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15 de out. de 2011

Doença do implante de silicone

A pressão social por um corpo que se enquadre aos ideais consagrados pela estética pornográfica tem levado milhões de mulheres às mesas de cirurgia para realizar aquilo que já se tornou o sonho de consumo de 9 em cada 10 estrelas: a mamoplastia de aumento, no Brasil feita majoritariamente através do implante de próteses de gel de silicone.

Até aí tudo bem, pois em nome da vaidade vale tudo, aparentemente, pois no dia a dia após a cirurgia podem começar a ocorrer problemas de saúde difusos, cujas causas se não forem corretamente detectadas, representam anos de sofrimento e até a morte. Bem disse um parente meu que é médico reumatologista: eu não posso simplesmente desaconselhar as minhas pacientes a não fazerem o procedimento (exceto em casos especiais*), pois isto contrariaria o consenso da comunidade médica em torno do assunto.

Então, já que os órgãos de segurança da saúde aprovam os implantes de silicone, cabe-nos alertar as usuárias de prótese sobre as possíveis complicações que podem advir depois da implantação, quando elas peregrinarão de médico em médico, sem que ninguém consiga diagnosticar a razão dos seus males.

Depois de ter escrito um post anterior sobre este mesmo assunto, decidi avançar um pouco mais e pesquisar para aquilatar o quanto as informações sobre os sintomas crônicos causados pelas próteses de silicone estão disseminados. Você pode comprovar os resultados procurando no Google as seguintes palavras-chave fibromialgia silicone e achará dezenas de milhares de resultados correlacionando a síndrome das dores generalizadas às próteses.

No entanto, se você procurar por doença implante silicone, verá que em português muitos resultados do Google exibem invariavelmente a frase: Não há evidências significativas de que os implantes de prótese de silicone aumentam o risco de câncer de mama, distúrbios do tecido conjuntivo ou doença.

Faço questão de frisar que isto é em português, pois se você fizer a mesma inquirição em inglês com as palavras-chave silicone implants desease, os resultados se voltam contra o uso de silicone, com 782.000 ocorrências. Por que isto, será que os gringos são mais cautelosos do que os brazucas? Talvez porque lá nos EUA os problemas com implantes tenha ocorrido desde a década de 80, ou talvez porque lá os processos judiciais avancem com mais celeridade.

De acordo com um estudo de 51 casos, foram achados sinais e sintomas que se relacionavam cronologicamente com o implante de silicone, aqui listados em ordem de relevância:
- ansiedade - "a doença do século" de caráter multifatorial;
- distúrbio do sono - dificuldade em conciliar o sono, baixa qualidade do sono, insônia crônica, etc.;
- depressão - além de não ter fundo puramente psicológico, esta doença pode ser desencadeada por agressões externas, a exemplo das substâncias constituintes do gel de silicone;
- síndrome do túnel do carpo - afecção normalmente associada às Lesões por Esforços Repetitivos (LER).
- Síndrome da fadiga crônica - cansaço inesgotável é uma das maiores queixas que levam as pessoas ao médico;
- fibromialgia – dores generalizadas pelo corpo, normalmente de causas desconhecidas, ou associadas a outras afecções;
- artralgia – dor persistente nas articulações;
- síndrome do cólon irritável – dor e distensão abdominal decorrentes do aumento da frequência diária de evacuações e amolecimento das fezes;
- fotossensibilidade - desconforto ocular em ambientes iluminados;
- síndrome de Sjögren – doença autoimune que provoca a secura da pele, nariz, olhos, vagina, etc.;
- fenômeno de Raynaud – afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo humano, tornando-as azuladas ou empalidecidas sob baixas temperaturas;
Foram registrados nos exames sanguíneos complementares as seguintes ocorrências:
- anticorpo anti microssomal positivo – parâmetro associado a desordens autoimunes;
- VHS acelerado (elevado) – denuncia artrite, vasculites, insuficiência cardíaca, hepática, renal, etc.;
- anticorpo anti-tiroglobulina positivo (anti-tpo) – denuncia patologias da tiroide;
- THS elevado – detecta hipotireoidismo.

