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26 de nov. de 2012

Dicas de sobrevivência quando o carro novo estraga

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Sei que este assunto é polêmico, mas ele deve ser tratado sob outro ponto de vista, não das concessionárias, nem das montadoras e muito menos dos usuários, estes que se fazem de vítimas e xingam muito na internet. Quero retratar o tema sob a ótica do bom senso, quando os humores das partes são governadas pela boa saúde nas relações.

Sei que o seu principal pensamento ao investir num carro Zero é não precisar se preocupar nos próximos anos. Todavia, também devo saber que as montadoras não têm absoluto controle sobre os (talvez) milhares de sistemistas que fabricam os componentes. Assim, forçosamente alguém será a bola de vez e terá que pagar o pato pelas peças que falham miseravelmente nos primeiros meses de uso.

Aconteceu conosco. Compramos uma Livina-Nissan que nos deixou na estrada com apenas 3.900 km. Até então, não tínhamos passado pela amarga experiência de ficarmos a ver navios por culpa de um carro "zero bala". Felizmente, mantivemos o controle emocional e conseguimos dar a volta por cima. Primeiramente chamamos o socorro do seguro, que demorou para chegar. Cerca de uma hora depois de parados na estrada, tentei dar a partida e o carro funcionou. Aí conseguimos ir para casa, pois o problema estava no motor de arranque, que não girava depois que o motor esquentava.

O problema todo foi resolvido em 4 dias, acredito que num tempo recorde, numa época em que as concessionárias têm poucas peças de reposição em estoque. Conseguimos fazer da concessionária uma aliada da nossa causa pelo fato de não nos fazermos de vítimas. Assim, sem brigas todos trabalhamos pelo bem maior, que é o restabelecimento do nosso carro zero ao funcionamento pleno. Por isso, das lições aprendidas elenco alguns conselhos aos marinheiros de primeira viagem e àqueles, que apesar de calejados, transformam tais fatos em querelas intermináveis que prejudicam sempre o lado mais fraco, ou seja, o usuário.

1) Eleja uma concessionária de confiança
Se você é um daqueles que faz um leilão na praça para comprar o carro mais barato e não pretende voltar nunca mais naquela concessionária, ou por ser muito ruim, ou por estar em outra cidade, dificilmente poderá esperar atendimento VIP, quando aparecer com a maior cada de pau numa concessionária onde você NÃO comprou o carro. Cá para nós, eles não têm a mínima obrigação de agregar o seu problema à sua lista de prioridades (apesar de terem a obrigação legal de atendê-lo), uma vez que os clientes fieis ocuparão sempre a primeira fila.
Por isso, quando leio nos sites de reclamações os relatos de pessoas que fazem peregrinações por várias concessionárias, tenho a certeza de que problema que começa torto tem poucas chances de endireitar.

2) Não leve o carro à concessionária
Surpreendentemente, se você conseguir arrastar o seu carro pifado até à concessionária, dificilmente terá direito ao carro reserva. Logo, o melhor conselho não é acionar o guincho do seguro em caso de pane, mas o telefone de atendimento da própria montadora. Chame o serviço pelo 0800 e peça para o guincho levar o seu carro até a concessionária. Isso aconteceu conosco, primeiramente levei o carro até lá (pois o motor de arranque funcionava com o motor frio) e eles me aconselharam a voltar para casa e de lá solicitar o guincho através do telefone da montadora. Posteriormente, solicitamos através do mesmo número a disponibilização do carro reserva.

3) Não inicie uma tempestade em copo d'água em função da qualidade do carro reserva
Vista as sandálias da humildade para ter paz de espírito. Certamente o carro destinado a você será de qualidade inferior ao seu. Por isso, contente-se com o que o destino lhe reserva e não fique se achando a última bolacha do pacote. Conseguir um carro reserva já é recompensa de bom tamanho. Portanto, guarde as suas energias para fabricar pensamentos positivos.

4) Não vire o antipático da concessionária
Se você é um daqueles que chega na oficina como aquele ar de bandoleiro do velho oeste atirando para tudo que é lado, saiba que ninguém ficará feliz em resolver o seu problema. Isto porque, se alguma daquelas pobres almas se puxar para solucionar o seu caso, dificilmente ele terá um simples agradecimento, pois você deve ser uma daquelas pessoas que acha que subalternos não fazem mais do que a sua obrigação.
Agora, se você tratar todo mundo com respeito e um sorriso e solicitar as coisas como alguém que depende da boa vontade deles, descobrirá que as soluções chegarão com muito mais celeridade.

5) Não sonhe com a troca por um carro novo
Vejo as pessoas pleiteando facilmente a troca do veículo pifado por um carro novo. Ora, é mais fácil conseguir um abalo sísmico do que uma montadora sair trocando seus produtos a torto e a direito. Somente em casos raros de vícios de origem efetivamente comprovados é que haverá a troca, isso depois de muitas delongas e discussões. Na absoluta maioria dos casos isso não ocorre, portanto, não adianta alimentar falsas esperanças.

6) Não torre o saco das pessoas cobrando prazos
Sei como isso é difícil, e tinha ganas de ligar todos os dias para saber o andamento do nosso caso. No entanto, o próprio chefe da oficina ligou duas vezes para nós, na primeira comunicou que no mesmo dia ele testou o carro e havia dado o problema, ou seja, depois de feito o diagnóstico, o conserto só dependia da chegada da peça. Na segunda vez ele telefonou para dizer que o carro estaria pronto e lavado para ser entregue na tarde do dia seguinte, mais precisamente, um dia antes de esgotar os 4 dias de prazo do carro reserva.
Se você aporrinhar as pessoas com exigências, as coisas podem mudar de figura para pior, pois ninguém gosta de resolver os problemas dos outros por obrigação.

7) O mais importante de tudo
Viver uma existência destilando raiva só será ruim para você, que verá os seus anos diminuídos em virtude da corrosão do ódio, afinal, no inferno pululam almas que se sentem mortalmente injustiçadas.

4 comentários:

  1. Pois me admira vc ter carro. Escreveu vários posts aqui defendendo alimentação saudável, dicas pros gordos emagrecerem...e agora o assunto é automóvel? :D

    Eu nunca quis ter carro, e nem quero. É muito caro, muito poluente, congestiona o trânsito(as grandes cidades sofrem com isso), a manutenção também é cara, deixa a pessoa preguiçosa(por que andar? Vai de carro), risco de acidentes, multas e ainda tem que gastar com combustível, seguro e IPVA.

    Quando ouço dono de carro falando que está numa situação econômica apertada, isso entra no meu ouvido e sai pelo outro. :P

    Brasileiros são um povo muito dormente. Pagam tanto, fazem do carro um glamour. Não percebem que existem opções saudáveis e baratas, como ônibus e bicicleta.
    Vai já aparecer algum comentarista revoltado dizendo que ônibus demora, tem superlotação etc. Sei disso tudo, mas vc como cidadão tem direito de reclamar. Se todo o mundo exigisse seus direitos, duvido que pegassem ônibus lotados. É dever da prestadora do serviço disponibilizar quantidade de veículos suficiente.

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  2. Não gosto de carro, mas não posso ser tão burro ao ponto de ignorar que se não fosse por ele não poderíamos praticar o nosso esporte favorito, voar de paraglider.

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