Ao longo dos anos de dominação do Google apareceram tentativas de contrapor as forças do Império. Recentemente os hypes alardearam o buscador criado por ex-funcionários do todo-poderoso Google, cuja importância não passou além do som cacofônico do seu nome em português: Cuil.
Agora os hypes da grande imprensa se debruçam sobre mais um novo “fenômeno” que atende sob o nome hermético e esquisito de Wolfram|Alpha. Eu, assim como todos os Geeks de plantão, saí a campo para testá-lo e os resultados foram desanimadores.
Tuitei as minhas impressões expondo que ele não sabia o significado no mundo real da palavra “Iridium”, que é a rede de satélites comunicações de baixa altitude lançada pela Motorola, famosa por ter sido um fracasso de 6 bilhões de dólares.
O usuário @Mak_PG respondeu com argúcia que o Wolfram não sabe o que é Adamantium. Ora, qualquer Wolverinista de meia tigela sabe que se trata do elemento metálico super resistente que recobre os ossos do Wolverine e que lhe confere indestrutibilidade.
O usuário @aniel22 defendeu o Wolfram com a alegação de que, por enquanto, a sua base de dados é muito restrita, mas que em breve vai melhorar.
Todavia, a piada mortal não é em relação ao mérito dos resultados pífios do novo Buscador e sim quanto à sua filosofia em relação aos produtores de conteúdo.
O fato mais grave sobre o Wolfram|Alpha, que se apresenta como um buscador semântico, é que ele não privilegia os Sites e Blogs, mas sim o seu umbigo, ou seja, a sua base de dados denominada respectivamente de:
Wolfram|Alpha curated data, 2009;
Wolfram Mathematica WordData.
Eis o “X” da questão: segundo o site Cidade Biz, “O Wolfram|Alpha aposta num caminho completamente diferente: um banco de conhecimento gigantesco montado, editado e estruturado por cerca de 100 funcionários nos últimos anos”.
Raciocine comigo você que, como eu, é produtor de conteúdo. Quando você lança uma interrogação na caixa de busca do Wolfram, não obtém a clássica lista de resultados privilegiadores das FONTES geradoras de conteúdo e sim uma tela “computada” a partir da base de dados coligida pelos tais funcionários mencionados acima.
Se você quiser saber as fontes originais que basearam o resultado exibido pelo Wolfgram, terá que acionar um linkezinho na linha inferior chamado Source information. Ou seja, nós produtores de conteúdo estamos confinados numa listinha mixuruca dentro de um linkezinho inexpressivo, o que para nós é um verdadeiro desastre!
Para quem pensava que o Yahoo fosse a piada mais mortal da Internet, pela sua famosa e bizarra capacidade de restringir, compartimentalizar e definhar resultados, o Wolfram|Alpha surge vitorioso para botar o roxo no chinelo.
A lógica dos atuais buscadores é montar um sistema relacional de dados em cima da montanha de dados produzida todos os dias na Internet. Ao exibir uma lista de resultados com os links das fontes, NÓS que construímos penosamente alguns pedacinhos desta imensa Teia (Web), usufruímos alguns créditos pelo fato do nosso trabalho ser linkado. Qualquer picareta que apareça ignorando os produtores de conteúdo e se jactando da sua própria base de dados, que certamente foi kibada de várias fontes, não tem a mínima chance de fazer mal a uma mosca, quanto mais à força do Império galáctico construído pelo Google e para o qual contribuímos com a nossa parte todos os dias.
Por: Isaias Malta.
Achei a ideia do Wolfram Até que boa... mas até ai falar que ele vai desbancar o google é muito =P Como foi falado no post, ele e o google são sistemas totalmente diferentes para propositos totalmente diversos. O Wolfram Alpha está mais proximo de competir com a wikipedia do que com o google. E já que é uma DB feita por pessoas teoricamente competentes pode vir a ser uma otima base de dados e pesquisa academica.
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