A humanidade se deixou embretar tanto pelo avião à jato, que ele se tornou a única forma de viagens transcontinentais, exceto os cruzeiros por via marítima, que não podem ser classificados na categoria de transporte trivial. Todavia, sabe-se que a história aeronáutica desenvolveu engenhosos protótipos de Navios Voadores, que nada mais são do que grandes aviões projetados para voar entre um e cinco metros acima da superfície da água, aproveitando o “efeito solo”, uma propriedade física que confere aos aerofólios a máxima sustentação, quando voam muito próximos a qualquer superfície.
[Plane59]
O estabelecimento de rotas regulares de navios voadores representaria a alforria de muitas pessoas que detestam viajar acondicionadas como sardinhas nas classes econômicas dos atuais voos internacionais, respirando por mais de 12 horas seguidas um ar completamente viciado.
Perderíamos em tempo, pois provavelmente duplicaria a duração dos percursos atuais, mas ganharíamos em conforto de cabines, restaurantes, camas, bibliotecas, convés e muito espaço para esticar as pernas. Então, se a lógica de mercado permitisse o investimento num meio alternativo de transporte aos aviões a jato dotados de turbinas, toda a vez que houvesse um fenômeno que inviabilizasse as viagens através da estratosfera, os passageiros poderiam facilmente ser realocados para os Navios Voadores, ao invés de ficarem entupindo os aeroportos feito almas penadas.
O Navio Voador Russo Ekranoplan foi lançado ao ar e às águas em 1987 e, apesar dos seus propósitos estritamente militares, poderia ter servido perfeitamente para o transporte de passageiros, pelo menos àquelas pessoas que se importam menos com tempo e mais com conforto e segurança, já que uma pane num tipo de avião destes pode ser facilmente resolvida com um pouso no mar.
O misterioso "Monstro do Mar Cáspio" russo Ekranoplan Parte I.
O misterioso "Monstro do Mar Cáspio" russo Ekranoplan Parte I.
Um pouco de história: quando estivemos no Museu da Aeronáutica na cidade do Rio de Janeiro, sediado no Campo dos Afonsos, nosso cicerone nos mostrou a maquete de um estranho avião que chegou na Baia de Guanabara lá pelos idos de 1931. O detalhe curioso apontado por ele é que, não obstante seus 12 potentíssimos motores, o imenso "hidro-avião" não conseguiu levantar voo do longo de toda a travessia do Oceano Atlântico, tanto na vinda, quanto na volta. Mal sabia ele a informação que hoje sei: o erroneamente denominado hidro-avião e repleto de possantes motores, voava assim não por falha de dimensionamento do empuxo, mas porque fora propositalmente projetado para voar baixo, praticamente roçando a “barriga” na crista das ondas. Nosso guia ignorava que o DO-X era um Navio Voador.
» Dornier DO-X - Flying Boat.
Pena que uma joia rara dessas tenha morrido em nome da pressa insana de se fazer o percurso entre a América e a Europa em 12 horas.
DO-X Dornier – flagrante do Navio Voador alemão que fez uma viagem transoceânica experimental ao Rio de Janeiro em 1931, longe das cinzas do Eyjafjallajökull.
Leia também: A História do Ekranoplan com muitas fotos e vídeos.
Puxa! Eu gostaria de ter a opção de viajar num navio voador!
ResponderExcluirMuito 10!
ResponderExcluirMe lembra do Hudges H4, o hércules, ou como ficou conhecido, o Spruce Goose.
ResponderExcluirO Hughes H-4 era um super-hidroavião clássico e não um Flying Ship, ou Navio Voador.
ResponderExcluirridículo, inviavel economicamente e não para as empresas e sim p os consumidores que teriam q pagar o preço de um cruzeiro em uma viagem simples.
ResponderExcluirainda bem que a aviação não precisa de vc p solução de problemas
O ridículo é ter como ÚNICA opção a travessia dos oceanos pela estratosfera. Criaturas humanas miseravelmente reduzidas à condição abjeta de sardinhas.
ResponderExcluirEyjafjallajökull.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkk
acho q ninguem mais entendeu essa.... hahahahah
tirinha do gatinho..
Equipamento fantástico, pena que não encontrou um nicho comercial para ser usado, mas creio que com o comércio mundial acelerando talvez ainda vejamos um monstro desses em funcionamento no futuro...
ResponderExcluirnah, o grande problema é a pressa dos passageiros. Quem está disposto a levar 24, ou 36 horas noma viagem à Europa? Infelizmente, a tecnologia priorizou absolutamente o tempo em função do conforto e da qualidade de vida. Certo, atualmente eu chego em 12 horas na Europa, mas depois preciso de dois dias para descansar da experiência do confinamento num jato sem acomodação, com ar viciado, ruidoso e que, diante de qualquer acidente, é morte certa.
ResponderExcluireh o q falaram, creio que isso valha mais como uma experiencia do que como um meio de transporte
ResponderExcluirfatalmente para oferecer tudo aquilo que é falado, temos um preco alto para sde pagar
convenhamos, pagando uma 1a classe de 1 aviao nao eh esforco nenhum ficar 12/20h num voo...
comendo bem, deitado numa cama... isso sim eh vida
um abraco!
legal, mas e se rolar uma tempestade em alto mar? fudeu do mesmo jeito, e entre ir pra cima ou pra baixo, eu escolho ir pra cima, ninguém nunca morreu colidindo com o ar... sem falar que, devido a velocidade, a manobrilidade de um monstro desses é ínfima, pior que a dos aviões, e convenhamos, no mar existem muitos mais obstáculos do que no ar...
ResponderExcluirEu gostei dessa idéia de navio voador, mas quero levantar uma dúvida: como é o consumo de combustível de um meio de transporte desses? Se o consumo for muito alto por passageiro, ele pode não ser viável economicamente.
ResponderExcluirbem, se esses mavios aviões estivessem na ativa, custaria o dobro para viajar em um do que num avião, então ninguém quer viajar como sardinha, mas todos querem pagar o mínimo.
ResponderExcluirAs desvantagens técnicas são menor velocidade e maior consumo, já que em baiuxa altitude a pressão do ar é maior, e com ela o atrito.
sobre o comentário do adreas, vale lembrar que próximo ao solo a chance de acidente é menor. No ar pode não ter obstáculo, mas a queda é enorme.
ResponderExcluirvale tambem salientar que o consumo de combustivel de um aviao é extremamente alto(senao me engano é 3x maior do que o de um avião convencional), e é por isso que o governo russo está aposentando a sua frota, fora que não sei como um aviao desses viajaria em condições um tanto extremas no oceano, visto que 2 em cada 3 grandes tempestades ocorrem nos oceanos, e tenho certeza que mesmo que as empresas de transportes adotassem esse meio de viagem, eu acho que elas dariam um jeito de transformar essas viagens em verdadeiros onibus sobre o mar(para maximizar os seus lucros)
ResponderExcluirme lembra das viagens de trem! tem tempo prá ler um pouco, ir tomar um café no vagão-restaurante, dois dedos de prosa com as pessoas, passear pelos decks... rapaz, deve ser muito bom! mas bom mesmo é ir de navio! quem tem pressa sai trinta dias antes, hehehe! (internética ou internáutica?)
ResponderExcluireduardo, 100% das tempestades ocorrem na atmosfera, onde aviões convencionais estão.
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