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17 de ago. de 2009

Voltar às aulas é um ato de caminhar sobre as águas.

Hoje acontece a volta postergada das aulas, adiada por causa da pandemia de gripe suína. Férias prolongadas de inverno significam encurtamento das diversões de verão e, realidade seja dita, a garotada já não sabia o que fazer para dissipar o tédio. Portanto, corra para conseguir um lugar na 1ª fila!
Volta às aulas significa a retomada do compromisso, que mesmo sendo aborrecido, ajuda a espairecer manhãs, tardes ou noites. Comparecer ao primeiro dia de aula te dá a sensação de ficar mais esperto para pegar o trem da vida.
Certamente, em breve você estará modorrento olhando a rua pela vidraça e imaginando mil coisas que poderia estar fazendo, enquanto a voz da professora ecoa distante em algum lugar da sua mente. Quem sabe, caminhando sobre as águas?
Sejamos realistas, hoje com o Google e as milhões de bibliotecas virtuais espalhadas pelo mundo, você precisa tanto de escola quanto os Tuaregues de guarda-chuvas no deserto Saara. Mas, você está lá, menos pelo conhecimento e mais pela tchurma e a falta do que fazer nas horas vagas que você teria se não estivesse na escola.
Enquanto você não se formar, será um escravo do sistema, obrigado a se sentar em bancos escolásticos medievais que já deveriam ter sido extintos no ano da fundação do Google em 1996. Porém, os gestores da educação, infensos às modernidades, instituíram a universalização de 200 dias letivos desenrolados em salas caindo aos pedaços, capitaneados por professores mal preparados, mal pagos e amedrontados.
Todavia, sem o tempo tomado pela escola falida, você ficaria entregue à sua preguiça desmoronante, e quando menos esperasse, a vida teria passado pela janela do seu trem abandonado.
O certo é que a volta às aulas chegou e o seu despertador terá que ser regulado para as famigeradas 6:30 horas do sono bom, hora de virar para o outro lado e aproveitar a frescura da manhã. Hora que você não terá doravante até o verão. Por isto, vá se acostumando com a tranqueira do som do despertador e veja se você não se reconhece neste vídeo, pelo menos no famigerado 1º dia de aula – que deveria ser compulsoriamente feriado.

Vídeo via [Tudo que vejo!]

8 comentários:

  1. o sr e suas postagens exepcionalmente bem montadas e muito bem redigidas.
    Oleee...
    Animação favoritada

    ;-)
    abraços,

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  2. Robertoke,
    Um blog se faz com leitores, um blog bom se faz com leitores leais e um blog excelente se faz com um bom time de leitores tanto leais quanto excepcionais.
    Então, estamos todos batalhando pela excelência.

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  3. Oleee duplo!!
    "viva nóis"..
    Linkei!

    grande abraço,
    (volto logo)

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  4. Plano para acabar com a cultura.

    Para começar, lança-se a ideia de que é preciso ser-se culto para se ser "alguém".
    Ser-se "culto" significa estar-se apto a responder aos inquéritos das “ Revistas Cor-de-rosa”
    Qual foi a última exposição/peça de teatro/ que viu? E o último espectáculo? Que livro levaria para a ilha deserta?
    Qual é o seu restaurante favorito? E viagem? E filme? Mas não é só isto: também é preciso ser-se doutor.
    Nenhuma pessoa pode ser considerada culta sem uma licenciatura, qualquer que seja. Fernando Pessoa, por exemplo, não era uma pessoa culta: não só não tinha um curso superior, como, do ponto de vista dos "consumos culturais", era apenas um literato, coisa que no início do século já parecia uma limitação, e que agora é, de facto, um atestado de menoridade cultural. Porque hoje a cultura é movimento, festa, agitação.
    Uma pessoa culta tem de saber vestir, e estar, e rir, e conversar sobre a moda e a política e o ambiente e a música e o design. Sobretudo o design, porque sem o design apropriado ninguém é entendido como culto.
    Para lançar esta ideia, contacta-se uma agência de comunicação. E desenha-se uma estratégia de marketing,porque sem marketing não há ideia que vingue isso até o literato Pessoa já tinha descoberto. Sim, a cultura exige uma estratégia e um plano.
    O plano,a estratégia e o estudo devem ser anunciados,explanados e demonstrados pelo menos uma vez por mês,e em "power point" - ou seja, num ecrã,com muitas cores e gráficos,porque a cultura contemporânea não existe sem luzes, cores,coisas a mexer.
    Um bom plano cultural é aquele que pretende sacudir tudo ao mesmo tempo a chave é juntar a dança com as artes plásticas e a fotografia e o cinema e a música e,enfim,a palavra.
    Há necessidade de criar "novos públicos", de "inovar".
    De onde vem essa necessidade? Do nada - isso é que é maravilhoso: sermos capazes de,criar todo um programa a partir do "nada",apenas movidos pela urgência de criar animação, vitalidade, acontecimentos, enfim,cultura.
    Uma cultura jovem mas de "inclusão", democrática ".E que funcione como um eterno recomeço,a festa pela festa,o evento pelo evento.
    Uma cultura assim garante a tranquilidade do povo e o orgulho pátrio,no futebol como em qualquer outra área e o futebol também é cultura, não esqueçamos,também sabe fazer grandes festivais.
    Outra coisa seria presunção e perigo. Que outra coisa?
    Por exemplo,criar estruturas escolares sólidas para que as pessoas possam aprender a pensar e a imaginar livremente,de modo a fazerem as suas escolhas ou desenvolverem as suas capacidades.
    Investir em bibliotecas e arquivos. Apoiar os criadores e os seus projectos, os investigadores,a edição e divulgação de textos e autores essenciais para a formação de um pensamento crítico.
    O povo quer-se anestesiado e,o dinheiro que se gasta em estudos e festas não se gasta a dar-lhe lenha para atear o lume da imaginação ou do pensamento.

