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5 de jun. de 2012

Toda a generalização é burra?


Vivemos num mundo cercado de reducionismos e generalizações por todos os lados, talvez insuflados pela profunda superficialidade que nos assolou depois que resolvemos as causas dos nossos desconfortos. Se cansamos, vamos de escada rolante, se subimos, pegamos o elevador, se queremos nos transportar, vamos de carro, se queremos entorpecer a mente na ilusão da TV, zapeamos erraticamente o controle remoto, sentados confortavelmente numa poltrona rodeada de suculenta comida doce/salgada, gordurosa e de valor nutricional zero.

Graças ao esforço zero proporcionado pelas comodidades da vida moderna, nos tornamos rasos e generalistas, enfim, um pecado cometido por quem tem tudo à mão e acaba pecando justamente pelo tédio de não batalhar por coisa alguma. Eis algumas delas:

Todas as mulheres bonitas são russas.
Todos os carros à venda são de mulheres.
Todos os imóveis à venda de praia são de frente para o mar.
Toda a mulher precisa perder 5 quilos.
Todas as batatas vendidas na estrada são novas.
Todas as mulheres que aparecem vendendo a virgindade na internet, estranhamente não são putas, mas virgens.
Todos os pianos à venda são alemães.
Todo o gordo acha que come pouco.
Todo o magro acha que come muito.
Todo o rico não se acha suficientemente rico.
Todo o crente quer, essencialmente, salvar a própria pele.
Todo o cético quer ver para crer.
Todos os buracos são do governo.
Toda a nudez será comercializada (modernamente nas infovias).

A burrice das generalizações certamente não está nessas aí acima, fofas e levezinhas. Ela está nas inomináveis, de natureza racista, resultantes do ódio étnico e da negação da diferença, enfim, nas que fomentam a guerra e o ódio no nosso mundo turvado por desavenças de todas as naturezas. Menos mal que uma jovem da classe média alta foi condenada por propagar que todos os nordestinos são...

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