A situação do caos na Insegurança Pública, ocasionada pelo nosso sistema de leis protetor dos bandidos, deve nos levar a refletir sobre o real valor dos nossos bens materiais versus o dom precioso da vida. Infelizmente, como a nossa guerra civil de cada dia nos usurpa o direito da defesa ampla de todos os nossos bens, quem sobrevive ao tiroteio com a roupa do corpo, fica com a sensação de que saiu ganhando.
Logo, as dicas a seguir se baseiam no princípio de que o bem mais precioso é a vida, e que todos os demais prejuízos financeiros podem ser recuperados posteriormente, seja através do seguro, ou trabalhando.
Investir em sistemas de vigilância (câmeras e alarmes) e descuidar dos pequenos detalhes.
Quem acompanha os noticiários da violência na TV percebe que muitas vezes as vítimas investiram milhões de reais em câmeras e carros blindados, mas se descuidam com a entrada e a saída. Muitas vezes neste ínterim, as vítimas param o carro por qualquer motivo, ou abrem as portas para a entrada de passageiros, ou não fazem uma varredura cautelosa na rua antes de entrar e sair.
Ademais, mesmo que a sua casa seja um verdadeiro Bunker, tenha certeza que os maiores prisioneiros a viver nela são você e a sua família, pois em caso de assalto, você não tem para onde fugir.
Guardar dinheiro em casa.
Casa onde são guardados grandes volumes de dinheiro e possui cofre, se torna com certeza uma tentação irresistível. Este tipo de informação sempre acaba vazando pela vizinhança e termina caindo em ouvidos interessados em colocar a mão nos bens alheios.
Não investir em alarme monitorado.
Alarmes altamente ruidosos costumam ser um risco para a vida dos cidadãos. A razão disto é muito simples: em alguns assaltos, os moradores são feridos ou mortos porque o alarme dispara durante a ação criminosa, o que provoca pânico nos bandidos, por força das circunstâncias submetidos a estresse extremo, drogas e com os nervos a flor da pele tentando comandar suas mãos trêmulas, cujos dedos crispados roçam gatilhos muito sensíveis.
Portanto, invista num alarme monitorado, que apenas acione silenciosamente uma ronda externa 24 por dia realizada por terceiros, ou contrate um exército de seguranças armados até os dentes
» Alarme de carro: uma arma apontada contra a sua cabeça.
Confiar demais nos sistemas de vigilância e de menos no seguro.
Os bens materiais que você possui na sua casa devem ser um assunto mais do seguro do que da sua alçada. Caso você guarde objetos valiosos demais para serem segurados, então há alguma coisa errada com a sua vida, pois ela está precisando de uma revalorização.
Cultivar rígidas rotinas.
Os horários rígidos dos moradores fornecem ótimos subsídios para assaltantes de tocaia nas redondezas. Quanto mais inflexíveis forem os horários de entrada, saída e estacionamento, maiores serão as suas chances de ser a próxima vítima da violência urbana.
Possuir veículos muito cobiçados e ostentar sinais aparentes de riqueza.
A ostentação de riqueza sempre foi a mãe dileta dos ladrões. Então, se você faz questão de ter uma mansão vistosa e à vista de todos e de um carrão cobiçado por meio mundo estacionado na garagem, saiba que o seu estilo de vida é altamente perigoso.
Reagir.
Você deve treinar a sua família na maneira de agir durante um assalto dentro de casa, ou na rua. Está comprovado estatisticamente que a reação é o pior remédio diante dessas situações extremas. A menos que se apresente uma circunstância de risco iminente de vida, sua ou de seus familiares, a melhor atitude é a:
- não porte arma de espécie alguma – mesmo que você reaja contra um elemento, a resposta virá de que você não vê, já que os criminosos costumam agir em duplas ou trios, sendo que sempre fica um comparsa atocaiado dando cobertura;
- seja passivo e tranquilo – virtudes que você já deve ter treinado anteriormente;
- mantenha-se imóvel – levante calmamente os braços e coloque as mãos ao alcance dos olhos dos bandidos – e jamais faça tais gestos de forma abrupta;
- fale só o que for perguntado, ainda assim, só através de monossílabos;
- quando forem solicitadas chaves, joias, celular, etc., não leve as mãos bruscamente ao bolso, ou bolsa, mas comunique antecipadamente o gesto que será feito;
- olhos baixos – jamais olhe diretamente para a cara dos meliantes e nunca dê sinais de que reconheceu algum deles;
- não fale, chore ou grite por socorro;
- não faça gestos defensivos tais como acionamento de alarmes, ou busca de armas;
- jamais saia correndo desbragadamente, pois um tiro não respeita distância.
Saiba que na maioria das vezes os ladrões estão atrás de bens materiais e quando as vítimas complicam, eles partem para a agressão porque, como é sabido, eles nada tem a perder.
Não dispor de um Quarto do Pânico.
Como funciona um Quarto do Pânico [HowStuffWorks].
