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19 de ago. de 2012

Como definir comportamento sexual sóbrio em casos de vício em sexo?


Uma corrente de especialistas da psicologia propõe que o século XXI seja considerado o da compulsão, assim como atribuem ao século XX a primazia da depressão.
Ora, tudo isso ocorre concomitantemente à irrupção da era do prazer ilimitado, em que somos instigados pela mídia a satisfazermos todos os desejos que o nosso dinheiro possa pagar. A piorar o quadro, somos bombardeados ao longo das 24 horas do dia pela pornografia, seja através de canais de TV ou pela internet. Acrescente-se a isso as inúmeras facilidades para encetarmos relações sexuais virtuais através dos recursos oferecidos pelos serviços de comunicação instantânea, e temos um verdadeiro nascedouro de compulsivos sexuais.

A fronteira nebulosa da ação proibida que você tem que continuar fazendo
Ao contrário do álcool, cocaína, crack, heroína, que alcançam unanimidade quanto à sua abstenção, o celibato não é a saída mais factível, mesmo que a sua adoção seja necessária nos primeiros meses.

Masturbação
Consumir imagens e vídeos na internet e/ou interagir com parceiros reais através do sexo virtual representa um dos aspectos mais recorrentes na via crucis da compulsão. Certamente a auto estimulação erótica é companheira umbilical da masturbação, fato que determina o seu banimento de um bom programa de recuperação de viciados sexuais, principalmente aqueles que tenham enveredado pela masturbação compulsiva.

Como selar um pacto pela sobriedade sexual?
Planejar o após para o viciado sexual é como caminhar no fio da navalha, por isso qualquer programa, que sonhe com alguma chance de sucesso, deverá conquistar a inteira cumplicidade do paciente – do qual será exigida em grande dose sacrifícios e renúncias.

Logo, a reentrada na atmosfera da vida normal exige o cumprimento de uma lista nevrálgica de comportamentos permitidos, praticamente todos eles constantes das condutas consideradas moralmente aceitáveis pela sociedade:
- obviamente, o consumo de pornografia em todas as suas formas deve ser estancado;
- a compra de serviços de profissionais do sexo tem que terminar;
- o sexo fortuito perpetrado com múltiplos parceiros é intolerável num programa de recuperação e qualquer recaída deve ser tratada sob a ótica dos 12 passos;
- é altamente recomendável ao paciente a adoção de uma relação monogâmica duplamente fiel;
- renúncia a todo o tipo de depravação e bizarrices – sexo grupal, fetiches, orgias, barebacking, maratonas sexuais, BDSM, zoofilia, taras (parafilias), etc.

Como a compulsão não tem cura, só controle, o programa deve ser repactuado diariamente, para que possa ter chance de se estender pelo resto da vida.

Referência:

2 comentários:

  1. Rapaz, posta outros assuntos. Faz o favor. Vc é talentoso e não precisa de repetições. Já vi uns 4 posts sobre o tema.

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  2. Sério, "anônimo", o blog é do Isaias e ele posta o que quiser.

    Quanto ao vício do sexo, nunca vou querer largar. :)

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