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23 de mai. de 2010

A existência feminina através dos complexos.

Tirando os problemas de auto-aceitação, inferioridade perante as outras mulheres e a inesgotável capacidade de sentirem inseguras, as mulheres são seres adoráveis dignos de amor, mesmo que não possamos esquecer que a vida delas é uma sucessão de complexos gerados por sua inextrincável maquinaria psíquica.

Complexo Hello Kitty.
Complexo Hello Kitty
Até os 15 anos a mulher vive num mundo cor-de-rosa blindado contra lobos maus e gatinhos predadores. É saudável que isto aconteça, porque quando o estrogênio começar a jorrar... adeus paz e ingenuidade.

Complexo de Alice.
Complexo de Alice
Dos 15 aos 18 anos, a mulher sente intensa vontade de queimar etapas e antecipar os rituais de passagem da maioridade, mesmo que seja à custa do enfrentamento de chapaleiros malucos, rainhas de copa e gatos misteriosos. Tudo isso para tirar carteira de motorista e cair nos braços dos machos predadores, não necessariamente nesta ordem...

Complexo de Cinderela.
Complexo de Cinderela
… para depois dos 18 anos até o final da vida, continuar eternamente parecendo como se ainda tivesse 18 anos.

Complexo de Branca de Neve.
Complexo de Branca de Neve
A mulher passa a vida inteira buscando um príncipe encantando é só enfrenta anões pelo caminho, não necessariamente em número de 7.

Complexo de Bela Adormecida.
Complexo de Bela Adormecida
A mulher paga para dormir com uma anestesia geral, esperando acordar jovem para sempre, embalada em silicone. Todavia, nenhuma delas conta com o famoso efeito colateral dos “lábios limpa-trilhos”.
» Aspectos escabrosos do Transtorno Dismórfico Corporal.

3 comentários:

  1. Vixi, eu conheço várias que já dão lição pra Alice no meio da Hello Kitty.

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  2. Penso que estamos a falar de genética comportamental que se enquadra na ciência. Isto é válido para mulheres e homens. Talvez os cientistas tenham alguma explicação, eu como leigo, limito-me a constatar as fases descritas.
    Todas elas são reais e indesmentíveis.
    No fundo, presumo que seja o desejo de ser feliz, tal como os homens. Já Aristóteles afirmava, há mais de 2 mil anos, que a felicidade se atinge pelo exercício da virtude e não da posse.
    Estar feliz ou triste é um ir e vir. Apesar de difíceis, os processos de infelicidade também funcionam como um momento para amadurecer, pensar e repensar as atitudes, os projectos.
    A felicidade não é permanente, todos nós sabemos isso.
    Certamente não há respostas concretas do que leva até ela

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  3. Edu,
    fiz um exercício de crédito numa utopia de Hello Kitties ingênuas até os 15 anos. Sei que a TV transforma meninas inocente em velhacas fornicárias, mas ao recusar a realidade posta aí, reservo-me o mergulho na ironia por um lado, e por outro, confiar minimamente na Santa das Causas Impossíveis.

    Mário,
    lendo o velho Aristóteles, começamos a pensar que a felicidade está aí, quem sabe alcançável através do exercício da doutrina do meio-termo (mesotes), ou mais:
    "E por esta razão que se pergunta se podemos aprender a ser felizes, ou se podemos ser felizes graças ao hábito ou a algum tipo de exercício, ou então à providência divina, ou finalmente graças à sorte". Aristóteles - Ética a Nicômacos.

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