O imenso sucesso da série Crepúsculo despertado entre as adolescentes, resgata alguns valores que se julgavam perdidos para sempre, veiculados num tipo de romantismo cristalinamente impregnado de água-com-açúcar e fomentador da não consumação carnal.
Em tempos de liberação sexual, coquetel anti-AIDS, barebacking, pedofilia e as diversas instâncias do ficar, é saudável a constatação de que numa obra ficcional a ação sensual mais picante tenha sido um beijo na boca.
Esta tem sido a práxis da fase adolescente na história da humanidade, um período caracterizado por impulsos não completados, desejos reprimidos e muitos sonhos de olhos abertos. Sem perceber que haviam chegado a um filão esquecido e/ou desprezado pela moderna indústria do entretenimento, os produtores de Crepúsculo reintroduziram nas telonas a questão do amor platônico e inocente que fora aniquilada pelo cinismo imposto na pós-modernidade aos relacionamentos.
Não obstante as críticas dos cinéfilos puristas de plantão, que nada veem de extraordinário na saga dos meigos vampirinhos emos, é oportuno que a legião de adolescentes cultuem a série e se livrem momentaneamente da carga de consumação imediata da pornografia, sexo virtual e do sexting.
Talvez, a adolescência seja o tempo adequado e derradeiro da revolta difusa, do estranhamento e da umbilical dependência a uma tribo – tudo isso, sem a antecipação do sexo real ou virtual. Neste contexto, o conservadorismo permeado no roteiro de Crepúsculo subjaz o resgate da não sexualidade-explícita precoce e acena com uma luz no fim do túnel aos pais preocupados com o fantasma da gravidez na adolescência.
Assim, num clima de revalorização de antigos valores, não seria de estranhar que a virgindade voltasse à tona como uma coisa legal de ser cultivada e não como um bicho de 7 cabeças necessitando urgentemente de extinção. Tremam aqueles que tomavam a revolução sexual, e toda a sua implicação promíscua e deletéria, como um fenômeno irreversível!
Leia também o ótimo artigo de Ricardo Calil:
» O segredo do sucesso de "Crepúsculo".
A história realmente é legal, reforçam valores que há tempos tentam derrubar, mas vampiros são para filmes de terror, sedução sensual,questionamentos sobre vida e morte. Temas assim mais puros devem ser tratados então com anjinhos. Que não me façam os vampiros tomarem danoninho.
ResponderExcluirVampira Dea,
ResponderExcluireste é o real paradoxo do filme, seres sanguinários e impiedosos como os vampiros sendo usados como mote metaforizador para problemas de pertencimento e deslocamento típicos da adolescência, segundo as palavras de Ricardo Calil, porém, desfraldando valores há muito "old fashioned".
Isso é verdade mesmo, nos dias atuais as meninas principalmente não estão se dando valor, e o filme é interessante porque como você mesmo disse o mais longe foi um beijo na boca, a história é legal e tem muitos pontos positivos que as pessoas deveriam parar para pensar antes de criticar. Parabéns concordo com sua opinião.
ResponderExcluirachei esta crónica/artigo de opinião bastante caricato.
ResponderExcluiracho que nunca tinha pensado nesta saga desta forma :O
Estejam à vontade para visitar o meu humilde blog ;D
another-soul-out-in-the-open.blogspot.com
Num contexto sobrenatural é um atentado à inteligência dos jovens.
ResponderExcluirÉ o fruto da educação (familiar) e da escola que abdicaram de princípios e de valores.
Nunca é demais lembrar o peso e o significado destes problemas, uma vez que o aumento do diálogo afeta positivamente a correta previsão dos objetivos pretendidos. Todas estas questões, devidamente ponderadas, levantam dúvidas sobre se o desafiador cenário se estende ao alcance e a importância das direções preferenciais no sentido do progresso. Do mesmo modo, a consolidação das estruturas aponta para a melhoria das condições inegavelmente apropriadas.
ResponderExcluirvirgindade eu n sei, mas viadagem com certeza
ResponderExcluircara sinceramente sempre critiquei a serie, mais la no fundo tinha algo que me chamava atenção, algo que me impussionava a gostar.
ResponderExcluire lendo sua materia percebir que o fato de gostar da serie é isso.
eu gostei mais do primeiro que do segundo, espero que este terceiro me agrade, apartir do seu post mudei de opinão ao filme, mais mesmo assim ainda acho que o filme é feito apenas para faturar.
q mané virgindade,,,
ResponderExcluiro cara eh um GAY da porra... além de corno né!!!
vai ser viadinho assim la no curinxa!!!
discordo um pouco, ja que nos proximos filmes da saga vao ter cenas de sexo. e a protagonista está o tempo todo querendo isso (pra quem ja leu os livros), nao acontece somente pq ele acha que nao vai ter autocontrole suficiente e vai mata-la. enfim..
ResponderExcluirAh tah... Sim a Bela fica pensando em dar o tempo todo (já que estamos falando em entrelinhas) para o vampiro, que é meio boiola, pois afinal, nunca ultrapassa o sinal, daí só pode dar depois de casada e daí passar o resto da eternidade com um unico ser... Realmente... Não reclama mais de Crepusculo... É verdadeiramente terror isso...
ResponderExcluirVanessa, há uma fase na vida que tem que ser assim, é melhor. Agora, o negócio de passar o resto da eternidade com um único ser, é o único desejo de quem ama verdadeiramente.
ResponderExcluirpara as pessoas se o homem não "come" a mulher é porque ele é gay,é por isso que o mundo está assim hoje
ResponderExcluirGostei desta, hoje as coisas estão excessivamente canibalescas.
ResponderExcluiro mais longe foi o beijo na boca por que ele poderia matar ela ao tentar fazer sexo.
ResponderExcluirMas quem leu e conhece a historia até o fim sabe que ela sempre quis transar com ele. /mesentindosemcensura O_o
Edlaine,
ResponderExcluiruma das crises mais poderosas da adolescência, além das citadas do pertencimento e deslocamento, é a da não-consumação. É claro que a Bela quer ardentemente transar com Edward, mas o que está em jogo aqui é a imperiosa necessidade nesta fase da vida de que este desejo permaneça não consumado.
Quem infringe esta regra, infelizmente pode colher cedo o fruto da aparentemente doce escolha: gravidez precoce, doenças venéreas, AIDS e o fantasma da impotência masculina aos 30 anos.
Quem vê ou lê crepusculo com certeza é menina ou é frutinha, só de ver o trailer já da pra perceber que esse filme é pura boiolagem, uma piranha e um boiola.
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