assombrados;

8 - sotaque estrangeiro, normalmente alemão, uma alusão ao super carrasco nazista Joseph Mengele;

9 - risada maligna que pode ser ouvida ecoando pelos lúgubres calabouços de sinistros laboratórios;

10 – lutam pela imposição de sociedades alternativas distópicas controladas por governos oligárquicos.


Tais estereótipos originaram alguns famosos vilões que se notabilizaram primeiramente na literatura de ficção científica do fim do século XIX e início do século XX e depois foram transpostos para o cinema. Os vilões a seguir encarnaram tipos emblemáticos e representativos em filmes que se tornaram clássicos.

10 - Dr. Arliss Loveless – Wild Wild West.
10-Dr. Arliss Loveless
A crítica foi impiedosa com esta tentativa de transposição para o cinema do seriado clássico James West. Sob o ponto de vista formal de obra cinematográfica, o filme é realmente um lixo, com roteiro péssimo e claudicante e a caracterização do lendário agente federal por Will Smith é caricata e medonha.

No entanto, os amantes da estética Steampunk concordam unanimemente de que este filme é o maior clássico deste gênero em todos os tempos. Os dispositivos Steampunk que aparecem ao longo do filme são simplesmente lendários, todos funcionando adequadamente a vapor.
Em homenagem à arte Steampunk, não poderia faltar nesta lista o Dr. Aliss Loveless interpretado por Kenneth Branagh.

Loveless é um cientista que perdeu metade do corpo e tem a compulsão de conquistar os EUA. Para tanto, ele sequestra os maiores cientistas de cada área da engenharia e os utiliza para a criação de dispositivos bizarros, o maior deles, uma aranha caranguejeira mecânica gigante de 25 metros de altura dotada de grande poder de fogo.

Estereótipo: pessoa submetida a uma grande perda física que entra em processo compulsivo de vingança e dominação.

9 - Dr. Eldon Tyrell – Blade Runner.
9-Eldon Tyrell
Num dos maiores filmes de ficção científica de todos os tempos, o criador dos mutantes encarna perfeitamente o estereótipo do cientista maluco: rico empresário, homem de cobiça de se igualar a Deus e fome ilimitada de poder. A morte nas mãos de um dos seus replicantes foi o desfecho condizente com o lema da corporação Tyrell sobre as suas criações: mais humano do que humano.

Estereótipo: pesquisador genético que desenvolve técnicas de produção de seres humanos sintetizados artificialmente. Dominador do mundo.

8 - Ernst Stravro Blofed – Com 007 só se vive duas vezes.
8-Ernst Stravro Blofed
Aquele que foi um dos maiores inimigos de James Bond acabou virando clichê de super vilões do cinema subseqüentes. As suas características da cicatriz na cara, careca e o cuidado obsessivo pelo seu gato de estimação não só inspiraram outros vilões “sérios”, como também a paródia genial do inigualável Dr. Evil de Austin Powers.

Estereótipo: rosto deformado e dominação do mundo usando parafernálias mecânicas bizarras.

7 – Dr. Evil – Austin Powers.
7-Dr. Evil

O que dizer da paródia de Blofed, senão que é genial? Apesar da sua extrema crueldade, ele trata com extremo zelo o seu gato pelado, seu pequeno clone Mini-Me e seu filho legítimo Scott. A característica de enfatizar as aspas em uma frase com o gesto de fechar duas vezes os dedos indicador e médio de ambas as mãos é imitado até hoje, confesso que uso com frequência este recurso.

Estereótipo: os mesmos do cientista anterior, mas acrescido de picantes ingredientes de comédia de humor negro. Veja o video em que o Dr. Evil aperta alguns botões e executa aos poucos o seu ajudante Mustafa.

6 – Rotwang - Metrópolis. 6-Rotwang
Foto colorizada por Augusto Cesar B. Areal.
O vilão do mais famoso filme de ficção científica de todos os tempos originou todos os estereótipos que alimentariam os roteiristas doravante. Rotwang é um gênio do mal cujas máquinas animam uma cidade distópica. O incrível laboratório do vilão com seus arcos voltaicos, aparatos borbulhantes e máquinas bizarras cheias de mecanismos complexos deu origem ao clichê de laboratório que seria reproduzido à exaustão nos anos vindouros.
A aparência de Rotwang, com seus cabelos desgrenhados e olhos estalados e mão mecânica se tornaram marcas registradas do poder científico do mal.

