Só os homens sabem o quanto é difícil manter as aparências de macho dominante e ter que chorar num cantinho por força dos estereótipos que o imunizam a priori contra as crises, as mesmas que as mulheres aceitam, elaboram e resolvem.
Quando perdemos o emprego (e começa a crise do desemprego), praticamos terra arrasada e tendemos a entrar em depressão catatônica progressiva.
Somos os únicos a sofrermos com a evolução da síndrome couch potato.
Nossa barriga vale definitivamente para o resto da vida, enquanto a das mulheres é provisória em função dos contingenciamentos da vida.
Temos que manter a pose de super-homens, mesmo quando a vaca foi para o brejo e o circo pega fogo...
… e quando damos qualquer escorregadela em nossa macheza, nos rotulam de metrossexuais.
Quando o homem se separa, fica vazio, sem casa, sem dinheiro, sem filhos e provavelmente sem saúde, com grandes chances de virar louco de rua.
Ninguém entende os porquês do nosso medo de médicos... talvez, tudo fruto da nossa imaginação assoberbada.
Toda a nossa força e confiança espiritual se resume ao sucesso da intumescência de um mero detalhe anatômico.
Aqui está virando blog de comportamento.
ResponderExcluirJá ouviu falar em linguagem dos Blogs? Aqui não é lícito que um assunto não se esgote como se fosse num livro de tomo grosso. Assim, a solução é encadear vários posts remissíveis. Au revoir!
ResponderExcluirPor um instante tive dó dos homens mas passou rs =D(brincadeirinha) legal o post =*
ResponderExcluir(Pri)
Pri,
ResponderExcluirdignos de pena estes bichinhos cujo único trunfo é fornecer base ao pênis.
Adorei o post.
ResponderExcluirSerá?
ResponderExcluirA atracção física está muito presente nos primeiros momentos, mas tende a esbater-se abrindo um espaço que, das duas uma, ou fica vazio ou é preenchido por outras emoções mais estáveis e duradouras.
É um processo em tudo semelhante a aprender a dançar. Nas primeiras vezes não somos bem sucedidos, atropelamos o par, pisamo-lo, estamos até fora do ritmo mas, com a prática, o compasso vai ficando cada vez mais afinado até que o par se transforma num só.
Claro está que no início de uma relação as partes frágeis são escondidas e existe tendência para alimentar a fantasia.
Queremos parecer fortes e intocáveis aos olhos do outro porque, acreditamos, só assim conseguiremos despertar e manter vivo o interesse. Temos de ter a certeza que o afecto do outro não diminui por ficar a saber que também houve vezes em que fracassámos, fomos traídos, sentimo-nos pequenos.
É como ficar emocionalmente despido tendo a certeza que não surgirão juízos de valor,mas sim aceitação incondicional. Só baixando as defesas podemos mostrar o nosso verdadeiro Eu, e aí existe o perigo do sentimento do outro não ser suficientemente forte para aguentar uma bofetada da realidade, sobretudo se o que o une a nós for a paixão por uma imagem de perfeição.
Este despojamento acarreta o risco de nos magoarmos mas, também, permite que a relação se fortaleça.
É essa possibilidade de mostrar por completo as fragilidades que permite a construção de uma relação de cumplicidade. E que sensação aconchegante é termos junto a nós,alguém que aprendeu a amar-nos por aquilo que somos, não pelo que aparentamos ser que nos vê como um ser humano, feito de carne e osso, não como uma imagem idealizada ou um sonho de perfeição que, a todo o momento ameaça deixar de existir.
Alguém que descodifica uma mensagem em cada silêncio, em cada olhar, no mais pequeno gesto. Disto tudo se faz a cumplicidade e, assim se constrói a estrutura daquilo que é uma relação gratificante e harmoniosa... tal como um par que rodopia a ritmo certo, ao som de uma bonita valsa.
Mário,
ResponderExcluircom seu texto chegamos à conclusão de que nas relações harmoniosas não há sexo frágil, uma vez que os conflitos se resolvem mais a beijos do que a tapas.
Dizer a alguém que amamos “a nosso modo”, é uma maneira simples de não investirmos na relação.
ResponderExcluirDizer que se ama alguém não é nada difícil. O mais complicado é mostrá-lo na prática.
Hoje em dia usa-se a frase “eu amo-te” a torto e a direito, sem se sentir exactamente o que está implícito nessa afirmação. É que amar alguém é muito mais que a simples união de corpos.
Pressupõe uma união de almas, de projectos de vida, de expectativas, de sofrimentos, de alegrias, etc, etc. Para além disso, é muito fácil rematar-se a frase com o “…a meu modo”, pois esse é um saco onde cabe tudo o que queiramos lá colocar.
Não nos enganemos porque é pura demagogia!
Quem o afirma está imediatamente a dizer que não está disposto a fazer qualquer sacrifício ou concessão, mas espera que a parceira aceite essa ideia e reaja com generosidade. Digamos que existem dois pesos e duas medidas, uma vez que as pessoas que amam a seu modo, nunca se relacionam intimamente com outras pessoas que amam do mesmo modo que elas, ou seja, preferem aquelas que amam mais convencionalmente.
Isto porque, se assim não for, a relação não pode existir porque é o vazio total, já que está cada um voltado para o seu lado, vivendo enclausurado no seu mundo.
Na realidade, as palavras valem o que valem e quando não são acompanhadas de atitudes coerentes são sempre motivo de desconfiança. Por muito que a sociedade tenha mudado, o certo é que o ser humano continua a ter as mesmas necessidades emocionais de outrora e quem ama gosta de apaparicar o outro e, também, de ser rodeado de carinhos.
Sempre assim foi e sempre assim será.
Quando amamos alguém gostamos de fazer coisas para lhe agradar, ficamos felizes com os seus pequenos triunfos e estamos lá para apoiar nas quedas.
Amar é procurar construir uma relação sólida, que não vá ruir perante a primeira contrariedade.
Tudo isto é o oposto do simples cruzar de braços, escudado pelo egoísmo de um estilo de amar que só existe para justificar a incapacidade de se entregar por completo.
Adorei o post. Parabéns!!! ;)
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