Atual situação das próteses de silicone nos EUA
Depois da moratória do silicone estabelecida em 1992 pelo FDA, tais tipos de implantes somente foram liberados em 2006, porém com restrições:
- monitoramento nos próximos 10 anos de pelo menos 40.000 casos;
- as portadoras de implantes devem se submeter periodicamente a exames de ressonância magnética para detectar precocemente vazamentos ou rupturas na capsula protetora;
- às pacientes devem ser fornecidos folhetos contendo informações detalhadas acerca dos riscos envolvidos na cirurgia e no uso posterior. [Wikipedia]

*Portadoras de Lúpus
De acordo com o parecer exibido no portal da cirurgia plástica:
Achamos arriscada a colocação de prótese mamária em portadores de Lúpus, seja pela sintomatologia da doença, ou pela falta de condições dos exames de pré-operatório como o hemograma, por exemplo, por ser uma doença autoimune, repentinamente o organismo poderá não reconhecer a cápsula tecidual que se forma em volta da prótese. O Lúpus poderá desencadear reação inflamatória persistente e formação de seroma resistente.

Portanto, não indicaríamos a cirurgia de colocação de próteses de silicone a uma portadora de Lúpus ativo ou sob controle médico, seja com altas doses de corticoides ou em uso de imunossupressores.

16 comentários:

  1. Pra cada ação uma reação. Acho bom que essas malucas coloquem silicone. Já eram doentes da cabeça, agora são doentes do corpo.

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  2. Já imaginou uma Valeska Popozuda com 80 anos?

    Então imagine....

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  3. Façamos um exercício de futurologia: o silicone não tem vida longa porque já começam as novas terapias de reconstituição com células-tronco, este é o futuro da popozuda.

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  4. Um texto a favor das mulheres.

    Tradução de:
    http://www.medical-library.net/content/view/91/41/


    Implantes mamários de silicone foram introduzidos em 1962 e implantados cirurgicamente em um número estimado de 2,5 milhões de mulheres americanas, desde então. E muitos mais em todo o mundo. Algumas fizeram como reconstrução de mama seguido por mastectomia para câncer de mama, mas a maioria o faz porque deseja seios maiores.

    Agora, 38 anos depois, está claro que o aumento de seios com silicone pode ser perigoso para a saúde. O custo real de aumento pode não ser de US$ 10.000, mas uma série de sintomas auto-imunes e doenças estranhas podem surgir, normalmente sete anos depois do implante.

    O silicone é uma substância ativa e tóxica.


    A declaração original do The Dow Chemical Company na década de 1940 (repetido centenas de vezes desde então) que o silicone é biologicamente inerte e não tóxico, foi baseado em um estudo de uma semana com ratos e porcos guinéus. (Em 1943, a Dow Chemical Company e Corning Glassworks formou a Dow Corning Corporation para vender e implantar silicone.)

    O enchimento do gel de implante - fluido de silicone 360 DC - já foi considerado seguindo-se para o desenvolvimento por cientistas da Dow Corning como um inseticida potente, uma das poucas substâncias conhecidas capazes de matar baratas.

    Os pesquisadores da Dow Corning também estudaram o silicone como uma possível arma química melhorada e agente de controle de distúrbios, de acordo com um memorando interno obtido em 1969 pelo PSC (Public Safety Commission).

    O silicone em gel não é uma substância única, mas um fluido composto por numerosas versões diferentes de silicone, e é melhor chamado de "sopa química de silicone."

    Pesquisa coletada pelo PSC mostra que o silicone tem efeitos sobre as glândulas suprarrenais e fígado, induz a inflamação crônica, e degrada em moléculas menores, incluindo sílica. Coelhos alimentados com silicone produziu efeitos tóxicos em massa, incluindo danos nos rins e baço em quatro meses. (Stanford Medical Bulletin, 10:01 [1952], 23-26). "Que o silicone é tóxico tanto em animais quanto no homem está bem comprovado", afirma o médico John S. Sergent e colegas no livro Rheumatology (WB Saunders Company, 1993 ).

    Silicone degrada em sílica, geralmente na superfície do implante de gel, então, fragmenta-se e subdivide-se em milhões de microgotas capazes de migrar por todo o corpo (PSC Registros n º 1352, 7017). Estes são documentos produzidos pela Dow Corning em litígios nacionais). Sílica no corpo é uma substância tóxica cancerígena, danificando o sistema imunológico, matando as células e produzindo silicose.

