O processo político brasileiro é uma palhaçada, só que armada por palhaços profissionais com carteirinha de sindicato e tudo. Depois, não me venham reclamar do amador Tiririca entornando o caldo, que por mais que se esforce, jamais atingirá a maestria “palhacial” dos altos prepostos da república.
Coincidentemente, no bojo das palhaçadas eleitorais, a Rede Record de Televisão está lançando agora, justamente quando o circo pega fogo, um reality show onde você NÃO TERÁ OBRIGAÇÃO DE VOTAR(*) em palhaços durante três meses, nem será coagido a assisti-los.
O diabo é que os políticos fazem das tripas coração justamente para isto; adubar através do nosso eterno ódio e distância das suas estultícias e desmandos, o terreno fértil do continuísmo:
Voltando às subcelebridades que interessam, de Geyse Arruda à Mulher Melancia, decidi coligir uma série de aforismos sobre o assunto, que ilustram o quanto seria muito mais edificante se fôssemos compelidos a votar nos ilustres animaizinhos da Fazenda, ao invés de sermos obrigados e coagidos a participar do circo de horrores de Brasília.
Frases desconstrutivas sobre as subcelebridades achadas no site filosófico Twitter:
@fumantepassivo: A Fazenda: um programa para mostrar que as subcelebridades que você achava meio bobinhas são completamente idiotas.
@leodinov: Quer votar num cara engraçado? Vota no Plinio, não nas bestas dessas subcelebridades!
@raraujo28: A Fazenda 3: subcelebridades provando que merecem ficar no ostracismo. Ahhh, e quem disse para essa mulher-elefanta que ela é gostosa?
@luan_russi: Fazenda 3, o reality que maltrata os animais, fazendo com que eles convivam três meses com subcelebridades sem maquiagem, está de volta.
@abreuneto: Dani Winits prenha de ex-chiquitito, Dado Dolabella preso com maconha... me diz Brasil, tem como não amar as nossas subcelebridades?!
Frases desconstrutivas sobre os políticos de Brasília:
Saída estratégica à la Copélia: “Prefiro não comentar!”
(*) Ufa! Ao contrário dos arautos de Brasília, que se julgam no direito de nos manter votando por obrigação e a cabresto, na TV a palhaçada é facultativa. Logo, deveríamos lutar para tornar um direito e não um dever rir, ou não, das piadas infames que eles nos metem a cada eleição.
Revisitando e actualizando.
ResponderExcluirOs famosos “ Coronéis “ e as suas oligarquias que se perpetuavam nos tempos, através da força do seu poder, principalmente o económico e o de coação popular, já que eram os ricos e poderosos senhores, donos de fazendas de gado, plantações de café e cana de açúcar, que decidiam quem deveria ser eleito, “reinavam em absoluto” e, o povo humilde e analfabeto, simplesmente obedecia sem contestar.
Os conhecidos “Currais Eleitorais”, duraram muito tempo, nos pequenos municípios e cidades perdidas e esquecidas no meio do Brasil.
Houve eras, em que o voto foi indirecto, os parlamentares aliados ao poder, escolhiam em “Colégios Eleitorais” os representantes do povo, principalmente na Era Vargas e na Ditadura Militar.
Hoje, é proibido o abuso do poder económico nas eleições! Compra de votos, transporte de eleitores, mimos, sob pena de impugnação de uma candidatura, pois trata-se de um desrespeito à Justiça Eleitoral.
Ricos e pobres, podem participar de igual para igual, independentemente do grau cultural, económico, de cor, cunho ideológico ou religioso, de acordo com as normas do Código Eleitoral.
O voto, é o exercício da cidadania no seu mais pleno sentido da Democracia, o povo escolhe os seus representantes para o Parlamento, que decidirão os destinos da Nação.
Exceptuando a “obrigação de votar” em teoria está correcto.
Teoria, porque não sei se na prática funciona de harmonia com as regras.
Acresce o “ Projecto Ficha Limpa “?
Reflexão sobre Portugal no contexto de eleições.
ResponderExcluirMatamos duas e três vezes os nossos poetas. Os políticos, esses, servem-se deles para adiantar conhecimentos literários de duvidosa autenticidade. Torga, Sena, O'Neill foram os mais citados por presidentes da II República. Mário Soares conheceu quase todos. De muitos, foi amigo. Ouviu de Torga, de Sena e de O'Neill mordazes palavras recriminatórias.
Era outra gente,que se deixava levar pelo poder da ironia e do sarcasmo.
Procedia de uma geração sem equívocos e sem ambições de soldo ou de glória.
