Note que as diversas variações sofridas desde 1968 mostram uma certa lógica evolutiva que fatalmente desembocará no polêmico Difusor desenhado pelo genial Ross Brawn.
1952 – Ferrari – sem asa.
Aproveite enquanto pode a "bunda limpa" de um F1, pois isto nunca mais vai se repetir na história.
1968 – Lotus 49B.
Em 1968 apareceu no GP de Mônaco o primeiro carro com asa traseira e pequenas asas frontais. Mesmo tímidas, elas funcionaram e a moda pegou.
1969 – Matra MS80.
Digamos que o novo esquema tenha sofrido certos exageros…
1974 – Lotus JPS 9.
[Telenet]
Primeira aparição de asa dupla na traseira. Nascia a semente do futuro Difusor.1976 – March 761.
[Pbase]
Virou moda em 1976 usar apenas um ponto de fixação da asa traseira.1976 – McLaren M23.
[Telenet]
Novamente aparecem as duas asas traseiras no Gran Prix de Mônaco. A McLaren nunca mais as usaria novamente...1978 Mc Laren M28.
[Telenet]
Ôpa! Se isto não é quase uma asa dupla, então estou com a visão duplicada! Vê-se que a equipe fez mais uma tentativa desta solução aerodinâmica no final de 1978.1978 - Brabham BT46.
Ei, ei, ei! Preste atenção, aparece pela primeira vez um protótipo que encarna a idéia por trás do difusor, que é expulsar rapidamente o bolsão de ar que se forma em baixo do veículo. Bizarramente e visionariamente a Brabham apelou para um gigantesco ventilador traseiro para realizar a tarefa.
1979 - Brabham BT48 – asa traseira baixa.
[Telenet]
Já que o ventilador não pegou, o negócio foi apelar para esta incrivelmente bizarra asa baixa, que fracassou completamente e foi rapidamente retirada de cena. Esta é uma das raras fotos que registraram a experiência desastrosa, pois esta estranha asa foi logo substituída por algo mais careta.1980 - Lotus 81.
Os projetistas não desistem e voltam com mais uma tentativa de asa dupla e quase chegam ao difusor!
1981 - Tyrrell – dupla asa traseira.
[Telenet]
Ô Traquitana sô! Esta estranha configuração de asa dupla foi um completo desastre, rapidamente substituída pelo sistema de asa única. Porém, os projetistas continuavam achando que algo faltava no traseiro inferior...1982 - Renault – dupla asa traseira.
[Telenet]
A equipe Renault também fez sua incursão no mundo fantástico das asas duplas.1983 – Tyrrell - asa traseira em forma de bumerangue.
[Telenet]
Está eleita a asa da F1 mais bizarra de todos os tempos! Ninguém sabe se ela participou de alguma corrida.Passam-se os anos e o looking dos carros de Fórmula 1 ficou cada vez mais chato e uniformizado.
2007 – Renault R27.
Aparentemente os projetistas caretearam de vez e dotaram os F1 com shapes para lá de comportados. Em que século ficaram as tosquices?
2008 – BMW/Sauber.
Em 2008 a monotonia continua e quando parecia que a mente dos projetistas estava irremediavelmente carcomida pela mediocridade...
2009 – Brawn.
...surge o controverso e famoso difusor que aparentemente está levando ao pódio a pequena equipe Brawn de Rubinho Barrichello neste início de temporada de 2009.
é BRAWN, e não Brown. E o difusor da foto não é o do carro da Brawn GP, que possui um modelo diferente.
ResponderExcluirO nome foi corrigido, só que o difusor da foto é realmente da Brawn. Outros sites confirmam: http://www.speed-academy.de/formel-1/news/single/5235.html
ResponderExcluirhttp://revdcars.wordpress.com/2009/04/15/fia-reaches-decision-on-disputed-diffusers/
na verdade ros brawn nao projetou o difusor duplo, quem o projetou foi os antigos engenheiros da honda hoje brawn gp.
ResponderExcluirA traseira do carro da Brabham BT46 até parece o do Batmóvel!
ResponderExcluirRoss Brawm era o chefe dos engenheiros da Honda que projetaram este difusor, também participou do grupo de trabalho da FIA para facilitar as ultrapassagens na F1. O difusor fez parte das discussões e Ross soube aproveitar a brecha do regulamento discutido nas reuniões para fazer o difusor duplo. Ele Toyota e William´s. Até aí todos as equipes tinham representantes no grupo
ResponderExcluirEste seria o carro da Honda neste ano, mas uma diferença é fundamental para não acharmos que a Honda faria o mesmo sucesso da Brawm, devemos lembrar que este carro tem um motor Mercedes, em média 70cv mais potente. Como Honda este carro estaria na frente, mas talvez não tanto.
Diante do meu discurso intuitivo, os fatos trazidos pelo Celso servem para aumentar a nossa compreensão do fenômeno Brawn. Na raiz disto está sempre bailando a questão: qual é o caminho do sucesso. A complexidade disto é pensarmos que todas as equipes envidam todos os esforços para colocar seus carros na frente e só uma acaba ganhando o campeonato. Por que? Uma série de fatores faz a diferença, mas ninguém conseguiu ainda sistematizá-lo.
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