Em tempos de globalização das informações o medo nunca
esteve tanto em voga campeando pelo mundo. Se antes sofríamos sob os terrores
do fogo do inferno durante a idade média, hoje temos medo de Ebola, Estado
Islâmico, falta d’água, apocalipse climático, perder o emprego, terrorismo,
envenenamento alimentar, insegurança...
O medo alimenta uma indústria trilionária, provavelmente a
mais lucrativa do mundo. Ele fomenta as guerras, é moeda de troca da
imprensa, fortalece o belicismo, provoca êxodos, dizem até que provoca câncer
devido à constante opressão sobre as suprarrenais.
Então qual é a utilidade do medo?
A rigor além dele ser inútil, é prejudicial. Tanto é
prejudicial, que quando você faz um retrospecto da sua vida, seu maiores
arrependimentos vêm dos medos fúteis havidos. Por que não enfrentei? Por que
não chutei o balde? Por que não fui mais despojado? Perguntas como essas são vermes que remoem
aquilo que chamamos de experiência de vida e que, quanto mais se acumula o monturo
de medos, mais produz arrependimentos.
Por isso, jogue uma luz sobre os seus medos atuais e sinta no
sangue o peso da sua inutilidade e prejuízos causados, não deixe que se
transformem em arrependimentos de uma vida que foi miseravelmente sufocada pelo
medo de problemas que nunca vieram a existir.
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