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24 de fev. de 2011

10 chaves para entender o trabalho de Sheldon do "The Big Bang Theory".

Se você acompanha o seriado americano The Big Bang Theory, sabe que o personagem principal é um físico brilhante especializado na Teoria-M, aquela chamada popularmente de Teoria das Supercordas. Só que tanto você quanto eu não sabemos bulhufas desta coisa que empolga o Sheldon, ao ponto dele devotar cada neurônio do seu fabuloso QI 187.

Para saber um pouco mais sobre o que o Sheldon faz, é necessário um pequeno embaralhamento na sua lógica, só que sem correr o risco de sufocação sob a aspereza das fórmulas matemáticas. Entretanto, é possível se ater somente ao essencial? Na qualidade de idiota, tentarei ser um pouco menos hermético do que o nosso bom e simpático Sheldon Cooper, e explicar o pouco que pesquei, depois de horas e horas de leitura sem entender quase coisa alguma.

1) As coisas assim como nos são apresentadas no mundo real, estão muito mal explicadas e, pior ainda, mal encaixadas: a física clássica não se aplica à física quântica e vice-versa, ou seja, as leis físicas que regem o mundão que conhecemos não se aplicam ao micro-mundo das partículas subatômicas; por isto Einstein passou o resto da vida, depois de ter formulado ainda jovem as duas versões da sua Teoria da Relatividade, perseguindo aquilo que denominou "Teoria do Campo Unificado".

2) As três dimensões que conhecemos (largura, comprimento e volume) não são suficientes para conter as formulações matemáticas necessárias para descrever os fundamentos da matéria, válidas nos extremos micro e macro. Para tanto, foi imperativo adicionar mais 8 dimensões com o objetivo de estabilizar as equações. Nas palavras da física teórica americana Lisa Randall: essencialmente, a teoria seria instável sem essas dimensões extras. Dito de outro modo, não conseguiríamos fazer os cálculos necessários, e ela, portanto, não faria sentido.

3) A teoria das supercordas tenta encontrar respostas para as quatro questões fundamentais da física: qual é a origem das 4 forças conhecidas? Qual é o princípio das partículas? Por que as partículas tem carga? Como elas se concatenam no espaço, tempo e gravidade? Por isto, Sheldon se jacta de trabalhar com a teoria de "tudo" (theory of everything).

4) "Super" quer dizer simetria e corda quer dizer extensão e isto junto quer dizer que as partículas subatômicas não são mais vistas como partículas e sim como coisas unidimensionais que se esticam semelhantemente a uma corda e se entrelaçam formando membranas ressonantes. Simetria significa que para toda corda existe uma outra que é o seu duplo: glúons -» gluínos, quarks -» squarks, etc. No nosso mundo gigante, as pessoas conhecem este fenômeno de duplicidade como matéria e anti-matéria.

5) O tom de vibração dessas cordas seria o que define a natureza de uma determinada partícula subatômica.

6) O imbróglio entre as equações que descrevem o espaço-tempo no macro-mundo e o mesmo continuum no micro-mundo é tão grande, que o primeiro é liso e uniforme (na ausência de um corpo com massa) e o segundo é revolto como um mar encalpelado. Assim, por enquanto há um conflito irreconciliável entre as postulações de espaço-tempo descritas na Teoria da Relatividade de Einstein e o Princípio da Incerteza de Heisenberg que rege o mundo quântico.

7) Mesmo que a Teoria das Supercordas careça de qualquer comprovação empírica, ela continua sobrevivendo nos mares revoltosos da física pura, porque é a construção intelectual que mais nos aproxima de uma provável Teoria de Todas as Coisas.

8) Então, pelo-amor-de-Deus, o que falta para a bendita Teoria das Supercordas ser comprovada?
Resposta: um acelerador de partículas realmente animal!
Mesmo o LHC é insuficiente para tanto, uma vez que Lisa Randall antecipa o seu pessimismo: as supercordas não serão comprovadas no LHC, mas a supersimetria talvez seja, se formos capazes de ver os parceiros supersimétricos de partículas conhecidas.
Então, ficaremos torcendo para que o próximo acelerador consiga materializar as respostas, talvez, até para as perguntas que ainda não tenhamos formulado.

9) Se você é materialista, então, me desculpe, pois não passa de um idiota, porque a matéria não existe! Acorde, você acreditou até hoje numa coisa que não passa de um amontoado infinito de vibrações e ressonâncias, sem nenhum pedacinho concreto daquilo que acreditamos ser matéria!

10) Os antigos gregos não estavam longe da verdade quando afirmavam que o cosmos era constituído pela música das esferas.

Agora, você pode concluir porque o Sheldon se "acha" tanto com o seu trabalho e porque o considera mais importante do que os fazeres dos seus colegas. Alguém que esteja empenhado em desvendar os fundamentos mais íntimos do universo, certamente pode antagonizar todas as cosmogonias filosóficas construídas até hoje. Portanto, podemos dar razão à sua arrogância!

Saiba mais sobre o seriado americano: The Big Bang Theory.

Caso você queira se aprofundar um pouco mais sobre as Supercordas, há um material excelente disponível por aí nos recantos da net:
Qual é o futuro da Teoria das Supercordas?
O Mundo Bizarro das SUPERCORDAS.
Entrevista da física Lisa Randall - Muito além das três dimensões.

7 comentários:

  1. super simples,to falando serio meu QI deve ser próximo de 187 e olha que eu tenho 15 anos

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  2. Anônimo, com um QI desses, e nem acentua direito. sei...

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  3. para completar, pelo que eu vi dos episódios da série, Sheldon estuda a Teoria Bósonica das Cordas, no primeiro episódio fala isso. quando Leonard fala que Sheldon teve que inventar 26 dimensões para que sua formula dê certo.

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  4. O Sheldon é o cara! o____O

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  5. kkkkkkkkkkkkkkkkkk
    Legal!
    http://dicasamorsemlimite.blogspot.com

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  6. QI de 187 e nem escrever sabe... Tsc TSC

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  7. Confiram o Sheldon explicar quem forma os Deuses Internautas construtores do Universo, segundo a Física Digital:
    http://gatosepapos.blogspot.com/2011/03/eram-os-deuses-internautas.html

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