Rococo (século XVIII)
O espartanismo exibido pelos primitivos pianos cedeu lugar a refinamentos. Mantendo a tradição da confecção de cravos, os
pianos ganharam elaboradas pinturas feitas à mão nas caixas e tampos. Este
estilo diferencia-se do próximo período no que tange à leveza, pois tais pianos
eram inteiramente confeccionados em madeira.
Gótico ou aristocrático (Século XIX)
Se no princípio os pianos eram finos e delgados como os
cravos, posteriormente eles foram se encorpando, na medida em que adentraram aos
ricos salões da aristocracia europeia. São pianos facilmente reconhecíveis pelo
aspecto pesadão e carregado de ornamentações. O gênero gótico foi consagrado no
cinema de horror e no seriado televisivo Família Adams. O pianista Liberace manteve durante
sua carreira uma especial predileção por pianos do tipo "Conde Drácula" como este:
Art Nouveau (1890 a 1910)
Poucos exemplares neste estilo restaram. Eles são
caracterizados pela assimetria, linhas sinuosas e ornamentação já não tão densa quanto o gótico.
Art Déco (décadas de 20 e 30)
É verdadeiramente o estilo mais reconhecível à primeira
vista. Consiste no diálogo incessante entre quadratura e curvatura. Os pianos
construídos nesse estilo apresentam linhas despojadas, encadeamento ou empilhamento de figuras geométricas
retangulares no corpo e preferência pelo acabamento curvo.
Modernismo (década de 30 em diante)
Os traços modernistas são facilmente reconhecíveis pelas linhas austeras
e retas, extremidades finas e redondas e preferência pelos volumes triangulares.
Bauhaus (período inter-guerras)
As linhas retas e nuas dominam esse estilo, já que a sua
concepção se baseia no conceito de arte funcional ou construtivista. A
tendência Bauhaus floresceu no período inter-guerras como uma das derivações do
modernismo. O caso do piano da foto é uma coisa engraçada, trata-se realmente de um desenho inspirado nas linhas do movimento Bauhaus, mas o uso de cores primárias é de inspiração das pinturas do pintor holandês Piet Mondrian, um minimalista. Acredite se quiser, esse piano singelo custa 36 mil reais!
Minimalismo (Década de 90 em diante)
Percorremos a turbulenta história do design de pianos desde
a riqueza de curvas, circunvoluções e filigranas, para terminarmos no expurgo
de todo o supérfluo, só restando as linhas absolutamente necessárias à
consecução de um objeto de música. Estamos falando do Minimalismo, uma
tendência que estourou na década de 90 e se propaga até hoje.
A marca alemã Sauter, fabricante de pianos premium, nos
brinda com um modelo de grand piano concebido no estilo Minimalista.
Futurismo (daqui para frente)
Como será o piano do futuro? É isso que cotidianamente se
perguntam os designers de pianos, até que, alguns dele têm a extrema felicidade
de participar de um projeto de prospecção do futuro. O vídeo no link acima
exibe o resultado da cooperação entre a famosa grife francesa de pianos Pleyel
e a montadora de veículos Peugeot. Naturalmente, como a essência da empreitada
não se concentrou exclusivamente na feitura do instrumento perfeito, não
podemos esperar sonoridades ao nível da excelência.
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