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15 de out. de 2012

O que fazer com "outro", o sugador de amor alheio?

Eles estão aí aos montes, nunca posaram de mocinhos e mocinhas nas histórias romanescas, agem na surdina e são odiados publicamente. Falo dos pivôs de separações, da outra, do ricardão, da amante, do cacho, da manteúda, sirigaita, etc.

Eles e elas sobrevivem de migalhas, ou seja, se alimentam dos restos de relações decrépitas. Logicamente, tal função sanitária, longe de gozar de glamour social, é infamantemente condenada. Todavia, tais aves de rapina são pessoas reais que se especializam em viver uma espécie de subvida, mesmo que sob o fustigamento da estigmatização social.

Por vezes, eles são agredidos, abandonados e esquecidos como se fossem personagens caricatos de historietas. Eventualmente, eles também agridem, matam, abandonam.

Sinceramente, o outro da relação é tão pernicioso, que quando nos deparamos com um deles perdemos o rebolado ao encará-lo, desviamos os olhos, porque enfrentar a situação de frente é dose para mamute. Mas, no "escurinho do cinema" das nossas conversas privadas, descascamos a vida dessa gente infeliz, que transforma a vida de muita gente num inferno.

Podemos até admitir que o outro tem boas intenções, sonha com uma vida melhor, é um ser humano como qualquer outro, etc., mas os que caíram fulminados na sua trilha de destruição familiar não conseguem ser tão condescendentes. Como o nosso código penal não contempla crimes morais, resta-nos a guerra de guerrilha da não aceitação dessa forma terrível de rapinagem afetiva.

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