Meu presente de aniversário/2011 foi sui generis; ao invés dos tradicionais mimos mais ou menos supérfluos,
ocorreu-me desejar coisa mais satisfatória dos colegas estudantes convidados à seletíssima festa:
que tocassem ao piano.
Com quase um ano de antecedência, encomendei à minha professora de
piano Regina Althaus Motta que tocasse alguns movimentos da peça “Quadros de
uma Exposição” do russo Modest Mussorgsky. Ao cabo, devido à extrema
complexidade da obra, foi-lhe possível se comprometer com o movimento que já
lhe era familiar, o que naturalmente muito me contentou, por ser o último e
encerrar de maneira apoteótica o tema Promenade.
Por ser uma peça programática, esta obra de Mussorgsky segue
um script que pode ser sintetizado
assim (transcrição feita do Guia do Ouvinte anexo à publicação colecionável
“Mestres da Música” da Editora Abril lançada no tempo do LP):
A Grande Porta de
Kiev. Allegro ala breve; Maestoso com grandeza. Hartmann havia idealizado,
dentro do estilo renascentista russo, uma imponente porta para Kiev. Mussorgsky
aproveitou-se da imagem para criar uma espécie de apoteose do tema Promenade. Aqui ele se transforma em um
majestoso hino que, apesar da enorme exuberância, não deixa de ter seus
momentos de interioridade. E o uso do pedal produz sonoridades cuidadosamente
empastadas, tornando ainda mais eloquentes os materiais que encerram a
partitura.
Maaaa noonnnn que saiu mesmo um Mussorgsky, parabéns, principalmente pela ousadia...
ResponderExcluirO mundo é dos audazes!
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