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12 de ago. de 2011

Evidências científicas tornam o Apocalipse aqui e agora!

Tanto se fala no Apocalipse como se fosse algo iminente ou futuro, que esquecemos o quanto ele esta acontecendo aqui e agora, ou melhor, foi desencadeado ainda nos primórdios da revolução industrial iniciada em meados do século XVIII. Hoje colhemos os frutos maduros da intervenção maciça do homem na natureza e, parabéns, estamos prestes a inviabilizar a vida no planeta.
Assim, algumas evidências científicas deixam claro que a situação, doravante, não somente tende a piorar, como já pode ser considerada catastrófica.

- Hoje, somos sete bilhões de pessoas consumindo alimentos, combustíveis e água potável, produzindo lixo, poluindo e predando, competindo por recursos, introduzindo espécies exóticas. Em 2050, seremos dez bilhões de indivíduos destruindo ainda muito mais – o quê? Como se algo conseguisse sobrar até lá para ser destruído.

- A partir da metade do século XVIII os humanos alteraram as paisagens de 40% a 50% do planeta e as marcas da sua influência alteraram mais de 83% da superfície terrestre.

- Os meios de transporte modernos fizeram com que apenas 10% da superfície total do planeta sejam considerados regiões remotas, ou seja, que ficam a mais de 48 horas de viagem a partir de uma grande cidade – diga-se de passagem, humanos levados pelo transporte mais poluidor da história, o avião a jato. Com base no fato de que cada europeu viajante de avião joga em média 400 quilos (o peso de um urso polar) de querosene na estratosfera, a organização Plane Stupid produziu este vídeo:


- Até 2030 cerca de 75% das espécies animais e vegetais estarão ameaçadas de extinção. Este fenômeno é considerado a sexta grande extinção da história.

- As máquinas já demandam mais carbono do que humanos e animais domésticos. Por ano, são consumidas cerca de um bilhão de toneladas de carbono fóssil para produzir os componentes operacionais das máquinas e quatro bilhões de toneladas são usadas para abastecê-las.

- O aumento da liberação de gases causadores do efeito estufa está provocando a acidificação dos oceanos, devido ao maior aporte de dióxido de carbono atmosférico provindo, principalmente, da queima de combustíveis fósseis. Sabendo-se que mesmo uma pequena acidificação reduz a capacidade adaptativa de vários organismos marinhos, é fácil intuir como a alteração dos ciclos biogeoquímicos reguladores da complexa e frágil cadeia alimentar está interferindo nos suportes de vida marinha.

Infelizmente não há um consenso mundial sobre a aceitação desses fenômenos e muito menos quanto à necessidade do início de esforços para a sua remediação. O que constatamos é cada país tirando o corpo fora e acusando os outros, como vimos na última conferência mundial de mudanças climáticas (COP 15) ocorrida em Copenhague em 2009.

Referência: Revista Ciência Hoje número 283.

Leia também: As cidades-fantasma do ano 2100.

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