    Silicone e seus contaminantes que vazam pelo envelope de implante no tecido que o circunda, têm o potencial de toxicidade significativa. (Seminários em Reumatologia e Artrite e 24:1 Suplementos 1 [Agosto, 1994], 11-17)


    PARTE 1

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  5. Segundo a pesquisa a pedido do advogado Richard Alexander, da Alexander Law Firm em San José, Califórnia, a Dow Chemical e Dow Corning sabiam dos efeitos tóxicos do silicone e da sílica desde os anos 50, com base em seus próprios estudos, mas nunca publicou os dados. Eles sabiam que estas substâncias eram bio-ativas, imunotóxicos, e inflamatórias quando introduzidos no corpo humano, de acordo com Alexander. (Atualização em Implantes Mamários, janeiro de 1998, site: http://www.consumerlawpage.com/article/dow.shtml)


    Pesquisadores da Universidade da Califórnia na Escola da Medicina de Los Angeles, em 1995, concluiu: Do ponto de vista fisiopatológico, é esperado que o silicone seja um material bio-ativo e os dados físico-químicos e imunológicos no nível experimental são convincentes. (Journal of Biomaterials Science, Polymer Edition7: 2 [1995], 101-13).

    Os implantes provavelmente vazarão ou irão romper dez anos após a cirurgia.

    Em 1995, o então membro da comissão do FDA(agência reguladora de alimentos e medicamentos nos EUA) David A. Kessler, médico, afirmou que a taxa de ruptura de implantes de silicone varia entre 5% e 51% e que, infelizmente, não temos certeza, onde dentro desse intervalo, a taxa de ruptura real se encontra. "Mesmo se for 5%, é um risco muito grande para justificar o uso de silicone em seres humanos.


    Quando 51 implantes foram removidos, de um a 17 anos após a cirurgia, dois estavam rompidos, 7 estavam vazando, e apenas 17 estavam em boas condições; todos os implantes com mais de 10 anos estavam vazando ou rompidos. (Plastic Reconstructive Surgery 91:5 [abril, 1993], 828-834)

    Com base no exame de 350 implantes de silicone, os médicos descobriram que 63% dos implantes por 12 anos ou mais não estavam intactos. (Plastic and Reconstructive Surgery 99:6 [1997], 1597-1601)

    De acordo com Lu Feng-Jean, médico do Monte Sinai Medical Center, em Cleveland, Ohio, em provas apresentadas à PSC, 11% dos implantes feitos há menos de sete anos rompem. Aqueles no corpo por mais de sete anos , 61% rompem.

    Deformidades, como buracos ou rachaduras foram encontradas em 40% dos 1.717 implantes de mama após seis anos de uso e em 95% após 12 anos de uso. (Jornal Canadense de Cirurgiões Plásticos, primavera de 1997).

    Quando os implantes mamários de 300 pacientes foram examinados, 71% tinham ruptura ou vazaram silicone, ou ambos, e 63% de 592 implantes, quando removidos, existia ruptura. Isso levou os pesquisadores a concluir: Nós temos encontrado e previmos que a maioria dos implantes perderam ou vão perder a integridade da concha de silicone entre oito e catorze anos, deixando o silicone livre [dentro e fora da cápsula] no peito. (Anais de Cirurgia Plástica 34:1 [Janeiro, 1995], 1-6)

    Com base em um exame de 217 implantes de silicone removida durante um período de quatro anos, os médicos concluíram que, quer seja vazamento ou ruptura, 40% falhou no período de seis anos após a cirurgia, e 95% dentro de 12 anos. (Jornal Canadense de Cirurgiões Plásticos 04:01 [1996], 55-58).

    Usando espectroscopia por ressonância magnética, os pesquisadores descobriram que entre 39 mulheres com implantes, 20 (51%) tinham implantes rompidos e 27 (69%) tinham silicone em seus fígados. (Radiologia 201:3 [Dezembro, 1996], 777-783).

    Complicações de implantes que requerem nova cirurgia são mais prováveis num período de cinco anos, com base em um estudo de 749 mulheres com implantes de silicone. Durante um período médio de 7,8 anos após o implante, 450 de 27% das mulheres se submeteram a cirurgias relacionadas; 79% dessas cirurgias foram necessárias para tratar de uma complicação, mais frequentemente entre as quais a contração capsular (endurecimento do tecido da cicatriz ao redor do implante) e ruptura. (New England Journal of Medicine 336:10 [06 de março de 1997], 677-682).