Estereótipo: dominação do mundo através das máquinas.

5 - Dr. Henry Jekyll e o Mr. Hyde – O médico e o monstro.
5-Jekyll and Hyde
Caso você esteja em dúvida sobre a possibilidade de se tornar um cientista do mal, responda a esta pergunta: você conduziria seus experimentos em ambientes controlados, ou preferiria testar as suas teorias em você mesmo?

Se você preferiu a segunda alternativa, tem tudo para se tornar um cientista maluco, assim como o Dr. Jekyll. A sua pesquisa sobre a alma humana levaram-no a desenvolver uma substância capaz de separar o caráter da pessoa. Ao ingeri-la, o médico assumia a personalidade do Mr. Hyde, um monstro assassino e cruel que aterrorizava as ruas de Londres do século XIX e passado o efeito, voltava a ser o bondoso e insuspeito médico. Mas, uma coisa deu errada, o lado mau do Dr. Jekyll foi pouco a pouco assumindo o controle.

Estereótipo: o médico e o monstro gerou uma grade safra de obras que recorrem ao clichê da dupla personalidade.

4 - Dr. Moreau – A Ilha do Dr. Moreau.
4-Dr. Moreau
O clichê da ilha tomada de aberrações habitada por um cientista louco que transforma animais em simulacros de seres humanos surgiu com o livro A Ilha do Dr. Moreau de H.G. Wells publicado em 1896. Decidido a formar a sua própria raça, o doutor não hesita em perpetrar uma série de experimentos que resultam em criaturas metade humanas e metade leopardo, búfalo, gorila, etc.

Estereotipo: um cientista das áreas biológicas em confinamento numa ilha é antecipação visionária do escritor H.G. Wells em 1896 sobre o episódio que ocorreria somente meio século depois, o advento do cientista-monstro nazista Joseph Mengele, que encarnou perfeitamente o estereótipo do Dr. Moreau durante a segunda guerra mundial. A composição da Ilha dos Mutantes da novela da Record se aproveitou do estereótipo do Dr. Moreau para criar a vilã Dra. Júlia.

3 - Dr. Herbert West – Re-animator.
3-Dr. Herbert West
O Dr. Herbet West fabrica um liquido que, quando administrado em cadáveres recém mortos, restaura as funções mecânicas. Porém, os “mortos-vivos” não se sentem exatamente alegres por terem sido arrancados do sono eterno, fogem e passam a aterrorizar a comunidade.

Estereótipo: reanimar os mortos é um tema recorrente nos thrillers de terror, o cientista que dedica todos os esforços para restaurar a vida a corpos recém mortos.

2 - Victor Frankenstein – Frankenstein.
2-Victor Frankenstein
Ele viola sepulturas, profana cadáveres e procura de “peças” que possam compor um corpo à guisa de robô feito de partes humanas. Este clássico da literatura de FC apareceu pela primeira vez em 1818 através do livro Frankenstein, ou O Prometeu Moderno de Mary Shelley. No livro, Shelly jamais dá um nome a criatura, preferindo citá-lo como monstro, demônio, maligno, etc., porém popularizou-se para a criatura o mesmo sobrenome do cientista criador, num exemplo de como a recepção de uma obra artística pode destoar das intenções originais do escritor.

Estereótipo: é a sanha do cientista determinado a dominar os segredos da vida e vencer a morte. De certa maneira, as técnicas dos transplantes são tributárias do Dr. Frankenstein.

1 – Victor Von Dom – Doutor Destino – Quarteto Fantástico.
1-Doutor Destino
O principal inimigo do quarteto fantástico segue à risca a cartilha do cientista maluco: rosto desfigurado, psicopata compulsivo, sede insaciável de poder, assassino cruel e sempre envolvido em experimentações que objetivam conquistar o universo.

Assim como o líder do Quarteto Fantástico Reed Richards, o Doutor Destino também é cientista, mas provido de um menor talento, motivo suficiente para se ter iniciado o maior ódio das histórias em quadrinhos.

