Uma corrente de especialistas da psicologia propõe que o século XXI seja considerado o da compulsão, assim como atribuem ao século XX a
primazia da depressão.
Ora, tudo isso ocorre concomitantemente à irrupção da era do
prazer ilimitado, em que somos instigados pela mídia a satisfazermos todos os desejos
que o nosso dinheiro possa pagar. A piorar o quadro, somos bombardeados ao longo
das 24 horas do dia pela pornografia, seja através de canais de TV ou pela
internet. Acrescente-se a isso as inúmeras facilidades para encetarmos relações
sexuais virtuais através dos recursos oferecidos pelos serviços de comunicação
instantânea, e temos um verdadeiro nascedouro de compulsivos
sexuais.
A fronteira nebulosa da ação proibida que você tem que continuar
fazendo
Ao contrário do álcool, cocaína, crack, heroína, que
alcançam unanimidade quanto à sua abstenção, o celibato não é a saída mais factível,
mesmo que a sua adoção seja necessária nos primeiros meses.
Masturbação
Consumir imagens e vídeos na internet e/ou interagir com parceiros reais através do sexo virtual representa um dos aspectos mais
recorrentes na via crucis da compulsão. Certamente a auto estimulação erótica é companheira umbilical da masturbação, fato que determina o seu banimento de um bom
programa de recuperação de viciados sexuais, principalmente aqueles que tenham enveredado
pela masturbação
compulsiva.
Como selar um pacto pela sobriedade sexual?
Planejar o após para o viciado sexual é como caminhar no fio
da navalha, por isso qualquer programa, que sonhe com alguma chance de sucesso,
deverá conquistar a inteira cumplicidade do paciente – do qual será exigida em grande
dose sacrifícios e renúncias.
Logo, a reentrada na atmosfera da vida normal exige o
cumprimento de uma lista nevrálgica de comportamentos permitidos, praticamente
todos eles constantes das condutas consideradas moralmente aceitáveis pela
sociedade:
- obviamente, o consumo de pornografia em todas as suas
formas deve ser estancado;
- a compra de serviços de profissionais do sexo tem que terminar;
- o sexo fortuito perpetrado com múltiplos parceiros é
intolerável num programa de recuperação e qualquer recaída deve ser tratada sob
a ótica dos 12
passos;
- é altamente recomendável ao paciente a adoção de uma
relação monogâmica duplamente fiel;
- renúncia a todo o tipo de depravação e bizarrices – sexo grupal,
fetiches, orgias, barebacking, maratonas sexuais, BDSM, zoofilia, taras
(parafilias), etc.
Como a compulsão não tem cura, só controle, o programa deve
ser repactuado diariamente, para que possa ter chance de se estender pelo resto
da vida.
Referência:
Rapaz, posta outros assuntos. Faz o favor. Vc é talentoso e não precisa de repetições. Já vi uns 4 posts sobre o tema.
ResponderExcluirSério, "anônimo", o blog é do Isaias e ele posta o que quiser.
ResponderExcluirQuanto ao vício do sexo, nunca vou querer largar. :)