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20 de mai. de 2010

Minha vida boa sem TV aberta.

Por causa da reforminha secular que está corroendo a minha casa...
A reforminha da minha casa

... fui obrigado a desligar a parabólica e me submeter a um jejum forçado de TV.
Parabólica desligada

Porém, como tudo na vida tem prós e contras, as semanas de abstinência produziram bons frutos que vale a pena compartilhar:

Consigo passar mais tempo na frente do computador:
Passar mais tempo na frente do computador
não atraso mais os cronogramas, por estar hipnotizado olhando Datena, Ratinho, Pica-Pau, Pânico na TV, CQC... e é lógico, o UFC Sem Limites aos sábados, sem esquecer do CSI todos os dias.

Minha cara-metade consegue ver seus seriados enlatados americanos preferidos na Internet.
Seriados na Internet
Vantagens: você só vê o que gosta, quando quer, quanto quer e o resultado é baixa a sua média de tempo plugada vendo programas idiotas, tais como o lixo do TV Fama e as novelas de Globo, que carecem dos aspectos educativos e culturais do Ratinho e Datena, ou do incentivo sadio à prática de esportes do UFC.

Meus prazeres na cama aumentaram:
Prazeres na cama
acredita, a TV causa insônia porque cria um tsunami no teu cérebro!

Meus prazeres à mesa se multiplicaram:
Prazeres do estilo de vida slow food
já que agora posso me dedicar às delícias do estilo de vida slow food.

Sobrou-me mais tempo livre para usufruir as emanações transcendentais da música.
Prazeres transcedentais da música

Aumentou o meu contato com a natureza.


Nunca mais me estressei no trânsito, na ânsia de chegar correndo em casa a tempo de pegar o Datena.


Enfim... me libertei de todos os meus vícios!

3 comentários:

  1. Poh cara não acredito que você dava audiência a porcaria da tv aberta. Minha casa não prescisou nem ser "destruida" para que eu repudie a tv aberta. Sem dúvida ficar plugado na internet é muito mais proveitoso. Até escrevi sobre isso.
    http://connecting-neonerds.blogspot.com/2010/02/televisao-aberta-brasileira-o-resultado.html

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  2. O post levou-me a reflectir como deveria ser tranquila a vida à 60 anos atrás (que não vivi), o pouco que sei foi extraído dos jornais daquela época que estão na Biblioteca Nacional. Uma relíquia. O que imagino é muito subjectivo. Certamente será utopia.

    As mãos tinham a sua importância. Os negócios faziam-se com um simples aperto de mão.

    Os homens cuidavam do jardim, manejavam pincéis e tintas, consertavam coisas eléctricas, subiam ao telhado e sabiam de canalizações. As tarefas não eram delegadas, eram distribuídas. Tudo se consertava: um rádio fanhoso, uma mesa manca, uma fechadura romba, uma persiana encalhada.
    Ninguém deitava nada fora, nem ricos nem pobres. Deitar fora era um sinal de má-criação e desperdício. As pessoas eram bem-educadas e ensinavam os mais novos a não desrespeitar os mais velhos. Não existiam lares de terceira idade. Nem creches.

    Não falo desse tempo como de um tempo ideal.

    Andámos um longo caminho. O problema é que destruímos e substituímos tudo o que estava para trás e algumas das coisas que destruímos precisamos delas. Sentido de honra e decência, são apenas exemplos.

    Hoje a única coisa que temos verdadeiramente nossa é a vida privada.

    Um inventor pode inventar o que quiser. Assim, quando partilhamos a nossa vida com alguém que é o nosso amor, uma conversa, um livro, um sorriso, representam a essência da beleza.

    Quando olhamos para os bons exemplos, sentimos algum conforto.

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  3. Um pouco de abstinência televisiva faz bem pra todo mundo.
    Abraços...

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