Definição.
A Pedofilia faz parte do conjunto das parafilias, ou seja, dos desvios do desejo sexual para um objeto qualquer: o fetiche. Tal distúrbio mental se caracteriza pela eleição de um objeto único para o atingimento do clímax sexual, podendo ser balão, urina, carro, vômito, ar, estátua, pé, fogo... ou a figura da criança.
10 desvios sexuais não-genitais mais bizarros.
Causas prováveis.
- Abuso na infância.
Este é mais um dos infelizes casos de reprodução da perversão; quem sofreu abusos na fase infantil, tem aumentadas as suas chances de repetir com outras crianças o mal sofrido.
- Ambiente doméstico supererotizado.
Lares com valores morais degradados, ou limites de conduta muito frouxamente demarcados pelos pais, tendem a despertar instintos eróticos prematuros, o que é certamente um fator desencadeador de futuras perversões.
Confusão entre Pedofilia e crime.
A Pedofilia, pura e simplesmente antes de ter havido agressão, não pode ser enquadrada como crime porque é uma doença mental. Um pai bêbado que violenta uma filha, pode não ser conceituado como Pedófilo, mas logicamente comete uma agressão contra a criança; um produtor/difusor de material pornográfico infantil, se leva paralelamente uma vida sexual adulta normal, também não pode ser enquadrado como Pedófilo, apesar de atender ao público que sofre tal transtorno.
Por isto, a banalização do significado da palavra Pedofilia, ao invés de elucidar o problema, provoca a distorção de misturar criminosos e doentes sob o mesmo estigma. Ora, criminosos devem ir para a cadeia, enquanto os doentes deveriam ser tratados, o que nem sempre é possível quando a sociedade condena peremptoriamente mesmo os doentes que jamais incorreram em crime.
O mesmo vale para os psicopatas que não se tornaram “serial killers” e os esquizofrênicos que não mataram a família “a mando do diabo”, pois se todos os criminosos potenciais fossem condenados, seria uma impossibilidade matemática arranjar lugar na cadeia para quase todos os habitantes do planeta.
Para entender este aforismo, leia o conto “O Alienista” de Machado de Assis.
Cura.
- Esta questão ainda é incerta e movediça. Tudo depende como o Pedófilo lida com a situação: se ele está em "paz" com a sua condição, certamente muito pouco, ou nada poderá ser feito em termos terapêuticos.
- Um determinado percentual de pedófilos vive em conflito psicológico, não tanto ao nível da dualidade moral do certo ou errado, mas em relação à rejeição social ao objeto do seu desejo. Nestes casos, é possível reposicionar o fetiche, quem sabe, estipular um novo objeto de prazer.
- Os EUA praticam o que os nossos especialistas denominam de "perversão científica", que é a castração química administrada compulsoriamente nos Pedófilos liberados da cadeia. Os contrários ao uso de substâncias químicas para aplacar a libido dos agressores contra crianças, alegam que esta medida retira deles a responsabilização pelos seus atos.
É notório que a sociedade brasileira adote posições refratárias a punições cabais de criminosos, talvez movida pela repulsa à memória suja dos 30 anos de repressão impostos pela ditadura militar.
A conclusão óbvia que se chega, é que no tocante ao assunto Pedofilia tudo está ainda nebuloso e incipiente, tanto sob o ponto de vista dos dispositivos coercitivos, quanto da construção de um arcabouço terapêutico capaz de dar conta do problema. Por enquanto, quem quiser tratar os pedófilos, vai dar murros em ponta de faca, pois por ora nossa estrutura psiquiátrica foi totalmente desmantelada por levas de políticos ufanistas, corruptos e incompetentes, que se julgam "estadistas". [Link]
Assim, estamos a meio caminho de tudo, o que é quase a mesma coisa que nada.
Referências:
Pedofilia: imposição de um desejo único.
Em Defesa da Pedofilia.
Olá Isaias,
ResponderExcluirTratei deste tema aqui (se permite):
http://www.esdc.com.br/CSF/artigo_2009_10_Incesto_e_Pedofilia.htm
http://www.esdc.com.br/CSF/artigo_2009_11_Exploracao_das_ninfetas.htm
Advinhe qual é a palavra buscada no Google que mais acessa meu Blog? "ninfetas". Pode?
beijos,
lu.
Os contornos da pedofilia como doença em Portugal.
