Páginas

Pesquisar

12 de jan. de 2011

Aforismos óbvios para se refletir à beira da morte.

As frases edificantes se espalham por aí como as areias do mar, proferidas tanto pelas grandes personalidades, quanto pelos profetas urbanos anônimos. Porém, as reflexões existenciais de cada um produzem outras tantas, que mesmo não sendo deitadas em papel ou paredes, servem como motes ou guias na busca incessante da felicidade, que é, julgo eu, o mais sagrado dos objetivos da humana existência.



Justificativa do título: você não sente que hoje é o último dia do resto da sua vida? Pois é, isto significa que sempre estamos à beira da morte.
  • A única maneira de ter saúde é renunciar aos excessos, conforme prenunciado por Aristóteles na sua famosa lei do meio termo (mesotis).
  • Nunca discuta com a atendente que trabalha num estacionamento subterrâneo, pois logo loguinho você verá a luz do sol e ela não.
  • Mude de caminho e de rotinas, para aprender a mudar o ponto de vista dos problemas.
  • Para Hegel, a guerra é um processo dialético inevitável na história da humanidade, para nós individualmente, uma oportunidade de crescimento.
  • Toda a crise traz consigo um conhecimento, desde que se sobreviva para usufruí-lo.
  • Portanto, o suicídio é o caminho dos apressadinhos que não se deram o tempo necessário para esperar que os próprios problemas se resolvessem sozinhos.
  • O corpo se acostuma com qualquer coisa, para o bem ou para o mal - afinal, enquanto alguns vivem só de luz, outros injetam heroína na veia todos os dias e sobrevivem por décadas.
  • As tempestades não são o problema, mas sim a maneira como lidamos com elas.
  • Daqui ninguém leva nada, exceto mágoas e umas poucas virtudes.
  • Você ama? Bem, então torna-se inevitável que você acredite em Deus. Logo, ateus não amam jamais.

12 comentários:

  1. Faça um curso de psicologia antes de criticar os ateus, ignorante.

    ResponderExcluir
  2. Tema irresistível. Belíssima alusão ao génio mas, não tenho a pretensão de dissertar sobre ela. Os meus diminutos conhecimentos não permitem.
    Penso simplesmente que um excesso pode ser um vício ou não.

    Será que a existência e a felicidade são mensuráveis?

    A felicidade, talvez.

    Reflectindo como um todo (vida) são diferentes. Quero com isto dizer que o quotidiano emocional é variável. Assim sendo, a felicidade depende de vários factores.
    Um exemplo.
    O casamento, se bem sucedido é aprazível, gera uma sensação de bem-estar. Não significa isto que algumas vezes não exista descontentamento e ansiedade.
    Acresce, que a existência de filhos é um factor preponderante para a ansiedade mas, o convívio com eles, contribui para a alegria de viver. Ora isto resulta de mudanças internas e não de circunstâncias exteriores. Se aceitarmos as contrariedades, ficamos mais atentos aos sentimentos e, como nada se obtem sem esforço (emocional) a felicidade é o presente.
    Nesta perspectiva, a morte é algo para se pensar a longo prazo.
    Não tenho dúvidas que a felicidade tem efeitos benéficos na saúde.
    Por outro lado, acredito que os extrovertidos são mais felizes que os introvertidos.
    Numa visão subjectiva, os introvertidos são normalmente neuróticos e sem talento para a demanda da felicidade.

    ResponderExcluir
  3. Faça um curso de psicologia antes de criticar os ateus, ignorante.[2]

    ResponderExcluir
  4. Interrogado sobre a diferença existente entre os homens cultos e os incultos, disse: “A mesma diferença que existe entre os vivos e os mortos”.

    Aristóteles


    Esta citação vem a propósito dos comentários que de li do " anónimo e de paulyana"

    ResponderExcluir
  5. A propósito dos Ateus, acho que alguém que chega ao nível da cara de pau de se declarar ateu é um doente mental.
    Contudo, o pior ateu não é o declarado, mas aquele cujo ateísmo se manifesta pelas suas ações.

    ResponderExcluir
  6. Poxa Isaías, aí você ofendeu de graça. Eu sou ateu e qual o problema? Sou ser humano como qualquer um e tenho o direito de não crer em contos da carochinha bíblicos e/ou num ser imaginário fanfarrão, onipotente e ditador.
    Eu não preciso de Deus para amar alguém.

    ResponderExcluir
  7. Como disse e repito, pouco me importam os ateus assumidos, tudo isto é uma questão de dialética intelectual.
    Os verdadeiros crápulas são os ateus enrustidos, porque eles desrespeitam, trapaceiam e enganam como se fosse a coisa mais natural do mundo, já que eles pressupõem não haja ninguém acima deles.
    Acreditar ou não acredita não faz a menor diferença, mas o agir fora de qualquer princípio moral, isto sim define o ateismo prático mais sórdido possível.

    ResponderExcluir
  8. Os maiores criminosos e ditadores do mundo acreditavam em Deus. Muitos religiosos também desrespeitam, trapaceiam e enganam, todos em nome de Deus.
    E ser ateu é agir fora de qualquer princípio moral? Saber o certo e o errado não é uma questão de crer em Deus, mas da razão, da sua conduta de vida.

    ResponderExcluir
  9. Nota introdutória.
    Não pretendo desvirtuar o post.

    Aditamento, existência.

    Reflectindo na existência como um todo, o presente, existe, mas, por outro lado, o que é o presente?
    Será uma fase transitória?
    O passado passou, o presente vai-se tornando passado, o futuro também se vai transformar em passado.
    O pensamento talvez seja ilusório porque ao lembrar o passado, é a partir do que sou no presente. Ora, sou sempre diferente mas, projectado para o futuro, talvez numa antecipação, porque no futuro está o fim da existência.

    Conclusão: A divagar, fui sendo conduzido para Platão “ O Mito da Caverna “.

    ResponderExcluir
  10. Crazyseawolf,
    já conheço extensamente esta argumentação dos ateístas sobre os ditadores acreditarem em Deus, etc.
    Contudo, à luz do meu pensamento, nenhum ditador é verdadeiramente gnóstico, já que eles são a mais pura, cruel e sórdida materialização do ateísmo.
    Frequentar a missa todo o domingo nada prova, é só um título honorífico e nada mais, desses o inferno está cheio.

    ResponderExcluir
  11. "mas o agir fora de qualquer princípio moral, isto sim define o ateismo prático mais sórdido possível."

    Foi algo muito "paraguaçuista" (referência e obviamente um neologismo ao famoso ODORICO PARAGUAÇU)

    Falou muito, mas não disse nada !!!

    De fato quando a moral entra no discurso, ocorre que acabaram os argumentos.

    ResponderExcluir
  12. Enryuu Amatsu,
    data venia, penso que a entrada da moral em qualquer argumentação marca o início da civilidade, afinal, somos quase que 100% seres morais, pois fomos condenados à ela por força do nosso processo civilizatório.

    ResponderExcluir