É de conhecimento público que o consumo de TODAS as margarinas representa riscos à saúde. Então, numa medida simples, você esvazia o seu refrigerador e está livre delas? Errado, pois os produtos de confeitaria e padaria usam a margarina como ingrediente básico. Num dia desses eu estava comentando os males das gorduras vegetais industrializadas* com uma funcionária de confeitaria e ela retrucou que na sua eles usavam somente margarina. Ora, isso é como trocar 6 por meia dúzia, pois as margarinas que aí estão são produtos tidos como alimentícios altamente industrializados que contém na sua fórmula uma verdadeira sopa não determinada de matérias primas, denominada genericamente no rótulo como óleos vegetais líquidos.
A não discriminação desses óleos atende claramente a
interesses comerciais, pois a busca da lucratividade faz com que os fabricantes
tendam a usar os substratos mais baratos... e desastrosos para o sistema
cardiovascular.
A desculpa padrão para a sonegação da informação ao
consumidor é dada pelo próprio órgão de regulamentação que, teoricamente, foi
criado para cuidar da nossa saúde:
EU food labelling rules allow manufacturers to use the
generic term 'vegetable oil' rather than listing the types of vegetable oil in
the product. This is because in practice the vegetable oil ingredient will be a
mixture of oils such as rapeseed, sunflower, soya, maize or coconut oil, the
exact composition of which can change due to variability of supply. The use of
this term prevents the need for label changes »» Can
I buy margarine that is palm oil-free?
Então vamos esmiuçar as principais supostas e prováveis matérias primas que a indústria não é obrigada a revelar.
Óleo de algodão
As plantações de algodão costumam receber doses massivas de
pesticidas, portanto, suas sementes são altamente contaminadas. Além disso há
um desbalanceamento entre os ácidos ômega 6 e ômega 3, fato que causa vários
problemas de saúde, entre eles o enfarto »» How Margarine
is made?
Canola
A origem do uso do óleo de Colza é servir de matéria prima
para lubrificantes industriais. O grande problema dele é a alta concentração de
ácido erúcico, responsável pelo desencadeamento de cardiopatias. Por isso, o
óleo de canola tem que ser complexamente processado, para que seja guindado da sua
condição inicial de lubrificante industrial ao status de alimentação humana. O
ruim da história é que as características tóxicas iniciais nunca são
completamente eliminadas. Pesquise na internet toda a polêmica acerca do óleo
de canola »» Rapeseed
Palma
O óleo de palma tem a vantagem de diminuir os processos de
hidrogenação e/ou interesterificação, pois ele tem possui alta viscosidade
natural. A desvantagem é que possui alto percentual de gorduras saturadas »» Óleo
substituto da gordura trans também é nocivo, aponta pesquisa
A outra preocupação concernente ao óleo de palma é de ordem
ecológica, pois o seu plantio indiscriminado, principalmente na Indonésia e
Malásia, está ocasionando a derrubada dos últimos redutos de florestas
tropicais desses países »» Entenda
como o óleo de palma está no seu dia a dia e prejudica florestas no mundo
Milho e Soja
À primeira vista são óleos inofensivos, só que na feitura
das margarinas os grãos utilizados podem ser provenientes de espécies transgênicas
(geneticamente modificadas). Não temos certeza, já que o rótulo não especifica
quais foram os componentes utilizados no "caldo" bruto de gorduras
vegetais »» Temores
sobre os transgênicos estão se confirmando, diz cientista gaúcho
Açafrão-bastardo, girassol e outros
Conclui-se que a inocente e genérica expressão "óleos
vegetais líquidos" constante na lista de ingredientes pode denominar qualquer
origem conhecida, ou desconhecida, tóxica ou benéfica. De qualquer maneira você
não nunca saberá o que está comendo e isso é uma verdadeira insegurança
alimentar patrocinada pelas grandes corporações da indústria alimentícia e os
seus lacaios, os governos lenientes cujos políticos só têm como expectativa de
futuro a próxima eleição.
* antigamente, antes da campanha massiva demonizadora das gorduras TRANS, o rótulo das margarinas ostentava "óleos vegetais líquidos e hidrogenados". Atualmente ele mudou para "óleos vegetais líquidos e interesterificados". Só que o novo processo de adensamento dos óleos vegetais originalmente líquidos, se eliminou as temidas gorduras TRANS, trouxe outras inseguranças »» How Safe is Trans fat free Margarine?
A controvérsia da gordura interesterificada
* antigamente, antes da campanha massiva demonizadora das gorduras TRANS, o rótulo das margarinas ostentava "óleos vegetais líquidos e hidrogenados". Atualmente ele mudou para "óleos vegetais líquidos e interesterificados". Só que o novo processo de adensamento dos óleos vegetais originalmente líquidos, se eliminou as temidas gorduras TRANS, trouxe outras inseguranças »» How Safe is Trans fat free Margarine?
A controvérsia da gordura interesterificada
Leia mais »» Why
You Should NEVER Eat Vegetable Oil or Margarine!
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