    Parte 2

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  6. Pesquisadores franceses descobriram que o vazamento permite que o gel difunda-se a múltiplas áreas do corpo, produzindo uma resposta celular que inclui a formação de uma cápsula ao redor do implante. (Revue de Médecine Interne 18:12 [1997], 955-966).

    O silicone migra do local da ruptura por todo o corpo.

    Em 1956, pesquisadores da Dow Chemical sabiam que o silicone líquido, quando injetado no corpo, migra para todos os órgãos principais, incluindo o baço, coração, pulmão e cérebro. (PSC Registro n º 0006). Estudos realizados por ambos, Dow Corning e Dow Chemical, em 1970, confirmou que o silicone, após a injeção, migra para a medula óssea dos animais e altera o peso do cérebro. Eles também mostraram que as partículas de silicone migram das articulações para os linfonodos. (PSC Registro n º 0018, 7038).

    Pesquisadores da Baylor College of Medicine, no Texas, descobriram que o silicone é amplamente distribuído pelo organismo de ratos após uma única injeção, migrando para dez órgãos diferentes, do cérebro ao útero, e permanecendo nesses órgãos. (American Journal of Pathology 152:3 [Março, 1998], 645-649)

    Pesquisadores do Medical College of Wisconsin, em Milwaukee, descobriram que a ruptura do silicone migrou para o braço de uma mulher, onde produziu dor no nervo, disfunção e fibrose. (Plastic Reconstructive Surgery 89:5 [Maio, 1992], 949-952)

    Médicos do Massachusetts General Hospital em Charlestown, utilizando a ressonância magnética, descobriu que uma quantidade significativa de silicone havia migrado de um implante (não visivelmente rompido) no fígado e baço de uma mulher. (Medicina de Ressonância Magnética 36:3 [Setembro, 1996], 498-501. Pesquisadores também descobriram que silicone no fígado pode ser detectado nos primeiros três ou quatro anos depois que uma mulher recebeu o implante. (Medicina de Ressonância Magnética 33:1 [Janeiro, 1995], 8-17).

    De 39 mulheres com implantes de silicone, 27 (69%) apresentaram sinais de silicone em seus fígados, e dos 20 cujos implantes haviam rompido, foi detectado silicone nos fígados das 17 (85%). Em outras palavras, se houve ou não ruptura, o silicone vaza e migra para o fígado. (Radiologia 201 [1996], 777-783; PSC Registro n º 0050).


    Em 1989, estudos da Dow Corning mostrou que o silicone, administrado por via oral em ratos, aumentou o tamanho do fígado e peso a até 45% e sugeriu o alargamento pode ser interpretada como uma resposta cancerígena. (PSC Registro n º 0482).


    Silicone produz anormalidades no funcionamento do sistema imunológico.

    Silicone provoca respostas de anticorpos e anormalidades imunológicas, segundo um estudo com 40 mulheres que receberam implantes mais de dez anos antes. Entre essas mulheres, 60% tinham uma relação elevada de células T para as células T supressoras, 20% tinham um bloqueio em funções específicas das células T e células fagócitas. (Toxicology Industrial Health 08:06 [Novembro / Dezembro de 1992], 415-429).

    Parte 3

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  7. Cientistas da Universidade da Califórnia em Davis informaram que as evidências sugerem que os produtos de degradação de silicone inativam as células T CD8+ supressores (células do sistema imunológico) e, assim, levam a um estado inflamatório no corpo. (Food and Chemical Toxicology 32:11 [Novembro, 1994], 1089-1100).

    A atividade das células fagócitas é significativamente suprimida em pelo menos 50% das mulheres com implantes de silicone observados em um estudo, o que coloca as mulheres em maior risco de desenvolver câncer. O mesmo efeito foi demonstrado em animais; foi revertida após a remoção do silicone. (Toxicology and Industrial Health 10:03 [Maio / Junho de 1994], 149-154).


    Altos níveis de anticorpos anti-nucleares (ANA, na sigla em inglês), marcadores imunológicos associados com lupus eritematoso, foram observados em 10 de 11 mulheres com implantes apresentaram sintomas auto-imunes. (Lancet 340:8831 [28 de novembro de 1992], 1304-1307).