O sonho de liberdade alimentou a vida e iluminou a obra dessa gente. Mário Soares sentou à mesa do Palácio de Belém o que de melhor havia na literatura portuguesa.
Ramalho Eanes, com a decência comum ao cavalheiro da aristocracia de província, nunca alardeou as suas amizades intelectuais, mas tinha-as, honrava-as e respeitava as plurais tendências de cada qual. Com discrição e decoro chegou a ajudar alguns e a tentar corrigir injustiças, como no caso de Natália Correia.
Também tivemos sorte, nesta matéria, com Jorge Sampaio. Acaso foi timorato em excesso, quando presidente. Porém, seria incapaz de confundir Thomas Mann com Thomas More. Não era adepto da superstição do consumo, não era frequentado pela ironia, mas emocionava-se com a condição humana.
Cavaco Silva constitui um intervalo por vezes doloroso, amiudadamente cómico, e sempre torturante: não é homem animado pelas apoquentações do espírito. E se nunca está à vontade num ajuntamento, quase entra em pânico num grupo de pessoas medianamente letradas.
A Presidência da República, com excepção do interregno salazarista, possui a tradição de ser ocupada por homens dados à cultura e à curiosidade literária. Estes atributos não fazem, necessariamente, um bom executante do cargo, mas ajudam muitíssimo.
Um presidente de recursos culturais escassos, medíocres e insistentes, não só banaliza a função como causa a zombaria. Sabe-se: Cavaco Silva chegou aos altos cumes do Estado por uma simbiose milagrosa, casual e disparatada que a História, por vezes, concebe e concede.
Não foi um grande primeiro-ministro, pelo contrário; é um Presidente marcante pela negativa.
Ora, perante estas amargas evidências, não surpreende que Manuel Alegre se "disponibilize" para "entrar na luta."
Difícil, sem dúvida mas ele possui uma vida numerosa, intensa e arriscada, que cauciona o humanismo de voz alta, próprio de quem não confunde razões de coração com as imposições da tabuada.
Mário,
ResponderExcluirsurpreende-me que o discorrer sobre política provoque tamanha pulsação da veia literária. Assim discorrida, esta arte milenar da trapaça adquire contornos platônicos.
O que é bom para o espírito, assaz impregnado em misto de chistes e precauções.
Às vezes eu agradeço por ainda não ter idade em que o voto torna-se obrigatório...
ResponderExcluirYouko Sakury,
ResponderExcluiragradeça enquanto é tempo por esta dádiva, pois logo, logo eles põem o cabresto do voto pro resto da sua vida.
Com a sua permissão, vou postar uma despretensiosa " visão " logicamente subjectiva.
ResponderExcluirDantes, tinha a ideia de uma gente alegre e bem disposta, com uma cantiga nos lábios, um samba no corpo e paz no coração.
Estou a falar de uma nação com 192 milhões de habitantes. O Brasil.
O american dream em versão brasileira permitiu que um operário, mais concretamente um sindicalista de vocabulário limitado que não pertencia à classe política dominante ascendesse ao Palácio do Planalto.
Chegou ao poder com ideias malucas como fome zero, bolsa-família e bolsa-escola,” a bandeira do combate à desigualdade social” que tanto apertou a mão a Barack Obama como a Hugo Chavez, não porque seja inocente ou lerdo, mas porque estar ao lado do homem que manda no mundo e do homem que se senta sobre tanto petróleo lhe interessa, a politica de “ dar-se bem com Deus e com o Diabo”
Não é de esquerda nem de direita, um líder popular, uma espécie de “ Rei da escola de samba”, do povo da “rocinha”, das praias do nordeste, dos bairros mixurucas, do bonde, do trem, do chinelo no dedo e da geladinha.Deste povo fervorosamente católico mas que acredita na macumba e é viciado no jogo do bicho.
A sua política económica foi conservadora, ambivalente e paradoxal.
Encostou-se à economia (mercado) capitalista porque no mundo em que vivemos não há alternativa. O Brasil avançou ao som de um samba de uma nota só.
Fui assistindo incrédulo a uma multiplicação de histórias de corrupção, favorecimento e enriquecimento ilícito.
Leio sobre o que Lula da Silva entende da sua reforma política: "Vou pegar o telefone e filha, porque eu não consegui fazer'." Leio Dilma arrumando correctissimamente o que ela acha ser uma malfeitoria: "Foi um mal-feito."
Alegam os seus defensores que é “ o pai dos pobres “.
Eu acrescento, “a mãe dos banqueiros”
Mario,
ResponderExcluiré por aí que irá o julgamento da história, quando se desvanecerem os últimos resquícios do assistencialismo.
Mais didáctico, impossível...
