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26 de jan. de 2009

Um simples ato de consultar o relógio em público pode acabar com a sua carreira!

O comportamento das figuras públicas tem consequências amplificadas em relação aos comuns mortais, já que milhões de olhos estão grudados em cada gesto e cada olhar. Contudo, as gafes cometidas por qualquer um de nós, mesmo se restringindo a um pequeno círculo de pessoas, podem trazer resultados catastróficos.

Um caso emblemático de gafe, que a mídia internacional não quis perceber, aconteceu durante a visita histórica do casal Obama à Casa Branca. Logo que saíram da limusine,
os casais George Bush e Laura Bush, Barack Hussein Obama e Michelle Obama posam para as fotografias. Enquanto os dois presidentes ficam em lados opostos e as mulheres lado a lado, a Sr. Laura cometeu o ato patético que faltava antes de passar copa e cozinha para a Sra. Michelle: consultou o seu relógio diante das lentes globais.
Laura Bush consultando o relógio em público
Quando flagrei este instante de distração da ex-primeira dama dos Estados Unidos, muitas coisas me passaram pela cabeça. Terá sido tédio com aquelas longas cerimônias protocolares? Terá sido o resultado do seu pouco apreço pelo casal Obama? Por ventura ela estaria atrasada para um compromisso importante? Neste caso, haveria algo mais importante do que a tal “visita histórica” que estava acontecendo?

Logicamente a imprensa global é babaca ao ponto de ter extirpado esta pequena e patética cena da maioria dos vídeos posteriores da visita, assim como ela extirpou da cobertura da posse de Obama as gigantescas vaias que o pior presidente da história dos Estados Unidos levou de 2 milhões de pessoas concentradas no National Mall em Washington. Mas, como confio na minha memória e nos meus poderes heurísticos para resgatá-la dos confins da Internet, eis que achei o vídeo da Fox News, que teve a decência de deixar quase na íntegra o instante que me impressionou. Digo quase, porque eles foram suficientemente calhordas para colocar um banner enorme que tapou a mão da mulher, mas sobrou corpo suficiente para provar o que estou dizendo.


Depois da ilustração do momentoso caso da Laura Bush, podemos falar do ato genérico em si, para chegar à conclusão de que consultar o relógio sempre envolve uma série de fatores altamente desabonadores e talvez corrosivos para a ascensão social.

- Quando você está com conversando com uma pessoa ou amigo, olhar o relógio pode significar enfado com a conversa, desejo de fim do papo, desagrado com a presença do amigo, pensamento voando longe, ou seja, você está querendo encerrar o encontro. Sempre que estou conversando com uma pessoa e ela olha o relógio, para mim o assunto está encerrado e confesso que fico magoado e passo a ser reticente quanto a novos encontros.

- Quando você está participando de uma mesa de conferência, a pior coisa que você pode fazer é consultar o seu relógio. Explico, caso o orador te veja, ele vai perder instantaneamente o rebolado, pois vai desconfiar que está sendo maçante, ou sendo prolixo, ou uma série de dúvidas que vão lhe assaltar e tirar a concentração. Em suma, você pode derrubar um orador simplesmente consultando o seu bendito relógio!

Você está de frente para a platéia e certamente alguém de lá vai perceber o ato deselegante. Então podem pensar por um lado, o orador realmente é um chato, ou está se estendendo além da conta, mas por outro lado, quem estiver gostando da palestra pode julgá-lo pernóstico, inoportuno, apressado, negligente, desatento, etc.

A conclusão para mim é muito simples, o ato de consultar o relógio em público deve ser tão cercado de reservas quanto fazer xixi. Os melindres que uma simples olhada no pulso podem causar tendem a desabar uma avalanche contra as suas pretensões sociais futuras.

Imaginemos que hoje você comete uma gafe destas com um colega de trabalho, hoje hierarquicamente igual ou inferior a você. Só que mais tarde, a mesma pessoa aparece na sua frente como o CEO da empresa. Certamente que com aquela impertinente olhadela de relógio você corre o risco de colher frutos amargos, que podem te custar perdas altamente lamentáveis. Por quê? Simplesmente porque, assim como a Laura Bush não pôde esquecer o maldito relógio numa cerimônia protocolar global, você continua insistindo em ofender seus interlocutores consultando-o em ocasiões de relacionamento sociais informais ou formais. (O que dizer do ato nos relacionamentos íntimos, nestes as consequencias são hecatômbicas!)

Para combater este ato simplório, estabeleça uma disciplina por associação de idéias. Cada vez que você sentir uma coceira para dar uma esgueada de olhos no pulso, pense em fazer xixi em público e na repulsão que este ato causaria. Saiba que para os seus interlocutores, um ato não está muito longe do outro em termos de desfaçatez.

4 comentários:

  1. Oii Isaias!
    Acho que eu fui a única no mundo a não ver a posse do digníssimo presidente dos states.
    Realmente é horrível isso, eu lembro que quando eu apresentei minha monografia de fim de curso de graduação, (em 2003), um membro da banca toda hora ficava olhando o relógio, isso me deixou tao fora do rumo e dos eixos, eu não sabia se estava dentro do prazo ou não.
    Eu não tenho relógio de pulso, mas tenho uma outra mania que talvez seja ate pior, é não olhar pra pessoa quando ela fala comigo, eu detesto olhar nas pessoas e não curto que elas façam o mesmo comigo.
    Quanto ao relogio, a melhor maneira e um relógio de bolso, escondido no paleto se for homem ou no bolso se for mulher, aí você olha de forma discreta.

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  2. Desculpa mas eu realmente acho que ela não olhou o relógio. Ela deve ter sentido alguma coisa no braço... sei lá. Mas não acho que ela tenha olhado as horas.

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  3. A melhor maneira de olhar o relógio enquanto conversa com alguém é ... olhar o relógio dele/dela. Discretamente, é claro. Sempre faço isso e dá certo.

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  4. Kra tbm concordo, ela naum olho no relogio. e so ver a posição dos olhos dela, ela olhou no rumo do cotuvelo...

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