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29 de nov. de 2008

A história dos discos voadores terráqueos.

A maioria das aparições de Objetos Voadores não Identificados é armação, resultante dos esforços de espertalhões tentando enganar a credulidade do povo. Porém, uma pequena margem de eventos remanesce sem explicações científicas plausíveis, o que leva a crer que há algo mais entre o céu e a terra, do que sonha a nossa vã filosofia. Independentemente da veracidade dos OVNIS, a própria civilização terráquea vem tentando construir desde o século XVIII um disco voador que realmente funcione.

1714 – O disco voador sueco que não tinha como sair do papel.
Emanuel Swedenborg, uma mistura de místico e cientista sueco, produziu o primeiro esboço conhecido de uma aeronave arredondada de madeira. Como o motor ainda não tinha sido inventado, a propulsão era pela força dos braços. Uma descrição da máquina voadora de Swendenborg, como ela ficou conhecida, apareceu num periódico de 1716, porém nunca saiu do papel.


1902 – Ezekiel, o barco voador, que pode ter sido o primeiro avião motorizado a voar.
O camarada Gus Stamps supostamente teria batido os irmãos Wright em 1 ano. De acordo com relatos de testemunhas, Stamps voou o seu Ezekiel “barco voador”, um veículo semi-elíptico motorizado, desenhado por Burrell Cannon – um ministro Batista, dublê de engenheiro e inventor. O aeroplano supostamente teria voado a distância de 47 metros, a uma altura de 3 metros e meio, antes de se espatifar no pouso perto de Pittsburg, Texas.

1913 – O disco voador inglês.
Os projetistas britânicos Cedric Lee e George Richard solicitaram a ajuda do engenheiro James Radley e o do seu assistente Eric England para criar este avião propulsionado a hélice. England voou nele por 8 km sobre Shoreham, Inglaterra, antes que o motor morresse durante o pouso. Mesmo que piloto tenha sobrevivido ao desastre, a estrutura do avião não teve a mesma sorte. A equipe teve que começar do zero para criar outro, uma versão modificada com três trens de aterrissagem, estais adicionais e flaps nas asas para conferir maior dirigibilidade. A aeronave redesenhada voou pela primeira vez em 1914, porém novamente apresentou graves problemas de controle. O piloto Gordon Bell, incapaz de estabilizar o avião antes do pouso, não conseguiu evitar um novo acidente. Lee pilotou uma terceira versão, porém uma nova perda de controle fez com que o vôo acabasse rio adentro. Esta versão não pôde ser resgatada e a equipe resolveu mudar de ramo, passando a se dedicar ao desenvolvimento de aviões comerciais.

1929 – Roundwing, o disco voador guarda-chuva.
O projetista Americano Steven Paul Nemeth testou num túnel de vento um modelo do seu aeroplano em formato de disco-voador. O Roundwing, que ficou conhecido como avião guarda chuva, cinco anos mais tarde foi construído em escala plena, medindo 5 metros de largura e 6 de comprimento. No mesmo ano, o Rowndwing fez um vôo com sucesso.

Logo depois, Nemeth trocou o motor de 90 cavalos por outro modelo de 120 cavalos, o que capacitou o avião a fazer pousos e decolagens em pistas menores. Ele podia levantar vôo com uma corrida de apenas 20 metros e pousar usando apenas 7,6 metros de pista a uma velocidade de 48 Km/h. A grande estabilidade apresentada deu esperanças a Nemeth de produzir o protótipo em larga escala e chegou a vender algumas unidades por 1.400 dólares cada um. Contudo, a grande depressão de 1929 naufragou os planos e o mundo esqueceu mais um disco-voador terráqueo.

1942 – A Panqueca Voadora.
O engenheiro aeronáutico Charles H. Zimmermann desenvolveu um protótipo de avião de caça para a marinha americana, batizado de V-173 e apelidado de Panqueca Voadora. A marinha esperava colocar um grande número de Panquecas nos seus navios, depois que mais de 180 dos seus aviões foram destruídos no ataque japonês a Pearl Harbor. Ela esperava que o baixo estol da Panqueca pudesse permitir a operação até em pequenos porta-aviões e cargueiros modificados.