    Quando 500 mulheres com implantes de silicone foram examinadas, 30% testaram positivo para níveis ANA; as mulheres também tinham sintomas reumáticos. Os resultados sugerem fortemente ativação imune em mulheres com implantes de silicone. (Tópicos Atuais em Imunologia Microbiológica 210 [1996], 277-282)

    Com base num estudo de 3.380 implantes, os cientistas afirmam que há uma probabilidade seis vezes maior que o teste irá mostrar nessas mulheres elevados ANAs; quanto mais tempo o implante está colocado, maior a probabilidade. (Tópicos Atuais em Imunologia Microbiológica 210 [1996], 337-353)

    Num estudo com 111 mulheres (com e sem implantes), aqueles com implantes tiveram uma elevação significativa de silicone anti-anticorpos (células do sistema imunológico que percebem o silicone como uma substância estranha no organismo); os níveis mais elevados foram observados em mulheres com notória ruptura do implante, ou vazamentos. (FASEB 07:13 [outubro, 1993], 1265-1268).


    Pesquisadores da Universidade de Wisconsin em Madison School of Medicine relataram que anticorpos de significado pouco claro podem ser encontrados em 5% a 30% das mulheres com implantes mamários de silicone. (Archives of Internal Medicine 153:23 [Dezembro 1993], 2638-2644)

    Pesquisadores da Universidade Monash, em Clayton, Victoria, na Austrália, descobriram que mulheres com implantes de silicone (70 foram estudados) têm níveis elevados de anticorpos contra colágeno, de uma forma muito semelhante às mulheres com lúpus e artrite reumatóide. (Tópicos Atuais em Imunologia Microbiológica 210 [1996], 307-316)

    Entre 310 mulheres sintomáticas com implantes de silicone, havia níveis elevados de anticorpos auto-reativos contra antígenos associados a silicone (um tipo específico de resposta imune aumentada) em comparação com mulheres saudáveis sem implantes. (Tópicos Atuais em Imunologia Microbiológica 210 [1996], 327-336).

    Parte 4

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  8. Cientistas da Universidade Técnica de Munique, na Alemanha, examinaram 239 implantes mamários e foram encontradas as seguintes anomalias imunológicas: os níveis de complemento C3 foram elevados em 42% das mulheres; complemento C4 foi elevada em 21%, e anti-tireoglobulina (um anticorpo que ataca uma substância na glândula tireóide) foi superior em 28%. (Annals of Plastic Surgery 36:5 [Maio, 1996], 512-518).

    Quando ocorre os vazamentos dos implantes, células do sistema imunológico formam granulomas (nódulos microscópicos) em torno das gotículas; os granulomas são capazes de perturbar gravemente o sistema imunológico. O silicone desempenha o papel de um adjuvante, proporcionando estimulação não específica constante do sistema imunológico. (Journal of Investigative Surgery 09:01 [Janeiro / Fevereiro de 1996], 1-12).

    Silicone produz uma nova doença marcada por sintomas autoimunes.

    Entre os médicos que creditam ao silicone os efeitos toxicológicos e imunológicos, foram propostas uma variedade de nomes de doenças atribuídas ao silicone: siliconose, doença do tecido conjuntivo indiferenciado ou atípica, doença relacionada ao silicone, desordem reativa do silicone, síndrome de doença do silicone, doença do implante de silicone (SID, na sigla em inglês).

    Os sintomas típicos associados com silicone incluem disfunção cognitiva, perda de memória de curto prazo, síndrome de Sjögren (secura nas glândulas, como a boca, rins, olhos e pulmões), esclerodermia, artrite reumatóide, dermatomiosite, dores severas nas articulações e nos músculos, fadiga incapacitante , gânglios linfáticos inchados, problemas de pele, dormência periférica, alergias múltiplas, dores de cabeça, perda de cabelo, sensibilidade à luz solar, doenças no sistema nervoso central (semelhante à esclerose múltipla), e outros.

