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8 de fev. de 2013

Acredita nas revoluções de teclado do Facebook?

Em tempos de Redes Sociais e manifestações desbragadas, as pessoas, pressupondo que detém o poder de Grayskull, se insurgem, protestam, xingam, tentando provocar tsunamis, quando no mundo real não chegam a levantar marolas. Então, as revoluções nos teclados acontecem todos os dias – antes revolucionávamos o mundo na lábia duma mesa de bar, hoje nas telas dos dispositivos comunicacionais – se essa lengalenga rende boa diversão, melhor ainda, porque de coisas práticas temos visto quase nada.

Feicebuquianos acreditam que podem promover o impeachment do presidente do Congresso Nacional V.Exa. Renan Calheiros pela via de assinaturas virtuais.
NOTA1: só alienados conseguem acreditar que um senador da república legitimamente eleito irá perder o seu cargo ou mandato só porque alguns cidadãos voluntariosos assinam uma petição para tanto. Convenhamos, enquanto não houver o devido processo, com acusações, defesa, prazos, e julgamento não será um "assinaço" que irá derrubar um dos líderes dos 3 poderes, pois de outra forma isso não seria democracia, mas democratismo – quando o "não vou com a tua cara" serve para deflagrar um impeachment.
NOTA2: a maneira mais prática de derrubar políticos é não votar neles.

Feicebuquianos, que costumam se declarar ateus, questionam onde Deus estava na tragédia da boate Kiss de Santa Maria.
NOTA1: Deus esteve onde sempre esteve, julgando os pecados dos homens. Ademais, recuso-me a entrar em discussões sobre Deus.
NOTA2: Só falta os haters de Deus promoverem um assinaço contra o bom velhinho.

Feicebuquianos odeiam Silas Malafaia e seguem os "ensinamentos" do deputado ex-BBB Jean Willys.
NOTA1: não posso esquecer de deletar esse tipo de panfletagem.
NOTA2: tomar o Willys como referência chega a ser surrealista.

Feicebuquianos odeiam a lei da "moral e dos bons costumes" de autoria da também odiada deputada Miriam Rios e sancionada pelo governo fluminense.
NOTA: não consigo entender porque as pessoas rechaçam a moral e os bons costumes.

Feicebuquianos defendem incondicionalmente os animais domésticos, mesmo que uma espécie deles já represente um dos grandes desastres ecológicos dos EUA. Idem na Austrália, onde os gatos domésticos se tornaram selvagens e estão devastando a fauna nativa.
NOTA: sinceramente, eu gostaria que houvesse um filtro que banisse da minha timeline todas as atualizações concernentes à faceanimalmania.

Feicebuquianos odeiam tanto o Lula, que 1.800 deles confirmaram participação num protesto, mas tão somente 20 gatos pingados e encabulados apareceram.
NOTA: o molusco só não ganhou o prêmio Nobel porque somos um povo mesquinho que joga contra os nossos notáveis. E olha que há poucos exemplos no mundo de estadistas que tiraram milhões de pessoas da linha da miséria. Não sou fã deste fanfarrão, mas pensando friamente, reconheço que ele foi merecedor do Nobel da Paz. Enquanto isso, os feicebuquianos agendam manifestações de brinquedo contra o maior fenômeno político da história desse país.

Um comentário:

  1. A Míriam Rios é uma pessoa sem conhecimento sobre sexualidade. Ela entrou de cabeça na religião, provavelmente por traumas psicológicos.

    Essa lei "dos bons costumes" é um eufemismo para rechaçar os direitos homossexuais, por exemplo.
    Para ela, ignorante no assunto, a união entre dois homens ou duas mulheres é uma abominação aos olhos do "senhor manda-chuva e deus todo-poderoso". Não é casal, não é amor. É DOENÇA.
    Para ela, gays só pensam em sexo e o amor é exclusivo de nós heterossexuais.

    Existem fundamentalistas protestantes, e em menor proporção, fundamentalistas católicos. Ela faz parte do segundo.

    Poderia criar leis que obrigassem o Estado a oferecer postos de saúde, hospitais públicos que acolhessem bem a população. Ou melhorar a educação pública, aumentar o preço de bebidas alcoólicas(droga que leva a tantos assassinatos, violência no trânsito, briga, estupro, doenças)...

    Mas a culpa não é dela, de todo. É também de quem votou, elegendo uma mulher desse nível, de intelectualidade paupérrima.

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