Porém, apesar das excelentes capacidades de operação em pistas curtas, o desempenho do disco-voador na aviação de caça deixou a desejar e além do mais, os seus motores de a dois pistões eram demasiadamente ruidosos para passarem despercebidos do artilharia anti-aérea do inimigo.

A marinha usou 170 unidades em vôos de teste, antes da Panqueca Voadora ser finalmente abandonada em 1947. O avião foi restaurado em 2003, com seus dois motores e a fuselagem original e se encontra exposto atualmente no Museu Smithsonian na cidade de Washington.

1944 – O disco voador nazista.
Arthur Sack, um entusiasta por aeromodelos, completou o AS-6 V-1 em 1944. O avião elíptico foi montado a partir de peças descartadas de aviões Masserschmitt. Os nazistas fizeram testes de vôo através do piloto Rolf Baltabol no campo de pouso de Brandis, nos arredores de Leipzig. No entanto, as coisas desandaram em problemas de leme e peças mal ajustadas. Depois das correções, os engenheiros chegaram à conclusão de que não havia potência suficiente e não havia recursos para desenvolver novos motores. As várias correções posteriores se mostraram de pouca ajuda e Baltabol recomendou que os engenheiros fizessem mais testes em túnel de vento e trocassem o motor, o que nunca ocorreu.

Naquele verão, uma última tentativa foi feita por outro piloto, que acabou com um trem de pouso destruído no pouso desastroso. O AS-6 V-1 retornou definitivamente ao hangar do campo de Brandis, onde posteriormente virou sucata em virtude de um bombardeio aliado.

1954 – Avrocar, o disco voador a jato.
O sonho aeronáutico da década dos anos 50 era fazer um disco voador voar a velocidades supersônicas. Em 1954 o projetista canadense John Frost começou a trabalhar num projeto ultra-secreto para a força aérea dos EUA, de codinome Ladybird. Seu objetivo era fazer com que um avião redondo decolasse e pousasse verticalmente e atingisse a velocidade de Mach 3.5 (três vezes e meia a velocidade do som) e que pudesse atingir altitudes de mais de 20 mil metros. A força aérea planejava produzir este disco voador em diversos tamanhos, sendo que o tamanho maior seria de 30 metros de diâmetro. Frost sugeriu que as bordas do disco poderiam ser armadas com com mísseis para proceder ataques aos bombardeiros soviéticos.

Em 1955 a força aérea mudou o nome do projeto para Silver Bug. Todavia, os testes em túnel de vento revelaram que o ambicioso projeto de Frost era extremamente instável em velocidades supersônicas. Também sobraram dúvidas sobre a capacidade do avião em agüentar as altas temperaturas resultantes de vôos em altas velocidades.

Posteriormente Frost projetou outro avião igualmente instável, que foi denominado de VZ-9AV Avrocar. Este disco voador incorporava motores a jato e a sua finalidade inicial era o transporte de tropas e reconhecimento. Dois protótipos foram construídos e nenhum deles se prestou para o uso militar. Os barulhentos discos voadores corcoveavam e se inclinavam incontrolavelmente tão logo atingiam alguns metros acima do solo, à velocidade pífia de 56 Km/h, valor muito distante das velocidades supersônicas que a Força Aérea esperava. Os militares jamais produziram o Avrocar e o assunto foi parar no limbo da história.

