Cada povo tem a Super Máquina que merece!

O automóvel deixou de ser a muito tempo um simples meio do locomoção para se tornar um estereótipo cultural. Assim, a simples carruagem a motor que se viu dando os primeiros sacolejos no início de século XX, virou símbolo de glamour, poder e glória da civilização voltada exclusivamente para o ter.

Ter um carro não é suficiente, é preciso ter O carro, o que implica design e outros quesitos socialmente valorizados. Para os povos não é diferente, pois desde o lançamento do seriado americano Knight Rider em 1982, protagonizado por um carro espetacular e um mongolão, o carro pode ser visto como um ícone capaz de revelar as entranhas de um povo.

1- Super Máquina Americana - Pontiac Firebird Trans Am 1982 tunado.

[Wikipédia]

Este carro, originador do imaginário da Super Máquina, foi o protagonista da série americana Knight Rider. Apelidado de “Kitt”, é o veículo mais icônico da cultura pop americana. Portanto, é o símbolo que melhor representa a cultura do Tio Sam focada no super-herói.

2- Super Máquina Cubana – Karmann Ghia.

[P. Villerius]

Depois que a revolução cubana tomou o poder, a ilha se provou de maiores contatos com os avanços da indústria automobilística. Então, atualmente este carro é o que melhor faz às vezes de “exportivo” no mundo de Fidel, enquanto Obama não suspender o embargo econômico que sufoca há décadas o país caribenho.

3- Super Máquina inglesa – Lotus Esprit S1.

[Revista Auto Esporte]

O imaginário inglês está indissociavelmente ligado à figura de James Bond e o carro mais representativo da série foi este Lotus usado no episódio “O espião que me Amava” de 1977, em que o 007 foi encarnado por Roger Moore.

4- Super Máquina Ucraniana – Tunagem não se sabe do que.

[English Rússia]

O imbróglio da queda do império Soviético deu nisto, carros bizarros feitos em fundo de quintal que simbolizam a bancarrota financeira dos ex-países integrantes da cortina de ferro.

5- Super Máquina Italiana – Escultura em pedra da Ferrari Testarossa.

[Autozine]

Quando se pensa em carro italiano, naturalmente vem à mente a scuderia que extrapolou na mente das pessoas a importância de mera marca automobilística. A Ferrari é tão mais do que isto, que virou pedra eternizada pelos escultores Daniel Dewar E Gregory Gicquel – uma homenagem à altura ao cavalinho sagrado.

6- Super Máquina Russa – Lada 2108 tunado.

[English Russia]

Como produto do final da era soviética, aqui temos um Lada tunado em 1978 na empresa VFTS localizada na Lituânia, então república integrante da URSS. Por isto o elegi como a super máquina russa, por ser o resultado de estranho amálgama originado 11 anos antes da derubada do muro de Berlim.

7- Super Máquina Espanhola – Tramontana V12.

[Top Speed]

Um povo conhecido por seu sangue quente e a sua passionalidade merecia um puro-sangue destes, uma mistura vertiginosa de avião e baratinha de corrida de 720 HPs, o Tramontana simboliza o temperamento sanguínio da alma flamenca espanhola.

8- Super Máquina Alemã – Porsche-356 1955.

[Motorsa]

Quem pensa na Alemanha, pensa em Porsche e quem pensa em Porsche, lembra de um carro prateado e arredondado. Percorri a Internet para achar exatamente o modelo que atendesse ao conceito e achei esta maravilha. Você está com sorte, pois esta peça está à venda por apenas 112 mil euros. Aproveite, pois restam apenas algumas raras unidades deste modelo.

9- Super Máquina Chinesa – Rolls Royce fake chinês Geely GE.

[Autozine]

Os chineses ficaram famosos por clonarem tudo, desde o modo de vida ocidental, até os seus gadgets mais incônicos. O que você daria por Rolls Royce fake? Na China não é difícil ver trafegar nas movimentadas ruas de Shangai, ou Pequim, vistosos carrões ingleses, alemães, italianos, etc., todos feitos em fábricas “do final da rua”, montadas ao lado das fábricas autênticas que se instalaram lá aproveitando as ninharias de salário que os capitalistas pagam para o operariado chinês.

10- Super máquina brasileira – Carro forte tunado.

[O Globo]

O Brasil é muito mais famoso por seus anti-heróis, do que pelos heróis. Os nossos paladinos nascem com a sina de Macunaíma, ou malandro de morro sem eira nem beira, ou bandidões célebres do tipo João do Santo Cristo plasmado no repertório clássico da banda Legião Urbana. Para suprir a escassez no nosso panteão de heróis, surgiu o Capitão Nascimento comandando a Tropa de Elite e tripulando Caveirões favela acima entre espocares de tiros e granadas. Então, este carro-forte tunado é a Super Máquina que retrata a nossa época, assim como as antigas caminhonetes Veraneio se celebrizaram no regime militar por carregarem os “presuntos” resultantes da repressão política.