ResponderExcluirO deplorável processo " Casa Pia ".
http://pt.wikipedia.org/wiki/Processo_Casa_Pia
«A pedofilia é uma doença.» A definição foi dada ontem por Afonso de Albuquerque, sexólogo e psiquiatra, durante a conferência subordinada ao tema A Sociedade e a Sexualidade. A salvaguarda pode parecer óbvia, mas embora a pedofilia não seja considerada crime - o abuso sexual é que o é -, o médico psiquiatra, que acompanha Carlos Silvino, no processo Casa Pia, fez questão de referir que a prática figura como doença para a OMS, desde os anos 80.
Segundo o sexólogo, não é possível encontrar nestes doentes um perfil fixo, «apenas se sabe que são, na sua maioria, homens». Porém, há um estímulo erótico muito específico crianças pré-pubertárias. Muitos deles referem que amam as crianças com quem mantêm actos sexuais e acreditam ser correspondidos. Mas há uma distinção: «O pedófilo mantém essa preferência para o resto da vida», o abusador pode ter só relações ocasionais.
Para as vítimas, o trauma depende das características do abuso sexual algumas podem vir a ser pedófilos. O sexólogo acredita que Bibi «é o caso de uma criança abusada que se torna abusador».
Esta análise consta do processo.
A fazer fé no especialista não tem cura.
Quanto a mim o mais preocupante são as vitimas e o seu futuro. Finalmente os meus sentimentos estão voltados para a " máxima olho por olho, dente por dente"
Lamento se alguém ficar ofendido com a minha reacção mas, não os consigo ver como seres humanos.
Mario Ventura de Sá,
ResponderExcluirse, ao que tudo indica, a Pedofilia é uma doença incurável, então, mais do que nunca, deveria ser tratada como tal.
Qual é a diferença? Em qualquer parte do mundo, quando alguém adentra ao sistema prisional, passa a usufruir dos benefícios comuns aos internos, tais como progressividade de pena, soltura condicional, revisão do processo, atenuamentos, etc.
Todavia, quando alguém é declarado potador de sociopatia incurável, ele pode ser apartado para o resto da vida do convívio social, além das garras dos advogados cavocadores de brechas na lei.
A triste constatação na legislação dos países é que tal assunto tem muito mais omissões do que respaldos firmemente constituídos. Pelo visto, o triste fim do caso "Casa Pia" acontecido em Portugal será o monótono passar dos anos em querelas jurídicas e recorrências, enquanto as vítimas esmaecem enxangues, os algozes postergarão indefinidamente as barras da lei.
Querido Isaias,
ResponderExcluirSó corrigindo, acabo de ver que estava logada no note de minha filha (que usa essa foto fake, rs). Esse post ai de cima é meu, a "Lu", fessôra de Filosofia e Mitologia Greco-romana.
Posto abaixo um trecho do artigo:
Regressemos à Hélade a fim de discernir o que foi o Paidóphilos em seu ainda não desvirtuado [literalmente destituído de virtudes] sentido original.
Do termo grego Paideuma, que remete a problema/fonema, uma espécie de placenta de onde tudo sai (e tudo o que “sai” é a palavra, ação por excelência) derivará a palavra Paidéia, ensino, orientação.
Paidagogós é àquele que toma pela mão e educa (culminará em nosso conhecido termo pedagogia) e originalmente pedagogo é o escravo encarregado de acompanhar os jovens à palestra e à escola.
Paidóphilos seria, portanto, o instrutor (pai, tutor, enfim, uma pessoa mais velha) que dedica um tipo de amor, amizade (philía) pela criança. Entretanto, Paidóphilos, acaba por significar alguém que nutre pela criança sentimentos/impulsos eróticos.
Uma das mais lúcidas críticas ao desvirtuamento do Paidóphilos já entrevemos no diálogo de Platão “O Banquete”, sobre o Amor, escrito em cerca de 400 a.C.
Pausânias, denunciando esse ponto nevrálgico, apontará que toda ação “em si mesma, enquanto simplesmente praticada, nem é bela nem feia (...) o que é bela e corretamente feito fica belo; o que não o é fica feio. Assim é que o amar e o Amor não são todo ele belo e digno de ser louvado, mas apenas o que leva a amar belamente”.
