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30 de set. de 2008

Como os computadores atuais seriam se as previsões de 50 anos atrás tivessem se confirmado?

Caso tivessem se confirmado as previsões feitas na primeira metade do século XX sobre os computadores atuais, eles hoje pesariam toneladas com suas milhares de válvulas. Um dos assuntos mais interessantes é a futurologia retrô, quando podemos nos divertir com a visão ingênua dos nossos antepassados, pelo menos no tocante aos espantosos avanços na área da informática.
Antes terem sido desenvolvidos os recursos tecnológicos que possibilitaram a fabricação dos primeiros computadores eletrônicos, a idéia de “máquinas pensantes” já frequentava a imaginação fértil de cientistas visionários e escritores de ficção científica, que deram asas à imaginação num tempo em que os sonhos não iam além dos aparatos mecânicos.

O computador sonhado para 1948 – nasce a comutação eletrônica.
Aqui vemos uma imagem que mostra claramente como o computador era antevisto para o futuro. Eis o Calculador Eletrônico Seletivo Sequencial previsto anos antes para ser lançado em 1948.
Na realidade você está vendo apenas uma parte dele. A coisa toda ocupava a área equivalente a uma metade de um campo de futebol. Ele tinha 21.400 relés e 12.000 válvulas e impressoras tão grandes quanto rotativas de jornal.
A imagem não mostra a penas o design do computador, já que ele se confunde com a própria arquitetura, quando você não consegue distinguir onde o computador termina e a construção começa.
Esta é a visão “premonitiva” que os visionários daqueles tempos tinham sobre o aspecto dos computadores atuais. Eles seriam grandes e massivos, que à medida que crescessem se tornariam cada vez mais poderosos, que seriam operados por engenheiros trabalhando como se fossem sacerdotes de um Deus eletrônico, zumbindo no seu templo de ar condicionado, onde o silêncio no seu interior seria perturbado apenas pelos cliques dos relés e os leves sussurros de leitores de fitas – sons que soariam como um canto gregoriano de uma Nova Era.

Um modelo de computador concebido na década de 50, sonhado para 2004.
"Os cientistas da RAND Corporation criaram este modelo para ilustrar como um “computador doméstico” se parecerá no ano de 2004. Contudo, o custo extremamente elevado, fará com que o aparato não seja acessível ao poder aquisitivo da maioria das famílias.

Os cientistas admitem que tal computador exigirá tecnologias ainda não implementadas, porém, daqui a 50 anos, à medida em que o progresso científico avance, os problemas serão resolvidos. Eles supõem que a otimização obtida pela interface à base de impressora, aliada às facilidades da linguagem Fortran, a operação do computador poderá ser tranquilamente dominada por qualquer pessoa."
Update: O usuário Mandunga esclarece que a foto acima é um "Fake" (que já saiu no Uêba), a foto não, mas o texto que a acompanha. A foto se trata, na realidade, de um simulador de submarinos, isto explica o intrigante timão à esquerda. Porém, mesmo depois do esclarecimento, ela não perde a validade em seu simbolismo sobre como a futurologia retrô da década de 50 antevia o progresso da informática. Uma coisa pelo menos o texto não falsifica, o Fortran nasceu realmente naqueles tempos e representou um incrível avanço em relação à programação feita diretamente em linguagem de máquina através de plugs. A bem da verdade, este "computador Fake" é exageradamente "portátil" em relação ao que se pensava naquela época sobre computadores futuros.

Fontes:
Eletronic Brains.
The IBM Selective Sequence Electronic Calculator.

5 comentários:

  1. "aliada à facilidade da linguagem Fortran": pelo visto também não previram que algo como Python um dia pudesse existir... ou mesmo Basic, pra começar.

    E agora imagino quais erros crassos estaremos cometendo em relação ao nosso próprio futuro. Obviamente, só o futuro dirá...

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  2. Bruno, você acaba de ganhar o prêmio de leitor nº 1 do blog, quando mando a viagem para New York? Brincadeirinha. Estive tentando a colocar entre aspas a questão do Fortran, mas imagine naqueles tempos em que o pessoal programava diretamente através em binário realizando comutações com plugs e, de repente, aparece uma linguagem de alto nível chamada Fortran? Era o máximo que eles podiam realizar para o futuro distante.
    Você tem razão sobre os erros que cometemos sobre o futuro, assim como o Fritz Lang, quando concebeu o Metrópolis, não tinha capacidade de imaginar algo que fosse além dos aparatos eletro-mecânicos, nós estamos engessados pelo paradigma dos microprocessadores miniaturizados.
    Para daqui a 50 anos, os nossos sonhos são tão esdrúxulos quanto aqueles, ou mais.

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  3. Mande viagem para 5, por favor. Pensando bem, 4, Token vai ficar no compartimento de bagagem. =P

    Ah, bem lembrado, Fortran realmente era uma mão na roda... mas naquela época ainda não existia o C? Sinceramente, Fortran é um incômodo desencessário, sei porque já programei...

    Mas pelo menos temos mais alternativas a pensar: computadores quânticos e talvez até biológicos (vai saber quando fizerem um processador do cérebro de uma planária...). Ainda assim, posso ver meus netos rindo de "Minority Report" e coisas do tipo...

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  4. Colega, esta última foto que aparece, bem como o texto que a acompanha, é fake! Na verdade se trata de um simulador de submarinos.
    Essa história já apareceu no Ueba...

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  5. Mundunga:
    Obrigado pelo esclarecimento do Fake, mas mesmo assim ela vai ficar porque acho que não está destoante do futurologia tecnológica do passado.
    Neste caso, sendo fake, podemos dar boas risadas e, melhor, vou fazer um update no post.

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