Estereótipos: Victor Von Doom encarna praticamente todos os estereótipos, seu rosto é deformado, tem personalidade psicótica, é assassino e tem ilimitada sede de poder. O Dr. Destino é o único cientista maluco desta lista que quer vai além da ambição de dominar o mundo, ele quer conquistar o universo e conseguiu por algum tempo durante as guerras secretas travadas entre todos os bandidos da terra e os heróis, reunidos pela entidade denominada Beyonder numa dimensão alternativa.

Fontes:
Top 10 mad scientists.
Cientista Louco.
Sp.Steampunk.
The Island of Dr. Moreau.
You Only Live Twice.
Dr. Jekyll and Mr. Hyde.
Dr. Evil.
Doutor Destino.
Dr. Arliss Loveless.

Link relacionado:
Top 10 Mad Scientists in History.

24 de jan. de 2009

6 pequenas verdades sobre o Twitter.

O Twitter apareceu como uma rede social que descobriu como fazer do minimalismo um sucesso na Internet. Uma interface horrorosa aliada às ferramentas precárias e às constantes quedas não impediram que o brinquedinho fizesse um sucesso estrondoso, como se fosse um revival de uma espécie de Tomagotchi para adultos nos dias de hoje.Tudo o que você tem a dizer, tem que ser escrito em 140 caracteres. Para os iletrados é a salvação, para os verborrágicos é o purgatório da síntese, mas todos os bons estão lá, seguindo o Marcelo Tas, ou o Cardoso, em curtas tirinhas relevantes, bombásticas ou absolutamente banais, como é a grande maioria das twittadas.

Que me sigam os Bons!

1- Todos os Nerds seguem o Cardoso.
Experimente procurar @Cardoso no Search do Twitter e vai encontrar provas cabais de que o cara odiado, ou amado é hype permanente na Twittosfera.

2- A maioria dos twitteiros sentem sono.
Também pudera, quem se vicia em twittagens, ao bisbilhotar noite e dia os updates, esquece de algumas necessidades fisiológicas básicas.

Twittada: “To sem durmir essa noite! Nem um cochilo sequer... será que vou aguentar o dia inteiro”

3- Explicação: Twitteiro que é twitteiro não dorme à noite.

Twittada1: “Vou ver um filme, depois volto. Já que segunda-feira não vou trabalhar, vou passar a madrugada inteira entretendo minha pessoa.”

Twittada2: “Na noite passada, dormi apenas 1h.”

4- O Cardoso deve ter quebrado algum recorde dos mais seguidos que menos seguem.
Até agora, 2.178 seguidores, contra 43 twitteiros que ele segue. Sim, o tamanho da umbigosfera compreende exatamente 43 pefis.

Só para ninguém dizer que estou de marcação em cima do Cardoso, o Malvados também é malvado com seus seguidores: 1.730 seguidores contra 38 seguidos.

5- É praticamente impossível um twitteiro não ter seguir o duende verde(*), Marcelo Tas.
O duende verde foi o foi o primeiro Twitteiro da língua portuguesa a superar o 4 dígitos no número de seguidores. Atualmente o Marcelo Tas, líder do Programa CQC da Band, tem 11.003 seguidores.

Lembrado pelo Malvados:
“@marcelotas completa hoje 10.000 seguidores no Twitter, senhores!”

E felicitado pelo Inagaki.
@marcelotas Parabéns: você é o primeiro brasuca a chegar à marca de 5 dígitos de seguidores no Twitter, como bem notou Mr. @malvados

A tempo, eu também sigo o duende verde.

(*) Explicação sobre o duende verde: veja o avatar dele e vai entender.

6- Twitteiros comem lixo (Junkie Food), fumam e bebem.
Para quem não dorme e não gosta de fazer exercícios, resta a hiperatividade do sedentarismo.

Twittada1: “Cup Noodles de Frango com requeijão. Servidos?”


Twittada2: “Que bom, agora poderá deixar de lado as caipirinhas, os cigarros e doritos.”

Twittada3: “Bebendo vinho e trabalhando, desde às 10 e 30. Agora o mundo faz sentido.”


Enquanto isto, o Uêba pergunta: 2009 é o ano do jornalismo no Twitter?