Páginas

Pesquisar

5 de nov. de 2009

O Estupro da Bomba Atômica sob um dia ensolarado.

Bomba atômica é um estupro
A bomba mais destrutiva já construída, que constituiu um estrupro contra a humanidade, foi genialmente captada em seus aspectos tragicômicos por Stanley Kubrick no seu filme Dr. Strangelove de 1964. A trama termina com a explosão de todo o arsenal atômico das duas superpotências num conflito final sob os acordes suaves de “We'll Meet Again” de Vera Lynn:
We'll meet again,
Don't know where,
Don't know when
But I know we'll meet again some sunny day



O poetinha Vinícius de Morais imortalizou os efeitos devastadores do fálico cogumelo atômico na sua Rosa de Hiroshima:
Rosa de Hiroshima
20 anos depois em Chernobyl - Fotógrafo Robert Knoth [PixelPress].
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas

Mas oh não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária

A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica

Sem cor sem perfume
Sem rosa sem nada

Referências:
Resenha do filme Dr. Fantástico-Dr. Strangelove [Kollision].
Letra da música We'll Meet Again [Muita Música].

7 comentários:

  1. Seria lindo se não fosse trágico. Às vezes me pergunto se o homem não teria poder demais nas mãos. O que mais me incomoda é que ainda não estamos livres da bomba atômica. Paises como India, Paquistão e Coreia do Norte, que mal tem meios para alimentas suas respectivas populações, resolveram "brincar de superpotências". No Brasil, armas nucleares são proibidas pela Constituição. É verdade que esta proibição foi implementada em uma época em que o Brasil não tinha tecnologia para produzir armas nucleares, portanto não fazia diferença mesmo. Mas esta capacidade técnica acabou por ser conseguida. Então foi bom a proibição. Mas isso não é suficiente. É necessário que haja pressão internacional (e o bom exemplo das potências nucleares) para a completa extinção deste tipo de armamento. Não faz sentido a política norteamericana do "faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço".

    http://gilvan.apolonio.com.br

    ResponderExcluir
  2. Não sei porque, mas os Ainus e Chineses não ficaram tristes com a destruição de hiroshima... a hipocrisia é otima para esqueser genocidios passados.

    ResponderExcluir
  3. Quem é pais terrorista no mundo?

    ResponderExcluir
  4. Apocalipse existe.

    Etimologicamente, apocalipse significa revelação. O termo foi sendo deturpado ao longo dos anos - e hoje todos o tomamos, no mundo ocidental, como sinónimo de fim do Mundo.
    No Haiti aconteceram as duas coisas: revelação e fim.
    Fim. Não do Mundo, mas de parte de um povo que vive nas trevas há muitos e muitos anos. Das trevas brotam horror e dor. É isso que brota, minuto a minuto, daquela esquecida ilha das Caraíbas.
    Revelação. De um povo esquecido, vítima da instabilidade política causada durante anos a fio pelo clã Duvallier, que meteu as mãos num balde de sangue, sem dificuldade, para controlar o país (um óbvio eufemismo para definir o Haiti). E vítima da miséria social: bem mais de metade da população (cerca de nove milhões de pessoas) vive com menos de dois dólares por dia.
    O tempo é, obviamente, de acção. O Mundo, ou uma boa parte dele, mobilizou-se rapidamente para ajudar os vivos e enterrar os mortos. É um bom sinal. Desde logo, porque a sensação, tantas vezes sentida e vivida noutras catástrofes naturais que arrasaram povos e em intervenções de ditadores sanguinários que agiram impunemente, de que o que se está a passar fica lá bem longe e não chega para incomodar o nosso pacato quotidiano, essa sensação parece ter sido ultrapassada pela enormidade da tragédia haitiana.
    A tarefa é ingente. A sensação de ser impossível lutar contra o tempo para salvar o que pode ser salvo deve corroer o coração de todos quantos estão no Haiti a ajudar o que sobra daquele povo que tem a vida e a alma desgraçadas.
    Tudo isto é verdade. Mas nada disto deve fazer-nos esquecer que há uma reflexão a merecer espaço nas nossas cabeças. Actuar a jusante não basta. Por muito que isso reduza a nossa pena e salve pessoas, talvez seja necessário encontrar forma de a comunidade internacional conseguir agir a montante, ajudando, entre outras coisas, a erguer infra-estruturas que não desabem ao primeiro sopro.
    O sismo foi violento, mas a foice só tomou conta de tantas vidas porque tinha o trabalho facilitado.
    A nossa obrigação é complicá-lo, única forma de evitar novos apocalipses.

    ResponderExcluir
  5. Mário, também compartilho desta visão da descontinuidade do apocalipse. Para o Haiti, o fim do mundo chegou na forma de mil trombetas do Senhor dos Exércitos... e tudo foi arrasado... e não restou pedra sobre pedra.
    Enquanto isto, brasileiros e americanos ruminamos placidamente nossos McDonalds, o fim do mundo não nos atingiu, preferiu se abater sobre um paraíso tropical caribenho.

    ResponderExcluir
  6. Meus caros:Mário e Isaías!
    Nestes casos de catástrofes naturais e tragédias provocadas por humanos, enquanto localizadas, não há que se falar em Apocalipse, mas sim em PRINCÍPIO DE DORES, porque os acontecimentos do Apocalipse afetará o Mundo inteiro de uma forma ou outra, material ou sentimentalmente, mas afetará a todos.
    Apocalipse não é o fim do Mundo, Deus não fez o Mundo para depois destruí-lo, mas será a restauração de tudo ao original, como Ele criou. Por causa do pecado o caos tomou conta de tudo, mas quem vencerá será Deus, com sua justiça, punirá a todos quantos contribuíram para que isto acontecesse e salvará aqueles que se arrependeram de seus pecados, aceitando a Cristo como seu Salvador. Muito simples, mas as pessoas não aceitam isto e ficam complicando com filosofias, livres pensamentos e outras tantas saídas inúteis, acabando por perder a salvação de sua alma. É uma pena!

    ResponderExcluir
  7. Meus caros:Mário e Isaías!
    Nestes casos de catástrofes naturais e tragédias provocadas por humanos, enquanto localizadas, não há que se falar em Apocalipse, mas sim em PRINCÍPIO DE DORES, porque os acontecimentos do Apocalipse afetará o Mundo inteiro de uma forma ou outra, material ou sentimentalmente, mas afetará a todos.
    Apocalipse não é o fim do Mundo, Deus não fez o Mundo para depois destruí-lo, mas será a restauração de tudo ao original, como Ele criou. Por causa do pecado o caos tomou conta de tudo, mas quem vencerá será Deus, com sua justiça, punirá a todos quantos contribuíram para que isto acontecesse e salvará aqueles que se arrependeram de seus pecados, aceitando a Cristo como seu Salvador. Muito simples, mas as pessoas não aceitam isto e ficam complicando com filosofias, livres pensamentos e outras tantas saídas inúteis, acabando por perder a salvação de sua alma. É uma pena!

    ResponderExcluir