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28 de abr. de 2011

Como será o mundo pós-Microsoft?

Uma pequena pilhéria postada no Twitter dá o tom desta pequena digressão no mundo pós-apocalíptico que se desenha no roldão da decadência dos PCs - @ojosoares: A diferença da Microsoft e da Bruna Surfistinha é que a Microsoft continua fazendo programa*. Enquanto ela continuar fazendo programa, os acionistas estarão felizes... porém, até quando esta moçoila celulítica de 36 anos conseguirá atrair michês?

Estamos adentrando numa era em que as pessoas estão ficando cada vez mais mobile. Num dia destes vi um comentário de um leitor de Blog que justificava não poder escrever mais porque estava há 2 meses mobile. Ou seja, daqui a pouco os usuários se acostumarão a ficar 2,4,6,8 meses sem computador, até que chegarão à brilhante conclusão de que não precisam mais daquele trambolho estorvando o quarto.

Ora, no momento em que as pessoas se acostumam a viver sem computadores, no sentido clássico que os conhecemos desde a invenção do Personal Computer, como ficará a empresa que uma vez dominou o mundo? Alguém faz ideia do que é um só conglomerado aparelhar mais de 95% dos PC's com o seu software proprietário? É claro, esta foi a era de ouro da empresa de Richmond, provavelmente o maior monopólio tecnológico que este mundo já viu e que talvez nunca venha a ser superado.

Agora, os acionistas da Microsoft estão encafifados, pois a plataforma da sua excelência está dando com os burros n'água, enquanto outros valores maiores se alevantam. No mundo insano que se desenha, os “microsoftianos” contemplam horrorizados o fantasma da fragmentação que ameaça qualquer candidato a super senhor do futuro. Neste cenário movediço, nem o ser supremo da Web 2.0** está conseguindo sobrepujar os concorrentes na corrida pelo domínio do império mobile. E nós consumidores, continuamos torcendo para que a algazarra continue, ou temos que rezar para que o monstro da fragmentação não acabe o nosso bolso?

Viu? Talvez algum dia sintamos saudades do tempo em que, apesar de termos odiado o Bill Gates como o inimigo número 1 do mundo, éramos felizes e não sabíamos vivendo sob a segurança de que tudo estaria bem até o lançamento do próximo Windows nos próximos anos – hoje você não tem nenhuma certeza de que o seu mobile será compatível com a próxima versão do Android, a ser lançada nos dias seguintes.

*Link do tweet.
**Google

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