Reiterando, diz Pausânias: “(...) se decentemente praticado é belo; se indecentemente, feio. Ora, é indecente quando é a um mau [doente] e de modo mau que se consente [obtenção de vantagens] e, decente quando é a um bom e de um modo bom. E é mau aquele amante popular [o que sucumbe aos apelos da carne, pois Afrodite/Eros se subdivide em Urânia, a Celestial e Pandêmia, a de todo povo], que ama o corpo mais que a alma (...)”.
A philía confere uma nobreza que a impede de encobrir-se, Pausânias atesta: ”ser mais belo amar claramente que às ocultas”.
Não por acaso, uma das características dos transviados que, desrespeitando limites, resvalam à bestialidade de incorrer no erro de praticar um interdito (incesto, pedofilia, necrofilia, etc.) é o empenho no cuidado de esconder suas ações.
Bjs,
lu.
Luciene Felix,
ResponderExcluirestranhei o log fake sob o nickname Sofia, mas mesmo assim, é sempre bom ser visitado pelo conhecimento.
Todos que amam crianças seriam pedófilos, a questão é distinguir quando este amor ultrapassa os saudáveis limites da afetividade e ingressa na patologia.
Os seus esclarecimentos sobre as raízes gregas destes termos lançam luz sobre as distorções introduzidas nos significados ao longo dos século.
Com todo o respeito pela Professora Luciene Felix, apesar de ser um leigo, discordo.
ResponderExcluirPlatão fala do conceito de amor. Por isso ainda hoje está associado ao (termo) amor platónico, ou seja casto.
A pedofilia não se enquadra, na minha opinião em termos filosóficos.
Estimado amigo Mario Ventura,
ResponderExcluirCreio que esteja havendo uma breve confusão terminológica, conceitual... Se puder, acesse os artigos que postei em meu Blog (link acima; "Conhecimento Sem Fronteiras"):
1- O Banquete (sobre o Amor) - Platão
2- Incesto e Pedofilia
3- Exploração das ninfetas
Estou certa de que a leitura elucidará melhor amigo.
Um grande abraço e grata por ter postado.
lu.
Luciene,
ResponderExcluirtambém achei o viés do Mário Ventura bastante carregado pelo recente e rumoroso caso acontecido em Portugal.
Porém o assunto pedofilia é muito mais vasto do que a nossa tentativa de confiná-lo a um simples crime.
Como enquadrar este evento relatado no artigo da Luciene Felix em Incesto e Pedofilia?
"...Eis que a referida senhora, muitíssimo grata e feliz por nossa visita, pediu-me para trocar-lhe a fralda. Atendi-a prontamente, disponibilizando-lhe todos os apetrechos de higiene. Após retirar a fralda de xixi e limpá-la com lenços umedecidos, qual não foi minha surpresa testemunhar que ela começou a “fazer festa” nos genitais da tenra criança dizendo: "mas que gordinha! É muito linda, dá um cheiro pra avó". Segurava e erguia os pezinhos unidos, cobrindo-lhe de beijos a genitália e as nádegas, na maior demonstração de amor e carinho, como se tivesse uma dádiva diante de si.
Ao flagrar a perplexidade estampada em meu rosto, fitou-me com severidade e, em tom de repreensão indagou: "Ora, ora, você num beija não é?". Constatando que eu ainda ostentava visível expressão de espanto, sentiu-se ofendida: “Mas faça-me o favor, era só o que me faltava...". Constrangida, apaziguei-a enquanto pensava com meus botões: "Não D. Maria, talvez pela herança vitoriana, desconheço esses hábitos e, ciente dos estudos freudianos sobre a latente sexualidade infantil: troco, limpo e reponho tudo o mais rápido possível."
Stricto sensu, esta senhora deveria ter sido presa, lato sensu, é o que acontece com frequência demasiadamente estarrecedora por aí para podermos configurar um crime. E é uma das explicações porque há raras ocorrências de "pedófilas", pois elas tendem a sublimar os seus impulsos sob a maternalidade.
Então, para mim é extremamente lógico que a Pedofilia carece de muito mais debates e esclarecimentos, do que transparece à primeira vista e, coincidentemente, é este é o tom reinante no artigo citado da Revista Ciência Hoje, pois se partíssemos para a condenação pura e simples de todas as nuances e matizes pedófilos, certamente faltaria lugar nas cadeias e manicômios - por isto a minha citação da grande metáfora "O Alienista" de Machado de Assis - tanto a severidade extremada, quanto a o afrouxamento moral excessivo, redundam em estados anárquicos e informes.