Anos 90 - EKIP o OVNI russo.
O EKIP foi um avião elíptico com asas, primariamente concebido para o transporte civil e também para o uso militar. O projeto gestado nos laboratórios da famosa fábrica de aviões russa Saratov construiu um primeiro protótipo em escala reduzida, operado por controle remoto. A esperança era a construção posterior de um modelo em escala plena, com autonomia de 5.000 km e capacidade de carga de 396 toneladas. Adicionalmente, ele teria a capacidade de decolar e pousar tanto em pistas convencionais, como na água. O avião, apelidado de “O OVNI Russo” pela imprensa americana, no entanto se revelou instável nos testes de túnel de vento. Muitas modificações foram tentadas, inclusive um novo desenho para a cauda.

Contudo, no final da década de 90 os russos suspenderam o aporte financeiro ao projeto devido aos problemas econômicos vigentes em meio a ruína do Império Soviético e a fábrica Saratov foi encampada por uma divisão da marinha americana, a NAVAIR. A princípio a marinha americana manteve algum interesse no projeto EKIP, porém em 2005 abandonou a tecnologia por razões ainda desconhecidas e até hoje a idéia do OVNI russo permanece esquecida nas prateleiras.


2002 – Cypher, a rosquinha voadora.
A fábrica Sikorsky estabelecida em Connecticut, EUA, desenvolveu uma aeronave nos anos 80 com capacidade de decolar e pousar verticalmente. Um protótipo em forma de rosquinha e propulsionado por um rotor interno foi construído para perfazer missões de vigilância e reconhecimento. Ele tinha a capacidade de voar automaticamente através do sistema de navegação controlado pelo computador de bordo, ou podia ser operado remotamente por um piloto em terra.

Até o fim dos anos 90, a Unidade de Fuzileiros Navais dos EUA continuou a desenvolver a tecnologia do Cypher, dotando-o de navegação por GPS, câmeras de luz visível e infravermelho e rastreador a laser. Um modelo derivativo, o Cypher II, foi mais tarde renomeado pelos fuzileiros navais para Dragon Warrior (dragão guerreiro). Este último veículo incorporou diversas melhorias, inclusive asas, porém o projeto teve vida curta, quando os burocratas do governo suspenderam as verbas e literalmente mandaram a rosquinha voadora “para o espaço” em 2002.

O futuro - A tecnologia dos discos voadores terráqueos algum dia poderá ser viável?
A humanidade sempre buscou a tecnologia dos discos voadores, por causa da sua potencial manobrabilidade. Um objeto voador que fosse capaz de se mover facilmente em qualquer direção é o sonho de todos os projetistas aeronáuticos.

Tendo todas estas vantagens, os discos voadores deveriam ser coisas muito comuns hoje em dia. Mas, por que os discos voadores não estão voando nos nossos céus? Apesar dos evidentes benefícios, tal tecnologia sempre foi marcada por terríveis contratempos. E o principal desafio foi superar a alta instabilidade de aerofólios que não podem se socorrer das soluções aplicadas aos sistemas aerodinâmicos convencionais – especificamente, das asas que conferem sustentação e dos estabilizadores verticais e horizontais – coisas que essenciais para manter os aviões convencionais no ar. Quando um avião se desloca no ar a uma velocidade acima do seu estol, as próprias forças aerodinâmicas concorrem para estabilizá-lo. Todavia, a essência da idéia de aviões em formato de disco voador exige que eles possam pairar no ar em momento zero de deslocamento, por isto eles necessitam de um novo paradigma de sustentação e que permita a estabilização em vôo.

Caso as aparições de OVNIS sejam verdadeiras, provavelmente eles foram construídos por civilizações avançadas, que superaram os problemas básicos de sustentação e estabilização, lançando mão, talvez, de um método revolucionário de propulsão, por ora ainda desconhecida pelos terráqueos.
O Futuro.

Fonte:
Flying Saucers Through the Ages.

Um comentário:

  1. Para gente, disco voador e criação do homem para fins espiatorios militares, são usados como armas para defesas do seu pais. deem mais um pouco de atenção aos acontecimentos globais, todas as catástrofes que acontecem la estão eles os discos voadores, acredito que eh somente jogo de militares dizem que existem disco voadores que veem de outro planeta..pura ilusão.

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