    Entre 176 pacientes examinadas por médicos do Hospital de Doenças Reumáticas, Instituto Ortopédico, em Nova York, os sintomas mais frequentemente relatados foram fadiga crônica (77%), disfunção cognitiva (65%), dores articulares graves (56%) , boca seca (53%), olhos secos (50%), queda de cabelo (40%) e dificuldade na deglutição (35%). (Seminários de Reumatologia e Artrite e 24:1. Suplemento 1 [Agosto, 1994], 29-37).

    Um estudo de 50 mulheres com implantes revelou que 89% queixaram-se de fadiga, 75% de rigidez generalizada, 71% do sono de má qualidade, e 78% das dores nas articulações. ANAs positivos foram encontrados em 38% desses pacientes. (Seminários em Reumatologia Artrite e 24:1 Suppl 1 [Agosto 1994], 44-53)

    Um estudo de 56 mulheres com implantes de silicone e esclerodermia (espessamento da pele que danifica os tecidos) revelou que os sintomas esclerodermia desenvolveu-se numa média de nove anos após o implante. Destes, 77% também tinham fenômeno de Raynaud (palidez da pele e extrema frieza nas mãos e pés), 53% tinham dificuldades de deglutição, 47% tiveram problemas de pulmão, e 83% tinham anticorpos antinucleares. (Tópicos Atuais em Imunologia Microbiológica 210 [1996], 283-90)

    Médicos na Clínica de Atenção Integral em Houston, Texas, descobriram que 26 mulheres desenvolveram uma doença sistêmica com envolvimento do sistema nervoso central (semelhante a esclerose múltipla) numa média de 5,7 anos após o implante de silicone. (Southern Medical Journal 89:2 [Fevereiro, 1996], 179-88)

    Médicos da Louisiana State University Medical Center em Nova Orleans, examinaram 300 mulheres (idade média de 44 anos) com implantes de silicone e queixas músculo-esqueléticas. Os sintomas desenvolvidos, em média, 6,8 anos depois de receber os implantes, 83% tinham sintomas altamente sugestivos de uma doença do tecido conjuntivo subjacente, e 54% preencheram os critérios de diagnóstico da fibromialgia (dor muscular crônica). (Clinical Rheumatology 14:06 [novembro, 1995], 667-672)

    Parte 5

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  9. De acordo com os médicos Douglas R. Shanklin e David L. Smalley, ambos professores de patologia da Universidade do Tennessee, em Memphis, há pouca ou nenhuma diferença entre os efeitos da injeção direta (de silicone) e os efeitos do gel na bolsa (implantes). "

    Em ambos os casos, o corpo humano reage à presença desta substância esquisita através da formação de granulomas que, então, produzem uma inflamação crônica. A injeção direta de silicone no peito foi proibida porque produziu efeitos tóxicos graves em mulheres. Não faz sentido, dizem os drs. Shanklin e Smalley, pois esta prática continua a ser permitida através de implantes que vazam. (Science and Medicine 03:05 [setembro / Outubro de 1996], 22-31)

    Sintomas associados ao silicone desaparecem quando os implantes são removidos.

    Médicos da Universidade de Alabama, em Birmingham, observaram que 103 de 142 mulheres atribuíam uma variedade de sintomas a seus implantes, e que 50% dessas mulheres relataram melhora em seus problemas de saúde quando os implantes foram removidos. (Annals of Plastic Surgery 34:1 [Janeiro, 1995], 1-6)

    De 33 mulheres que se submeteram à remoção do implante (idade média de 44 anos), 24 tiveram melhora significativa em vários sintomas associados ao silicone dentro de 22 meses. (Seminários de Reumatologia e Artrite e 24:1 Suplemento 1 [Agosto, 1994], 22-28).

    Entre 300 mulheres com implantes e queixas osteomusculares, 70% que se submeteram à remoção do implante relataram melhora na sua sintomatologia sistêmica. (Clinical Rheumatology 14:06 [novembro, 1995], 667-672).

    Dermatologistas da Universidade Médica da Carolina do Sul, em Charleston, informam que quando uma mulher de 46 anos, com esclerodermia teve seus implantes removidos, a doença gradualmente cessou. (Archives of Dermatology 126:9 [Setembro, 1990], 1198-1202).

    Médicos da Universidade da Califórnia, Davis School of Medicine, informam que uma mulher com sarcoidose multissistêmica debilitante (granulomas em órgãos múltiplos), seu quadro clínico melhorou drasticamente após o implante de silicone ser removido. (International Archives of Allergy 105:4 e Imunologia [Dezembro, 1994], 404-407).