ResponderExcluirOcorrido em 1931
Contudo, parece que foi escrito para o Brasil de hoje!
Um professor de economia na Universidade Texas Tech disse que nunca reprovou um só aluno antes, mas tinha, uma vez, reprovado uma classe inteira.
Esta classe em particular tinha insistido que o socialismo realmente funcionava: ninguém seria pobre e ninguém seria rico, tudo seria igualitário e 'justo'.
O professor então disse, "Ok, vamos fazer uma experiência socialista nesta classe. Ao invés de dinheiro, usaremos as vossas notas nas provas."
Todas as notas seriam concedidas com base na média da classe, e portanto seriam 'justas. ' Isso quis dizer que todos receberiam as mesmas notas, o que significou que ninguém seria reprovado. Isso também quis dizer, claro, que ninguém receberia um "A"...
Depois que a média das primeiras provas foi tirada, todos receberam "B". Quem estudou com dedicação ficou indignado, mas os alunos que não se esforçaram ficaram muito felizes com o resultado.
Quando a segunda prova foi aplicada, os preguiçosos estudaram ainda menos - eles esperavam tirar notas boas de qualquer forma. Aqueles que tinham estudado bastante no início resolveram que eles também se aproveitariam do comboio da alegria das notas.
Portanto, agindo contra as suas tendências, eles copiaram os hábitos dos preguiçosos. Como resultado, a segunda média das provas foi "D".
Ninguém gostou.
" Continua"
"Continuação"
ResponderExcluirDepois da terceira prova, a média geral foi um "F".
As notas não voltaram a patamares mais altos mas as desavenças entre os alunos, buscas por culpados e palavrões passaram a fazer parte da atmosfera das aulas daquela classe.
A busca por 'justiça' dos alunos tinha sido a principal causa das reclamações, inimizades e senso de injustiça que passaram a fazer parte daquela turma.
No final das contas, ninguém queria mais estudar para beneficiar o resto da sala. Portanto, todos os alunos repetiram o ano... Para total surpresa deles.
O professor explicou que a experiência socialista tinha fracassado porque ela foi baseada no menor esforço possível da parte de seus participantes. Preguiça e mágoas foram o resultado. Sempre haveria fracasso na situação a partir da qual a experiência tinha começado.
"Quando a recompensa é grande", ele disse, "o esforço pelo sucesso é grande, pelo menos para alguns de nós. Mas quando o governo elimina todas as recompensas ao tirar coisas dos outros sem seu consentimento para dar a outros que não batalharam por elas, então o fracasso é inevitável."
"É impossível levar o pobre à prosperidade através de legislações que punem os ricos pela prosperidade. Cada pessoa que recebe sem trabalhar, outra pessoa deve trabalhar sem receber.
O governo não pode dar para alguém aquilo que não tira de outro alguém.
Quando metade da população entende a ideia de que não precisa trabalhar, pois a outra metade da população irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao início do fim de uma nação.
É impossível multiplicar riqueza dividindo-a."
Adrian Rogers, 1931
Mario,
ResponderExcluirnão é somente socialistas que pregamm a divisão da riqueza. Tivemos um ministro ultra liberal chamado Delfim Neto que prometia distribuir a riqueza depois de "crescer o bolo". Até hoje esperamos este tal bolo.
Reflexão. Questionável, sem dúvida.
ResponderExcluirDei comigo a pensar se seria possível usar uma metáfora para tentar exemplificar a maneira como vejo a “ Nação Ideal “.
Não sei quando começou, imagino que desde sempre.
Ao se atribuir a alguém um cargo, director, gestor, etc., atribui-se-lhe logicamente poder. Ora, a pessoa passa a ter responsabilidade de programar, tomar decisões e dar ordens. Porém, existe uma grande diferença quando a categoria profissional e o poder são legitimados e se é aceite e reconhecido pelos outros, ou seja, por todos os que vivem no ambiente em que ele se move.
Se assim for ele é um líder.
O líder define os objectivos e transmite, a todos os níveis organizacionais, o valor do que vai ser executado. Motiva, gera orgulho, para que todos usem a inteligência e as suas energias. Não receia escolher os mais criativos, para as funções mais exigentes, delega nos mais dotados autonomia e decisão, consulta, informa, sistematicamente, num ambiente de respeito e harmonia e contribui com a sua competência. Depois, há que avaliar em conjunto os resultados, para que todos se sintam parte integrante e reconheçam a sua liderança.
Tudo isto funciona porque sabe orientá-los. É uma espécie de orquestra dirigida por ele em que todos participam com os seus conhecimentos.
Assim, forma uma comunidade a que todos se orgulham de pertencer e vivem o sucesso em conjunto.