O ano de 2011 está definitivamente dominado pelo número 11 das cartas do Tarot egípcio, governo da força. A redução cabalística de 2011 resulta em 4, que é o imperador, a concretização dos desejos. As grandes multidões reunidas em mega protestos no mundo árabe agem em consonância com as influências numerológicas e algo mais...
Não se sabe de hoje que os EUA continuam sustentando várias ditaduras e regimes oligárquicos ao redor do mundo, no caso específico, entre países produtores de petróleo e aqueles que representam potencial perigo para as fronteiras de Israel*. No entanto, um fenômeno parecido com os protestos atuais ocorreu no auge do débâcle do império soviético no final da década de 80: quando o dinheiro dos russos começou a minguar por causa do adiantado estado de putrefação econômica do sistema comunista, uma aura de liberdade se instaurou nas diversas repúblicas anexadas à força pela Rússia, para formar a chamada União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Tal onda libertária nada mais era do que o refluxo da penúria que começou a tomar conta da Alemanha Oriental, Letônia, Hungria, Polônia, Bulgária, Cazaquistão, Bielorrússia, Ucrânia, etc. Não é preciso ser numerólogo para entender a força que a fome e o desemprego exercem na cabeça das pessoas.
Findo o grande regime comunista estatizante, sobrou vitorioso o capitalismo selvagem de livre iniciativa onde o mercado reinava absoluto. Entretanto, o que parecia ser o fim da história e um mar de rosas, redundou em diversas crises econômicas, notadamente as de 2002 e 2008, quando o mundo estarrecido teve que limpar com dinheiro público as grandes merdas excretadas pelo todo poderoso mercado. E o centro nevrálgico do capitalismo selvagem não ficou infenso a tudo isto, como corolário, a grande águia do norte perdeu muitas das suas penas e os seus voos tiveram que assumir forçosamente tons mais rasantes.
Assim, numa reedição do declínio do império comunista, o grande fluxo financeiro que os "grandes paladinos da democracia" bombeavam para regimes totalitários que garantiam a "estabilidade" das suas regiões, está minguando a olhos vistos, o que significa carestia, desemprego, fome e o fantasma da corrupção, característica congênita de todas as ditaduras.
Isto significa que os tunisianos, egípcios, iemenitas, etc, não anseiam por liberdade? Ora, o ser humano prima em primeiro lugar pela barriga cheia e a expectativa de futuro (emprego). Quando este binômio é rompido, quando a "bondade" do ditador se traduz em padecimentos e diminuição da qualidade de vida, naturalmente os anseios de liberdade vem a tona e, diante da exterminação do futuro, a única alternativa restante é ir para a praça berrar 24 horas por dia por liberdade.
O engraçado para os EUA é que eles já deveriam estar carecas de saber que as ditaduras são os regimes menos confiáveis no longo prazo, no entanto, eles insistem em financiar Saddams Husseins, Hosnis Mubaraks, Papas Docs, Fulgencios Batistas, etc, assim como deram dinheiro gordo para sustentar os 30 anos de ditadura militar no Brasil e em vários países da América.
Mesmo que você acredite que o número 11 esteja influenciando o levante das massas oprimidas por longos regimes autoritários, é bom ter os pés no chão e se perguntar o que você faria quando não tivesse mais comida na sua mesa e fossem malogradas todas as possibilidades de serviço. Assim, para todos os efeitos, as causas do tremor que abalaram a praça Tahir podem ser buscadas também na ruína do império americano.
* Especialmente o Egito, que detem a arqui-lucrativa travessia marítima ocidente-oriente do canal de Suez, sem deixar de lembrar a sua imensa e vital importância estratégica e geopolítica.
Foto: Claire de La Luz: Tarot
Quem diria um País milenar como o Egito hj precisa de levantes de sua população para retirar um Farao ops quer dizer um Rei ou seja la o quer for da liderança de seus País ,depois de 30 anos de ditadura, mesmo assim o exemplo foi bom o Povão insistiu e conseguiu e acredito em numerologia sim...e o nosso Brasil e o numero da vez...valeu...fuiiiiiiii
ResponderExcluirSe formos absolutamente pragmáticos, concluímos que as democracias em que vivemos são um cenário em que fingimos que escolhemos quem finge que decide.
ResponderExcluirA consequência só pode ser uma: a inutilidade da democracia acabará por romper o consenso que se construiu à sua volta desde o pós-guerra.
Custa escrever isto, mas o nosso voto é irrelevante para o nosso futuro.
O resultado é trágico: votamos para parlamentos e governos que não decidem nada e quem decide não depende da nossa vontade.
Tomara que o Brasil siga o mesmo rumo ,não com guerras ,mas sim com mais justiça e penas corrupção .
ResponderExcluirSE NUMEROLOGIA EXPLECASSE ALGUMA COISA, TERIA DE EXPLICAR PORQUE NÃO SOU RICO.
