São tantas as crises que atravessamos, crises
da idade, crise do desemprego, crise da doença, crise da ociosidade, crise
do sedentarismo, crise de identidade, crise do casamento, crise do emprego,
crise existencial, crise da velhice, crise financeira, ufa, são tantas as
crises que é impossível enumerá-las!
Você parou para pensar se em algum momento da sua vida você
livre de crises? Aparentemente, o nosso passado é muito bom, contudo, não passa
de engano porque dos fatos da memória permanece armazenados lá, estáticos,
portanto, já perderam o sabor amargo das crises que os geraram.
Estamos sempre procurando solucionar ou fugir das crises,
mas que se sucedem e nos acompanham. Será possível viver sem crise? Os grandes
ascetas e místicos dizem que sim, mas viver mergulhado num mundo de relações
esturricado de crises é um desafio para qualquer um!
Digo que o próprio viver é uma crise permanente, ou seja, o
seu corpo é o resultado de um amontoado de elementos primários que se
complexaram (por obra e graça de alguém?) e formam células, que lutam todo o
tempo contra a entropia reinante no entorno.
Assim, o próprio ato de viver é estar permanentemente em crise!
Talvez o nosso grande lance seja “acordarmos para a Matrix”
e descobrirmos que se é impossível fugir das crises, então nos resta conviver
com elas e trata-las como hóspedes inseparáveis do nosso périplo terreno. Rir
para as crises, sabendo que elas são inevitavelmente duradouras, é o melhor remédio!
Os místicos falam que é preciso ver a vida como um filme
passando diante dos nossos olhos. O problema é não nos identificarmos com ele,
aí é que as crises pegam para valer!
Agora, se você está se preocupando com a crise do país,
relaxe, pois doravante em todos os dias da sua vida você ouvirá sobre novas e
novas crises surgindo e sumindo, como se fosse num torvelinho inesgotável. Quem
se preocupa com elas, realmente está perdendo os melhores momentos da vida!
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