Internet é a boca no trombone das reclamações dos consumidores.

Foi-se o tempo em que o consumidor tinha que morgar no SAC das empresas e caia no saco sem fundo do descaso e da omissão, ou ficava anos se arrastando nas pendengas judiciais. Hoje em dia, qualquer consumidor anônimo pode amplificar a sua voz graças aos multimeios oferecidos pela rede mundial de computadores.


Foi-se o tempo em que um consumidor lesado por uma concessionária/montadora de veículos tinha que montar um circo ambulante para conseguir atenção às suas demandas, ou demolir a picaretadas uma geladeira na frente da loja(*), me desculpe, mas fazer isto está démodé.

Carros Micados de fábrica.

Na era cibernética, nada mais justo que os internautas façam valer os seus direitos na marra, através do berreiro pela Internet, que pode eventualmente acabar respingando em confiabilidades duramente conquistadas.

Blog.
Esta opção depende do grau de visibilidade que você consegue alcançar com um Blog. Este cara optou em abrir um Blog próprio.

Outra opção é usar os fóruns dos Blogs que tratam especificamente dos produtos reclamados, por exemplo:
A famigerada câmera fotográfica 7 em 1 Tekpix vendida pela televisão. [Link 1], [Link 2].
Os famosos notebooks ACER que depois de algum tempo pifam mouse e teclado.

Youtube.
Uma usuária viciadona no joguinho online "Colheita Feliz" embutido no Orkut, fez uma veemente reclamação contra a empresa Mentez, desenvolvedora do Colheita. Resultado? Em DOIS dias de postagem, o vídeo já foi acessado por quase 300 mil almas! Cuidem-se pessoal da Mentez para o que o negócio de vocês não vire Colheita Infeliz!

Redes Sociais.
Tudo vai depender da visibilidade e habilidade do reclamante aliados à sua sorte em conseguir despertar atenção através do Orkut, Twitter, Facebook, etc. Vejamos, um reclamante com 50 mil seguidores no Twitter, certamente tem bala na agulha para fazer um belo estrago na imagem de uma empresa. Caso seja alguém com poucos amigos e seguidores, ainda é possível dar o tiro com “bala de prata”, se conseguir ser ecoado por mais gente, produzindo assim um efeito dominó.

Sites online especializado em reclamações.
De alcance mais limitado, existem os Sites especializados em reclamações dos consumidores. Para achá-los, basta você digitar no seu buscador preferido as palavras-chave “reclamação internet” e pronto! Uma vez feito o cadastro, estes Sites fazem também o meio de campo de entrar m contato com os serviços de atendimento das empresas reclamadas.
A vantagem de Sites como o "Reclame Aqui" é que, como as reclamações são fartamente indexadas nos buscadores, ficam disponíveis aos potenciais compradores, que antes de comprar podem ter o mapa da mina.

Sem reclamação, há solução?
Não, o consumidor que se sente lesado e não reclama, acaba tomando prejuízo certeiro. Então, o correto é você reclamar usando os meios convencionais disponibilizados pela empresa e depois partir para o ataque. Por incrível que pareça, muitas empresas preferem deixar os reclamantes chupando o dedo, porque chegaram à brilhante conclusão de que isto representa um prejuízo menor... A menos, é claro, que você faça valer os seus direitos berrando aos quatro ventos e manchando a reputação da empresa sacana. Como a reclamação é única arma que nos resta, não devemos ficar de braços cruzados enquanto eles riem da nossa cara.

Solução para o lado das empresas é cair na rede.
Empresas que investem mundos e fundos em propaganda e outros meios para alavancar suas vendas, podem ver seus esforços reduzidos a zero, se um dos seus consumidores insatisfeitos tem a sorte de emplacar um viral na Internet. Diversos casos de vídeos demonstrando falhas em produtos redundaram em consideráveis quedas nas ações do fabricante.

Portanto, as empresas devem mergulhar mundo neste novo contexto feito de consumidores exigentes e linguarudos, que a qualquer momento podem derrubar a credibilidade amealhada ao longo dos anos. Não há mais lugar para declarações padronizadas do tipo “só nos manifestaremos quando formos citados”, bastante comuns em processos judiciais por perdas e danos, já que hoje o consumidor não quer apenas a reparação dos prejuízos, como também manifestar publicamente o seu descontentamento.

Assim, as empresas que não dominarem as novas linguagens, correm o risco de, ao confiarem cegamente na lerdeza do SAC e das demandas judiciais, terem o seu índice de confiabilidade comprometido por um eventual consumidor insatisfeito, cuja reclamação se torne febre na Internet.

(*) Prática démodé: demolir a picareta uma geladeira nova pifada na frente da loja.