Cara Senhora Professora
ResponderExcluirNa realidade este é um tema que quase me transforma num ser irracional.
Só mais tarde me lembrei de uma das máxima do meu génio favorito " Aristóteles "
" O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflecte "
Se algum dia algum pedófelo se curar mesmo assim eu vou ter medo de deixar uma criança perto dele! Recaidas existem nas drogas bebidas e etc
ResponderExcluirUma vez monstro sempre monstro
Cura não significa acabar o risco da prevaricação. Assim, dos cocainômanos se mantém longe a cocaína, dos alcoólatras longe o álcool, dos tabagistas longe o cigarro e assim por diante, tem razão, os vícios, são eternos, mesmo controlados.
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ResponderExcluirIsa Medeiros,
ResponderExcluirbeleza, quando estiver publicado, então manda o link pra gente.
Com a sua permissão. As novidades no processo Casa Pia.
ResponderExcluirÉ mais que evidente o resultado. Não me ocorre nenhum adjectivo.
http://okm.me/2IHs
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiradoro
ResponderExcluir"- Abuso na infância.
ResponderExcluirEste é mais um dos infelizes casos de reprodução da perversão; quem sofreu abusos na fase infantil, tem aumentadas as suas chances de repetir com outras crianças o mal sofrido."
Que coisa estranha... uma pessoa que sofreu tal coisa deveria abominar o ato ! Nossa.... porque será que eles voltam a fazer ? Não tiveram o suficiente já ? Que bando de doentes....
Claro, claro, é tudo perversão, é tudo coisa de gente doente.... não sei como alguém consegue fazer isso !
ResponderExcluirQuero dizer, não é como se fosse igual à homossexualidade ou o sexo antes do casamento, pedofilia não é só tabu, é estupro ! É uma coisa horrível !
Só sinto pena de todas as crianças que passam por isso.... é uma violência sem tamanho mesmo, que vai trazer traumas irreversíveis à criança. Afinal, quem aí conhece alguém que foi abusado e cresceu normal ? Eu não !
Realmente, não há cura para crianças e adolescentes que sofreram abuso, por isso o agressor extermina o futuro das suas vítimas.
ResponderExcluirA grande tragédia deste assunto continuar relegado ao âmbito criminal, é o direito dos abusadores se aproveitarem de brechas jurídicas para se livrarem da cadeia.
Após passarem anos trancafiados, os abusadores da infância voltam à sociedade reabilitados? Ou retornam apenas para cometer mais abusos?
Num sistema jurídico como o nosso que aboliu a prisão perpétua, não há instrumentos de reconhecimento do estado terminal de patologia mental que impulsiona o doente irresistivelmente ao crime.
Acho uma discussão um tanto polêmica, essa questão é cultural, mas até que os comentários estão bem divertidos..
ResponderExcluirpara mim pedófilos não são seres humanos. é nojento o que eles fazem fisicamente e psicologicamente ás suas vitimas. é algo com que as vitimas terão que lidar para sempre. e no caso dos pedófilos li, já não me lembro onde,que cerca de 95% volta a atacar crianças depois de saírem da cadeia.
ResponderExcluire nem sequer vale a pena falar no caso casa pia porque foi uma autentica vergonha o que se passou. o sistema legal português foi uma autentica anedota. além do mais as pena para pedófilos e para quem comete crimes sexuais é demasiado branda. devia ser mais pesada e talvez incluir castração química nos casos mais graves
Visitei o seu blog. Para um homem cujo pai é português é no mínimo estranho para ser elegante, o termo " comentários estão bem divertidos..".
ResponderExcluirlostgirl,
ResponderExcluiro problema mais dramático é que as vítimas da pedofilia são uma maioria informe e emudecida. Onde estão elas? Provavelmente, tentando enterrar as suas dores e esquecer o passado, talvez sob drogas e vícios.
Nada sabemos sobre o seu sofrimento porque padecem sob o silêncio da vergonha. Então, os que teorizam somos nós, praticamente em solilóquio, tentando imaginar o inimaginável.
Nao tem cura nem perdao, sou a favor de castraçao fisica e pena de morte jà! evitando assim outras vitimas inocentes.
ResponderExcluirIsaias, não tem nada a ver com o post, mas não consigo ler comentários em que as pessoas divulgam links.. Céus, por quêêê?? Coisinha chata..
