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29 de jan. de 2014

Split, o nome da desgraça

Até bem pouco tempo, quando as pessoas ainda baseavam suas climatizações nos velhos aparelhos quadrados que atravessavam as paredes, era fácil fugir dos climas glaciais no verão se posicionando de maneira correta na topografia do ambiente. Ou seja, bastava achar um lugarzinho cego nos estabelecimentos comerciais e casas para usufruir um pouco de conforto em ambientes absurdamente gelificados.

Hoje tal manobra ficou impossível, pois onde os Splits reinam onipotentes e onipresentes, não há escapatória possível e só resta ao vivente resistir bravamente ao mergulho vertiginoso dos 36 graus de temperatura externa para os pretensos 25 graus marcados no frio display verde dessas máquinas infernais.

Noto que as pessoas têm renunciado ao raro privilégio de possuir o sistema de regulação de temperatura mais sofisticado da natureza. Saem dos seus automóveis refrigerados e se enfiam rapidamente em ambientes refrigerados como se seus corpos fossem incapazes de acionar uma extensa maquinaria que torna as torna infensas até aos calores mais extremos.


Minha esposa afirma que estudos recentes dão conta de que os genes implicados na regulagem da temperatura corporal são os mesmos responsáveis pela longevidade. Estaremos renunciando à vida longa em benefício de uma vida de ameba? Pense nisso.

6 comentários:

  1. luis crampazzo30/01/2014, 19:40

    indo de um lugar quente para um refrigerado,o que nós estamos fazendo é pegando resfriados e gripes,ou seja,disseminando e evoluindo a influenza.

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  2. Caro Isaias!
    Penso que o clima de hoje não é mais como uma vez, parece que as temperaturas estão mais altas nos últimos anos. Uma vez, ar-condicionado era um artigo de luxo, hoje, penso ser uma necessidade. Concordo que não devemos refrigerar demais o ambiente, mas apenas deixá-lo habitável. Sofro de hiperidrose compensatória severa, que muito limita e constrange minhas atividades rotineiras. Minhas roupas ficam molhadas sem esforço algum em dias muito quentes. Com as temperaturas altas, meus pés ficam inchados e minha disposição fica comprometida. Até agora, infelizmente não existe tratamento eficaz para a hiperidrose, já li sobre um tal Miradry, fiz a simpatectomia torácica, que não meu caso, só desviou o suor partes do corpo para outras partes. Talvez poderia escrever sobre isso, ou como ocorre esse tipo de herança genética. Posso contribuir com relatos meus e outras pessoas que conheço que também realizaram o procedimento.
    Abraços

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    1. Vou falar com a minha esposa sobre o seu caso, ela é bióloga pós-graduada em genética e talvez nos possa elucidar mais sobre a hiperidrose.

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    2. Ela disse que contra herança genética não há o que fazer, o que poderia minimizar é adotar uma alimentação menos calórica nos dias de alta temperatura e isso serve para todas as pessoas.

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  3. "Minha esposa afirma que estudos recentes dão conta de que os genes implicados na regulagem da temperatura corporal são os mesmos responsáveis pela longevidade."

    Então as pessoas que vivem em países em que a maior parte do tempo faz frio, vivem menos?

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    1. Ao contrário, as pessoas que regulam naturalmente a sua temperatura corporal adaptando-a as condições externas vivem mais. O fato das pessoas que vivem nos países frios terem que se adaptar a condições climáticas mais extremas é fator determinante da grande longevidade dos eslavos.

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