Numa acepção laica, pecado é todo usufruto prazeroso que
causa forte dor depois da sua consumação. E por falar em prazer, estudos
indicam que a conexão instantânea promovida pelas Redes Sociais provoca no
indivíduo picos de sensações análogos aos produzidos pelo ato sexual, por isso
podemos falar em compulsão, por isso a mania conectiva tende a descambar para um vício similar à drogadição.
Assim, fica a dica: se você sente necessidade incessante de
renovar um prazer, mesmo à custa de relações sociais verdadeiras, fique atento ao que lerá mais abaixo.
Gula
Se o Facebook engordasse, eu pesaria toneladas! São tantas
as fotos de comida publicadas pelos meus amigos, que se comesse toda aquela
montanha de lixo certamente ultrapassaria as 20.000 calorias/dia. Falando
sério, falta um estudo científico para identificar os motivos que levam as
pessoas a publicarem fotos das suas orgias gastronômicas.
Contraveneno: decida não comer lixo e estará vacinado contra
as gulodices publicadas por seus amigos. Atenção, se você já passou dos 40,
esse mandamento tem que entrar na categoria de imperativo categórico!
Orgulho
Há casos de usuários que têm pagado caro por manifestarem esse pecado
e os exemplos não param de acontecer. Casos de assalto e até sequestro são
motivados pela ostentação dos usuários, basta colocar na pesquisa do Google os
seguintes termos "facebook assalto" para você ver o quanto um pecado
pode ser danoso.
Contraveneno: mesmo que o desejo de ostentar suba as
paredes, controle a tentação de publicar imagens das jóias da rainha, seu carro novo, casa, bens,
etc., pois é o único método de evitar perdas futuras.
Inveja
Nas épocas de férias é batata! Lá se vão os seus amiguinhos
em pomposas viagens por outros continentes visitando paraísos naturais e
cidades paradisíacas. Como não sentir inveja enquanto você moureja duro em cima
da cadeira do escritório? Resta olhar pela janela (na direção daquele muro
infecto) e imaginar a paisagem fascinante da praia grega que você acabou de ver
no perfil do seu amiguinho sortudo.
Contraveneno: como não sentir tristeza diante da alegria
alheia? Quem tiver o método, por favor compareça! Talvez o uso menos intensivo
das redes sociais seja o grande remédio para não nos deixarmos cair em
tentação.
Cobiça
Seus amigos compram carrões novos e moram em mansões
nababescas, logo, além da inveja básica pinta aquela vontade louca de atingir o
topo. Isso é o demônio da cobiça corroendo a sua mente!
Contraveneno: o único antídoto eficaz contra a sufocante
ânsia de ser rico é racionalizar a atividade stalker nas redes sociais, ou
seja, diminuir o seu tempo de exposição à ostentação dos seus amigos.
Preguiça
Definitivamente, ela é o pior demônio que se apossa dos
usuários viciados do Facebook. Faça as contas de quantas horas você
perde por dia na rede e terá uma pálida ideia porque a sua produtividade se
aproxima perigosamente do zero absoluto.
Contraveneno: sem controle não há salvação. Em face das
inúmeras horas perdidas interagindo nas Redes Sociais, resolvi cortar o
problema pela raiz instalando o utilíssimo plugin StayFocusd.
Com ele você pode limitar o vício em, digamos, uma hora por dia no meu caso, e
reservar o resto das horas para produzir algo útil.
O link acima remete ao aplicativo do Chrome, mas se você usa
outro navegador é só procurar a palavra-chave no Google para acessá-lo na
versão do seu browser.
Ira
Se você se dá ao luxo de entrar em flames, bate-bocas,
debates políticos, embates ideológicos, defende causas e outras formas
sanguíneas de manifestação, logicamente dá vazão ao demônio da ira que suga as
suas energias criativas até à última gota.
Exemplo de ira é este printscreen de uma série do tuites em
que uma usuária espezinha pesadamente os atributos físicos da outra.
Contraveneno: alimentar brigas (flames) na internet não só é
inútil, como prejudicial, pois sempre há um psicopata com intenções de transpor
a querela ao mundo real. Por isso, todo o cuidado é pouco na hora de colecionar
inimigos virtuais, pois algum deles pode bater na sua porta.
Luxúria
Há amigos do Facebook que só têm sexo, sexo e mais sexo na
cabeça, por isso eles vivem publicando imagens eróticas e até pornográficas.
Ora, quem se deixa arrastar pelo sexo virtual o tempo inteiro, naturalmente vê
a sua performance produtiva cair catastroficamente.
Contraveneno: o vício em pornografia é um dos transtornos
mais degradantes e incapacitantes, bastar ler os desesperantes relatos dos viciados para vislumbrar como repetem
exaustivamente os mesmos bordões de sofrimento:
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