Trago saudades do Mário Quintana e das suas ruas infinitas:
Sinto uma dor infinita
Das ruas de Porto Alegre
Onde jamais passarei...(*)
Sempre haverá uma janela aberta com uma moçoila à espera... suspirando de amor.
Escrevo diante da janela aberta.
Minha caneta é cor das venezianas:
Verde!... E que leves, lindas filigranas
Desenha o sol na página deserta! (*)
Porto Alegre destila calmarias em seus becos sem saída.
Jogos da luz dançando na folhagem!
Do que eu ia escrever até me esqueço...
Pra que pensar? Também sou da paisagem... (*)
É cidade que apraz quem se deixa cair nos seus interstícios.
Há tanta esquina esquisita,
Tanta nuança de paredes,
Há tanta moça bonita
Nas ruas que não andei.(*)
Qual Poeta não vislumbra a paragem impossível, a Passárgada dos poetas?
(E há uma rua encantada
Que nem em sonhos sonhei...) (*)
(*) versos de Mário Quintana [a magia da poesia].
Qualquer comentário retira a beleza do poema.
ResponderExcluirLoucura por conhecer
ResponderExcluirVampira Dea,
ResponderExcluirprograma obrigatório quando vieres aqui: ver o por do sol atrás da hidráulica do DEMAE da 24 de outubro.
Isaias Malta, mais uma vez me emocionei com tua postagem.
ResponderExcluirFomos recebidos, lá pela década de 70, pelo poeta.
Tive a imensa alegria de juntamente com minha professora de literatura e algumas colegas(estudei no Colégio Santa Clara, aquele atrás da Igreja São Pedro na Av. Cristóvão Colombo), passar uma tarde junto ao poeta Mario Quintana no antigo Hotel Magestic. Nessa tarde, tomamos chá no salão do hotel e depois falamos de poesia e muito mais no próprio quarto do poeta.Abraços.Sílvia.
Sílvia,
ResponderExcluire eu cruzava amiúde com o poeta andando nas cercanias da praça da Alfândega. No entanto, nunca tive coragem de interpelá-lo, só sua presença amena me bastava, a cuja silhueta acompanhava com o olhar até perder de vista. Enquanto isso, os jacarandás em flor derrubavam lilazes no calçadão...