Os americanos costumam construir um recinto blindado na casa, especialmente projetado para casos de invasão, onde a família pode se refugiar sem que haja possibilidade de acesso externo. Este é o tipo de solução que visa, antes de mais nada, proteger a vida e abandonar os bens dispostos no resto da casa, esta é a filosofia que deveria imperar no seio das famílias.
Falo de Portugal.
ResponderExcluirO conceito de segurança pública é bastante abrangente e não se limita a políticas do combate à criminalidade e nem se restringe a actividade policial.
A segurança pública tem a ver com todas as acções de repressão à violência e ao crime, tendentes a oferecer a todos os meios necessários para que os cidadãos possam conviver em sociedade, trabalhar e se divertir, ou seja usufruir da tranquilidade pública.
A insegurança é um fenómeno até há pouco desconhecido entre nós, mas na minha opinião chegou em força e para ficar. Se não houver, entretanto, medidas adequadas à repressão de todas as acções que geram insegurança, chegaremos rapidamente a um ponto sem retorno e, teremos de viver em insegurança constante.
A segurança das pessoas e dos bens são valores fundamentais da sociedade.
Estamos a beira de um estado de insegurança pública, pois todos os dias vemos crimes contra a vida, contra a honra e contra a integridade física dos cidadãos.
Os criminosos são apanhados, libertados e voltam a praticar crimes.
Isto pode ficar a dever-se a existência de leis demasiado permissivas e penas insuficientes, a falta de meios humanos e materiais às Polícias, ao sistema judicial, e mais razões poderia aqui enumerar.
A solução para este flagelo terá de passar pela educação, pois é um dos factores de mudança, de desenvolvimento, de civilidade, de cidadania.
Com educação somos seres mutáveis, capazes de sermos influenciados e de influenciar.
Acredito que só esta via nos poderá conduzir, a uma vivência em segurança e tranquilidade pública.
Dir-me-ão. Santa Ignorância.
Como o amigo acima disse:
ResponderExcluir"Os criminosos são apanhados, libertados e voltam a praticar crimes. "
Este é um grande problema, os caras são motivados a praticarem o crime, pois não tem nenhuma consequencia.
Conheço uma pessoa que deixou um assaltante gravemente ferido, com pernas quebradas e fratura na cabeça. O bandido estava armado e a "vitima" não. Porém o estado resolveu processar esta pessoa por agressão e tentativa de homicidio, tendo como o agravante que a pessoa era especialista em artes marciais (faixa preta em kickboxe)...
Os bandidos são soltos, e quando tentamos nos defender somos processados.. Que sociedade é essa.
Ricardo,
ResponderExcluiro Estado permaneceu como a instância que salva bandidos do linchamento, processa cidadãos que injuriaram seus agressores e garante os direitos dos meliantes. Começo a acreditar que os políticos legislam em causa própria.
Liga-se a televisão na hora dos noticiários, e chovem assaltantes e homicidas de todo o lado. Como denominador comum têm o facto de continuarem em liberdade. Lêem-se os jornais e o sangue escorre das páginas.
ResponderExcluirHomem matou ex-mulher; assaltante assassinou idosa indefesa; gangue roubou várias dependências bancárias; grupo agrediu grávida de nove meses para sacar meia dúzia de euros; confronto entre gangues nas praias provoca pânico nos areais; assaltos nos comboios etc. Nos dias seguintes, no espaço dedicado aos mesmos crimes, constata-se, na maioria dos casos, que os responsáveis pelas malfeitorias vão aguardar julgamento em liberdade. Meses ou anos depois, sabe-se que o desfecho dos julgamentos determinou penas suspensas, já que a investigação policial foi mal conduzida ou não foi produzida em tribunal prova suficiente para encarcerar os meliantes.
No mesmo período de tempo, também tivemos oportunidade de ver na televisão e nos jornais que o empresário X está a contas com a Justiça por fuga ao fisco e que, tudo o indica, irá cumprir pena de prisão efectiva. Com os devidos exageros, tem sido este o cenário que o comum mortal tem observado. Nas últimas semanas os casos têm-se avolumado e é natural que a comunicação social dê ênfase às histórias.
As pessoas começam a sentir-se verdadeiramente inseguras quando nem para o trabalho e no regresso a casa podem viajar em transportes públicos seguros. E que dizer quando tentam apanhar um pouco de sol numa praia perto de si?
Os políticos pedem mais polícias, mas isso acrescenta alguma coisa ao verdadeiro problema? Nada.
O sentimento de impunidade dos que agridem e assaltam não esmorece com mais ou menos agentes. A lei é que não está de acordo com os tempos que correm – ou então alguém faz uma interpretação errada da lei.
Porém é bom que diga que, apesar deste quadro de miséria, Portugal ainda é dos países mais seguros para se viver. Mas se não forem tomadas medidas concretas para combater o sentimento de impunidade, algo acabará mal. É assim que acontece em todo o lado E lá aparecem os estados policiais...
Kill them all.
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