Não foi somente a Fórmula 1 que nos brindou com o surreal carro de 6 rodas Tyrrel P-34 de 1975, já que esporadicamente surgem outros modelos mais bizarros ainda, de encher os olhos e esvaziar os bolsos. Estou falando de automóveis de 8 rodas que a princípio não teriam outra justificativa, senão a de multiplicar os custos de manutenção com pneus, rodas e suspensão.
Assim, no mundo real você apelaria para uma tunagem de 8 rodas porque quer fazer bonito na balada com a sua pickup estilo extreme tuning?
Ou você quer transformaria seu jipe Hummer H2 numa super limusine como esta?
Todavia, a história automobilística apresentou exemplos menos egocêntricos de carros de 8 rodas.
“Off-Road” alemão de 1936.
As estradas de 1936 não eram lá estas coisas, portanto, este carro prometia andar em terrenos tão ruins, que até Deus duvidava.
Nos anos 2000 entrou com toda a força a era do ecologicamente correto e com ela vieram os esforços para viabilizar carros totalmente elétricos. Porém, surgiu um problema: os motores elétricos de então não tinham potência suficiente para que apenas um propulsionasse o veículo. A solução foi o uso de vários motores elétricos que somados forneceriam o empuxo necessário. Com isto, voltou à baila o velho calhambeque de 1936, desta vez por motivos muito diferentes daqueles tempos, já que a preocupação não era mais afundar na areia.
I.D.E.A Kaz -2001.
Esta incrível limusine-conceito elétrica tinha uma grande preocupação, manter a dirigibilidade e para isto, 6 rodas são utilizadas para o veículo conseguir fazer curvas. Cada roda tem o seu próprio motor elétrico independente e, certamente com essa cara de cruz credo, o I.D.E.A não foi um sucesso de mercado.
Eliica – 2004
Uma certa lenda reza que o pessoal da universidade não é muito prático...
Desenvolvido em 2004 por uma equipe da Universidade Keio do Japão e lançado no Salão do Automóvel de Tóquio de 2005, este carro, possivelmente um dos candidatos ao título de automóvel mais feio da história, é totalmente elétrico e a quantidade de rodas se justifica porque cada uma delas é tracionada por um motor elétrico próprio. Impressionantemente, este trambolho consegue atingir de 370 Km/h e pode chegar à velocidade máxima de 400 Km/h.
Conclusão.
Logicamente que não há motivo ecológico suficientemente forte para justificar a poluição causada pela adição de quatro pneus a mais por veículo. Se ainda não há destinação convincente para a atual quantidade de pneus descartados, imagine o caos que haveria se o número fosse duplicado! Ademais, os custos de manutenção dos carros teriam uma elevação intolerável. Portanto, a grande luta da indústria deveria ser no sentido de reduzir o número de rodas, já que três rodas seriam suficientes para equipar um carro pequeno.
Leia mais sobre veículos de três rodas aqui.
Os dois primeiros não são feios!
ResponderExcluirEste negocio de politicamente correto e ecologicamente correto já encheu o saco!!!
ResponderExcluirPelas razões já expostas neste artigo, veículos de 8 rodas serão sempre "carros conceito", com a possível exceção dos casos "off-road". No caso do Ellica, o objetivo foi mostrar que carro elétrico não é sinônimo de carro lento. As 8 rodas foram usadas porque cada roda possui um motor de "apenas" 80Hp. Portanto, foram necessárias as 8 rodas para totalizar os 640 Hp necessários para atingir os 400 km/h. Detalhe: Uma ferrari F50, com potência semelhante e metade do peso não consegue passar do 350km/h.
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