ResponderExcluirEnfim,
a punição da pedofilia precisa ser muito bem avaliada, uma vez que um pedófilo preso não pode ser avaliado. Aliás, prender alguém como forma de punição já é algo que eu não entendo. Sou contra isso, mas não creio que mude. O pedófilo de fato precisa ser tratado, prendê-lo não o fará mudar já que isso implica em uma patologia. Hm, e preso, como poderão soltá-lo após alguns anos de reclusão já que nesse período ele ficou ausente do que lhe externa o problema?
Bom, tanto se fala aqui das vítimas da pedofilia, onde estarão, como se sentirão, porque algumas vezes se tornam agressoras.
ResponderExcluirNão fui vítima de um pedófilo, nem mesmo gosto de usar a expressão "vítima". Fui sexualmente abusada pelo meu irmão mais velho na semana que fiz 14 anos. Ele tinha 23.
Já havia tido experiências de cunho sexual com amigas minhas (da mesma idade, na faixa dos 10, 11 anos) mas nada sério. O que mais agride uma pessoa abusada é ver a confiança que ela depositou no abusador ser jogada no lixo.
Quanto a ser raptado e abusado, acho que deve ser fisicamente mais traumatizante do que por um amigo ou parente próximo. O que posso dizer que incorreu desse fato foi que só fui capaz de confiar meu corpo a outro homem com 19 anos e ainda assim foi muito complexo, foi um processo de meses até que pudéssemos ter uma vida sexual feliz.
A impressão mais forte que fica é que você é só um pedaço de carne, uma "meia pessoa", insignificante e patética. Entrei em uma depressão profunda que me fez abandonar a escola e ficar anos a beira do suicídio. Ainda tenho uma paranóia em relação aos homens que conheço, é como se fosse um medo inconsciente de ser abusada de novo. Não confio em ninguém e ao mesmo tempo, tenho a sensação que meu corpo se separou da minha pessoa.
Estou a algumas semanas de começar a trabalhar como prostituta. Alguns afirmam que esta também é uma consequência do abuso sexual, a "coisificação" que o abusado faz sobre o próprio corpo, ou uma forma inconsciente de reviver o abuso ou ainda, uma forma de se vingar dele (ser "abusado" novamente e ser pago para isso). Não sei, não foi nada disso que me levou a essa decisão. Foram fatores financeiros mesmo. Mas talvez uma pessoa "normal" pensasse antes em pedir esmola do que se prostituir.
Atualmente a maioria das minhas relações sexuais são violentas, já tentei ter sexo romântico e carinhoso mas não sinto nada, não rola. Gosto de agredir e de ser agredida, ofender e ser ofendida, mas nunca me senti mal por isso. Pelo contrário, me dá uma sensação de libertação, de estar fazendo o que quero do modo que quero.
Sou uma pessoa amarga, mas passei por muita coisa ruim depois do abuso, então não sei se posso colocar a culpa toda nele. Não tenho atração sexual por crianças de nenhum sexo e nem gosto de crianças, não tenho paciência com elas.
Quanto a meu irmão, não creio que ele seja um pedófilo, ele estava bêbado e drogado quando me molestou. Não falo com ele há bastante tempo nem pretendo falar, pra mim ele morreu. Minha família é mãe e pai, só. Não faço questão de mais ninguém na minha vida.
Quanto a pedófilos agressores, apóio a pena de morte. Não só para eles, apóio a pena de morte como punição para outros crimes hediondos - e faço isso abertamente. Choca algumas pessoas mas é fácil ser "paz e amor" quando nunca se foi molestado, sequestrado, assaltado, estuprado etc. Não creio que a pena de morte seja a solução mágica para os crimes, mas sim que seja o único modo de eliminar da nossa sociedade pessoas violentas, doentes e sobretudo INCURÁVEIS.
Espero que tenha contribuído de alguma forma com esta discussão. Em relação a pedófilos não agressores, pode-se dizer que eles apenas fantasiam. E fantasiar algo não pode ser tido como crime - aliás se fosse, todo mundo iria pra cadeia por algum motivo, rs.
A prostituição não pode ser saída para ninguém, pois é uma atividade em que a violação é algo constante. Você acha que se livrou do suicídio, mas esta é uma forma branda de acabar com o que resta do seu corpo "separado" do seu espírito.
ResponderExcluirHá cura para a Pedofilia?
ResponderExcluirSim! há! Guilhotina!
Exterminem com todos os pedófilos!
pedófilo é doente?
ResponderExcluirpolicial é médico!