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  5. Dei comigo a pensar se existe outra maneira de ganhar dinheiro sem ser a trabalhar.
    Ora, tirando as lotarias, o euromilhões, as heranças ou o roubo, não vislumbrei mais nenhuma.

    Está-nos no sangue, a escola não é para levar a sério. É um mal necessário até se encontrar um bem superior, que pode ser um café, uma oficina, entregar pizas, uma padaria, um rendimento mínimo. O que for, desde que não seja estudar. Porque estudar é para aquecer. É uma questão cultural.
    Ou seja, o estudo, o esforço intelectual, é só para quem tem tempo a perder.

    Porquê?
    Porque a escola, para um português de gema, não é garantia de sucesso, de dinheiro ou de desenvolvimento. Nada disso: é uma seca, não uma prioridade. E os exemplos somam-se e seguem-se.
    Prova disso é que cada ano que passa a escola se torna mais fácil, até se tornar num processo meramente administrativo.

    Se eu não conheço ninguém que tenha reprovado um ano, em que todos os colegas passaram com pouco ou nenhum esforço, porque é que não hei-de pensar que existem outras maneiras de ganhar dinheiro sem ser a trabalhar?

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  6. Estuda quem ansia pelo conhecimento, ganha dinheiro quem tem vocação para a volúpia, e trabalham o resto por contingenciamento, a menos os que fazem o que gostam. Este são bem afortunados por não padecerem na segunda-feira.

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  7. Escola e sociedade.

    O que é uma provocação?
    É um acto que tem por objectivo gerar em nós uma reacção exagerada e irracional, que nos torna ridículos ou exageradamente agressivos.
    Há muitos graus de provocação.
    O objectivo de alguns é apenas provocar uma reacção emocional, uma perturbação. Foi o que aconteceu no início, com os quadros do Picasso, ou na televisão com o Big Brother.
    A pessoa que habitualmente se considera inferior trata com superioridade e desprezo a que supostamente é superior.Deixa-a em dificuldades, provoca-lhe ressentimentos.

    Nas contestações estudantis, o grupo de estudantes esquece a relação de deferência que tem com o professor, interpela-o com arrogância, como se fosse um ser inferior, e, se este reage, recrimina-o, qual aluno indisciplinado.
    Umas das formas mais importantes de provocação são os maus-tratos persecutórios entre jovens o chamado bullyng.
    O agressor empurra a vitima, insulta-a, rouba-lhe a carteira e, quando ela protesta, vê nessa reacção um motivo para importunar. Ou seja, o perseguidor usa a provocação para justificar a posterior perseguição.
    Nos grupos de jovens, quem quer provocar rixas mete-se com uma garota de outro grupo ou choca com um deles fingindo não ser de propósito. O outro reage e o primeiro declara-se agredido, aproveitando para iniciar o combate.
    Curiosamente este tipo de provocação também é usado na política. As frases trocadas entre eles (políticos) são provocações, sob a forma de acusações ou lamentos.
    Um lamentável exemplo foi o dos nazis que insultavam os judeus, partiam-lhe as montras e, quando estes reagiam, gritavam indignados, como vitimas. Nessa época de violência pública há a figura do agente provocador que atira uma pedra e depois afirma que foi agredido. Tinha sempre companheiros prestes a testemunhar a seu favor.

    Quando nos apercebemos de que se trata de uma provocação devemos ter presente que, se reagirmos, haverá sempre danos.

    O melhor é não responder, sair dali e deixar o provocador a falar sozinho.

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  8. voce esta de parabens adorei suas montagens

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