    Pesquisadores canadenses entrevistaram 100 mulheres querendo saber sobre mudanças de saúde que elas experimentaram depois de terem os implantes de silicone removidos (idade média de 41 anos), depois de ter tido os implantes por um período médio de 12 anos. Após uma média de 2,7 anos, 45% das 75 mulheres neste grupo (aqueles que perderam a sensibilidade do mamilo) acreditava, em retrospecto, que seus implantes tinham causado problemas de saúde permanentes e 43% estavam processando os fabricantes de silicone.

    Aquelas mulheres que não tinham sinais anteriores de sintomas auto-imunes responderam mais favoravelmente. 80% relataram melhora geral em seus sintomas e 93% disseram ter melhorado o bem-estar psicológico. (Annals of Plastic Surgery 39:1 [1997], 9 -19).

    Certamente há evidência para afirmar que os implantes de silicone representam uma séria ameaça à saúde, se não para todas as mulheres, pelo menos para muitas. Não é prudente ter cuidado e desintoxicar o organismo, diante de um procedimento perigoso?

    Ação legal

    Nem todo o mundo vê desta maneira, é claro. O assunto "implantes mamários de silicone" é nebuloso e controverso, marcado pela negação, recoberta, obstrução, supressões à pesquisa, falência, e processos de ação de classe. Há também muito sofrimento envolvido.

    Parte 6

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  10. Os fabricantes e os cirurgiões plásticos insistem que os implantes mamários de silicone não representam perigo para a saúde; a maioria das mulheres aparentemente acredita nisso, pois 87.704 americanas receberam implantes em 1996. Entre 1992 e 1997, o número de cirurgias de aumento de mama aumentou em 275%, segundo a Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos e Reconstrução.

    A maioria eram implantes salinos num invólucro de silicone; as mulheres que até recentemente receberam implantes de silicone eram aquelas que optam por reconstrução da mama após mastectomia e concordaram em ser parte de ensaios clínicos do FDA sobre os implantes de silicone. Agora, tragicamente, o FDA aprovou novamente os implantes. Pode-se adivinhar os fatores por trás desse negócio escuso. Muitos países não proibiram os implantes de silicone e milhões de mulheres ainda estão expostas regularmente, não só à bolsa de silicone que é usada com implantes salinos, mas também à sopa química de gel de silicone, no interior. Na verdade, eu estava inspirado para postar este artigo depois que uma mulher do Paraguai veio à minha clínica com fadiga severa quatro anos depois do implante. Na análise microscópica, vários maços de substância cristalizada podiam ser vistos em cada campo de alta potência, ocupando pelo menos 5% do seu volume de sangue! Ela voltou para o Paraguai para ter seus implantes removidos.

    Milhares de mulheres que tiveram seus implantes de uma ou duas décadas agora estão buscando ajuda médica para os sintomas que se assemelham à misteriosa artrite, fibromialgia, esclerose sistêmica, doenças do tecido conjuntivo, e / ou disfunção imune e parecem estar associados com seus implantes. Qualquer pessoa qualificada com um microscópio de campo escuro pode mostrar-lhe um grande número de pedaços misteriosos de partículas estranhas circulando no sangue de muitas mulheres reclamando desses sintomas.

    Em 1992, o FDA declarou uma moratória sobre as vendas de implantes mamários de silicone, citando a falta de estudos clínicos comprovando sua segurança. No entanto, o FDA não disse que implantes de silicone eram inseguros, favorecendo, como de costume os fabricantes e sendo contra o público, indevidamente pedindo mais estudos ainda.

    Tratamento

    O silicone vai sair do corpo com o tempo e isso pode ser acelerado com a utilização de DMSA oral como um quelante de silicone.

    Parte final

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  11. Tudo o que você precisa saber sobre implantes mamários!
    LINK: http://siliconeprejudicialasade.blogspot.com.br/

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  12. http://siliconeprejudicialasade.blogspot.com.br/

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  13. vou tirar e nunca mais vou colocar de novo!

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  14. acabou com a minha saude

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  15. http://siliconeprejudicialasade.blogspot.com.br/2012/04/mulheres-com-seios-naturais-tiram.html

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