ResponderExcluirAcredito que estas revoltas no oriente NAO sao espontaneas,mas sim guiadas e orientadas por alguma força (grupo de pessoas ou governos) desconhecida com o unico objetivo de derrubar o governo do Ira.
ResponderExcluirNovamente a populaçao esta sendo utilizada como massa de manobra,mesmo ela acreditando que estao fazendo tudo por vontade propria.
Quebrar o governo de alguns paises nao significa nada para quem manda no mundo,ja que eles vao sair no lucro de qualquer forma.
E tem gente que acredita nessa babaquice chamada numerologia, diga aí, quais os números que serão sorteados na próxima mega-sena?
ResponderExcluirQueria essa explicaçao 10 anos atraz!
ResponderExcluirChina there comes. Run Yankee, run!
ResponderExcluiros eua nunca vão ruir.
ResponderExcluirDe volta ao tema. Uma despretensiosa reflexão.
ResponderExcluirDei comigo a pensar que sem uma ameaça existencial como foi a URSS, não é fácil para os EUA sustentar ditadores como aliados.
A sua aliança constrange a possibilidade de qualquer autocracia se defender por todos os meios quando posta em causa.
A ditadura iraniana nunca teria resistido à contestação das eleições presidenciais de 2009 se dependesse financeira e militarmente dos EUA e não pudesse, por outro lado, difamar os seus opositores como agentes americanos.
Não é por acaso que são as autocracias aliadas do Ocidente, como a Tunísia, o Egipto ou a Jordânia, que vacilam: não têm petróleo, importam alimentos mas, acima de tudo, sofrem da limitação decorrente da aliança ocidental.
Como o vazio não existe em política, manda quem pode: os países economicamente mais fortes.
Os EUA estão por isso condenados a promover democracias, por maior que seja a probabilidade de acabarem mal. Bush percebeu isso no Iraque. Obama, se não tinha percebido antes, está a percebê-lo agora no Egipto.
O que tenho visto nas televisões internacionais, leva-me a pensar que no Egipto a elite do Exército está a tentar conduzir os acontecimentos para uma saída reformista do ponto de vista político mas, sem perder a sua influência.
Finalmente,não vislumbro se e como vai ser.
Mario, devo lembrá-lo de que o Xá Mohammad Reza Pahlavi estava umbilicalmente implicado com os EUA e a Inglaterra. Ele passou por cima de muita gente usando o dinheiro dos seus aliados. A revolução popular iraniana, que derrotou um dos maiores exércitos existentes, foi um dos grandes tiros n'água na ambição americana de sustentar ditaduras sanguinolentas.
ResponderExcluirOs EUA não promovem democracias em parte alguma. Se as ditaduras são difíceis de controlar, as democracias mais ainda.
A atenuar a culpa dos ianques, temos o fato de que os outros parceiros dominantes no jogo da geopolítica mundial também não são se revelam lá muito interessados em investir em democracias instáveis, imprevisíveis e por isto mesmo, incontroláveis.
Concordo, que o Xá era um ditador, bem como o seu regime hediondo tutelado pelos EUA. A revolução era inevitáve. Mas, revisitando a “História “ inevitavelmente temos que falar de Komeini.
ResponderExcluirO resultado foi uma nova ditadura, talvez ainda mais severa. Não se sabe ao certo quantas foram as vítimas da repressão.
Quando escrevi “ promover democracias “ foi a forma irónica que me ocorreu. Sei bem que os interesses americanos se sobrepõem a tudo e a todos mas, a Europa têm uma divida de gratidão, falo da 2” Guerra Mundial.
Boa reflexão sobre os últimos acontecimentos no Egito e o paralelo ao acontecido na Rússia e a influência exercida pelo EUA.
ResponderExcluirDitadura pressupõem a maioria da população esmagada pela minoria detentora das armas. Sinceramente, não sei até que ponto os reformistas iranianos são representativos. Só os americanos dizendo que eles são o império do mal, não me convencem.
ResponderExcluirDei comigo a pensar que o “ Ex-Presidente – Lula da Silva “, é um dos homens mais inteligentes do mundo.
ResponderExcluirConseguiu impedir qualquer indignação popular com “ bolsa-família”.
Sim, esse ano será mesmo dominado pelo 11, repasso abaixo algumas informações que recebi e me lembrei deste post,
ResponderExcluirEste ano vamos experimentar quatro datas incomuns ....
1/1/11, 1/11/11, 11/1/11, 11/11/11 e Tem mais!!!
Pegue os últimos 2 dígitos do ano em que você nasceu mais a idade que você vai ter este ano e a sua soma será igual a 111 para todos!
Também é chamado o ano do dinheiro!!!
O mês de outubro terá 5 domingos, 5 segundas feiras e 5 sábados.
Isto acontece uma vez a cada 823 anos.
Estes anos são conhecidos como 'moneybags'.