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20 de nov. de 2008

Diante da crise, porque os carros não diminuem o consumo?

Deve existir alguma razão pela qual o mundo civilizado tenha se tornado automobilístico. Não é só o Brasil que mergulhou totalmente no gosto por carros, pois quando estive na Europa, lá também o carro domina tanto as ruas, que estacionar nas grandes cidades européias é um suplício de Tântalo.

Porém, as opções automotivas têm se revelado desastres ecológicos e engodos tecnológicos. Explico, as montadoras de veículos, desde que foi inaugurada a linha de montagem com a produção dos primeiros Ford Modelo T,
não quiseram, ou não puderam introduzir modificações radicais no conceito de motorização. O resultado é que mais de um século depois, continuamos a rodar nas ruas em carros maquiladamente modernos, mas propelidos por motores ainda a explosão, uma das maneiras mais burras e ineficientes de se de queimar combustível.

A recente crise na indústria automobilística americana reflete a mudança de paradigma no gosto dos usuários de automóveis. Os americanos abandonam o apetite pelas grandes, beberronas e vistosas Sports Utility e se voltam para soluções mais modestas e econômicas.
Se até os ricos americanos procuram tecnologias limpas, econômicas e que ocupam menor espaço, qual seria a melhor solução?

Há décadas os europeus têm a chance de adquirir carros super-pequenos , já que eles não tem opção diante da realidade física da maioria das suas cidades, projetadas antes da revolução industrial.
Este pequeno notável estacionado no centro de Florença na Itália é o exemplo disto.

Há décadas o Mr. Bean tornou famoso o simpático carrinho Mini Britânico.
Porém, a opção pelos pequenos se justifica muito mais pelo espaço do que pelo consumo. A meu carro anterior, uma Parati 1.6 da Volks gasta a mesma coisa que o meu carro atual, um Ford KA 1.6. Serão as famigeradas Sete Irmãs do Petróleo as responsáveis pela estagnação tecnológica? Caso a informática tivesse permanecido presa aos paradigmas da comutação por válvulas eletrônicas, hoje os computadores ainda ocupariam andares inteiros.

Bill Gates, o todo poderoso NERD criador da Microsoft meteu o seu pitaco sobre o marasmo da tecnologia embarcada nos carros: “se a indústria tivesse evoluído tecnologicamente, tanto quanto a indústria de computadores evoluiu, estaríamos guiando carros que custariam 25 dólares, que teriam o consumo de 420 quilômetros por litro".

Repercutiu nos sites mundo afora a resposta da General Motors ao atrevimento do Bill, o que não vou fazer aqui, pois enquanto a GM está afundando por ter apostado tanto tempo em carros grandes, consumidores e poluidores, a Microsoft navega na crise longe do olho do furacão da falência.

Quais são as perspectivas?
- Os consumidores devem exigir produtos ecologicamente corretos, mesmo que a maioria não tenha uma consciência ecológica altamente desenvolvida, todos entendem a ecologia do próprio bolso;

- as pessoas precisam renunciar ao uso do veículo como status social. Graças a este tipo de mentalidade, as montadoras continuam investindo em automóveis ineficientes, porém vistosos.

Algumas soluções propostas.
Enquanto as gigantescas indústrias se debatem para atender as demandas dos novos tempos, algumas pequenas fábricas tentam apresentar ao mercado soluções de alta tecnologia, coisa que as grandes nos negaram desde o lançamento do Modelo T.

Carros elétricos e híbridos, tentando romper a barreira mental do motor a explosão.
O carro a seguir parece ter saído dos exercícios de futurologia dos anos 50. O APTERA tem duas versões, uma totalmente elétrica e outra híbrida.
Confira o vídeo do teste feito pelo site Popular Mechanics. Maiores informações sobre este carro retro futurista no site OGlobo - Aptera: um carro híbrido com design esquisitão.

O carro elétrico esportivo que não é feio e nem lento.
Tesla Roadster Elétrico
O esportivo Tesla Roadster, totalmente elétrico, é a resposta de uma pequena fábrica àqueles que pensam que carros elétricos precisam ser necessariamente feios leitos. O Roadster deles parece uma Ferrari e consegue atingir 100 km/h em 4 segundos, com velocidade final de 200 km/h. Um teste dele foi publicado no site Webmotors.

6 comentários:

  1. ahhhhh pois é, excelente assunto pra refletir um pouco
    agora ainda com essa onda de alcool e biocombustiveis, que nao atacam a raiz do problema, apenas é escolhida pq é mais uma forma de energia q pode ser controlada e posta na mao de poucas pessoas

    ter seu carro eletrico, q quase sem pesquisa é tao eficiente quanto muitos com motores a combustao nao é de interesse das corporaçoes lacaias, nem nunca serao, até pra ter cinto de segurança nos carros foi necessaria uma lei, pq as montadoras nao aceitavam

    pra vcs q querem pensar, assitam o filme
    'QUEM MATOU O CARRO ELETRICO'

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  2. olá!

    Sobre a foto postada no seu artigo, do Mr. Bean Por favor, peço que de uma próxima vez avise ou mencione no site, já que está usando uma foto de nosso site. Agradeço a colabolação.

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  3. Já que o cara do somnuscars não gostou do link aqui, retirei-o imediatamente.

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  4. Não escrevi se gostei ou não gostei, apenas PEDI para que mencionasse o site caso fosse usar algum link de nosso conteúdo. Quando você linka uma foto do meu blog, eu sou avisado. Foi apenas por este motivo que consegui te achar.
    Agora, se realmente quiser usar uma foto e não queira mencionar nenhum site, sugiro que você copie a foto no seu computador (pode até ser do meu site, sem problemas) e coloque no seu blog. Assim, não vai existir nenhum link para mim, e você pode ficar livre para mencionar ou não a fonte que você utilizou.

    Mais uma vez agradeço a compreenção.

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  5. vixi vixi vixi...

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  6. Restaurei o link do somnuscars, pois reconheço que inadvertidamente pratiquei a prática de hotlink.

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