A possibilidade de fazer pagamentos utilizando somente um pedaço de plástico, sem envolver dinheiro e cheques é, à primeira vista, a maneira mais fácil de tornar a vida mais simples. Ledo engano, pois os estelionatários inventam artimanhas todos os dias para abocanhar os dados dos cartões e as informações de segurança, com o objetivo de “limpar” a sua conta bancária e empulhar débitos no seu nome.
Basicamente existem dois tipos de golpe:
1- O seu cartão é clonado num terminal bancário de auto-atendimento, graças à implantação de falsos leitores de cartões no orifício que você utiliza normalmente para enfiar o seu cartão;
2- Em estabelecimentos comerciais, onde o seu cartão pode ser clonado por funcionários corruptos, que o passam sem que você veja, em chupas-cabra escondidos em bolsos ou dispositivos eletrônicos de uso pessoal conectados junto ao corpo, tais como walkmans.
O primeiro tipo de golpe é mais evitável, pois se você prestar atenção nas fotos a seguir e no vídeo do flagrante de uma quadrilha instalando um chupa-cabra num terminal bancário, poderá prestar atenção quando for usar os terminais bancários eletrônicos. Em sinal de qualquer irregularidade com o equipamento: muito frouxo, balançante, desgastado, mal colocado, etc., o pessoal do banco deve ser avisado imediatamente via telefone existente dentro dos terminais de auto-atendimento. Adicionalmente, nos casos em que o cartão tranca dentro do leitor, você jamais pode recorrer à ajuda de estranhos e muito menos se retirar do banco com o cartão preso dentro na máquina.
Contra o golpe da clonagem aplicado no comércio em geral, as contramedidas de segurança estão praticamente fora do alcance do consumidor. Estes golpes normalmente são perpetrados com a colaboração de funcionários corruptos recrutados pelas quadrilhas especializadas. Alguns estabelecimentos têm as suas leitoras de cartão violadas e dentro delas é implantado o leitor chupa-cabra, sem o conhecimento dos donos. Um caso rumoroso, da clonagem de milhares de cartões de crédito, ocorrido no Supermercado do Grupo Pão de Açúcar num centro comercial de Brasília. Nestes casos, o consumidor só vai descobrir que foi lesado, quando aparecerem as faturas absurdas no extrato mensal da sua operadora de cartões.
Golpe realizado no interior das agências bancárias de atendimento.
Vídeo flagrando um casal de golpistas instalando um chupa-cabra numa agência bancária.
Veja estas fotos no FatoReal para aprender como o leitor do banco é substituído por um falso.
Polícia somente descobre como o esquema funciona, somente quando o bandido resolveu cooperar, pois os funcionários públicos não têm nenhuma formação na área de informática.
Os dados armazenados nos chupa-cabras são enviados para um notebook usando a tecnologia de transmissão de dados sem fio - Bluetooth.
Golpistas relapsos são presos porque o chupa-cabra que eles instalaram caiu no momento em que o cliente passou o cartão.
Bancário, ao fazer um saque desconfia quando a leitora de cartões balançou, era um chupa-cabra.
Uma variante do golpe do roubo de cartão sem usar chupa-grapa.
Uma alternativa ao desmonte da parte frontal das máquinas, para proceder o implante do chupa-cabra, e a colocação de uma fita aderente no bocal da leitora de cartões. O cliente terá o seu cartão preso e tentará retirá-lo. Após várias tentativas, ele vai desistir, quando vem o falsário e faz a operação normalmente usando o cartão da vítima e a senha que ele memorizou previamente. Para consecução deste golpe, é imprescindível que o golpista esteja dentro da agência, ou posto bancário.
Cartilha de segurança para a operação em terminais eletrônicos bancários.
Golpe dado em estabelecimentos diversos que operam com cartão de crédito.
Exemplos de como cartões de crédito são falsificados.
Foto mostrando o chupa-cabra instalado dentro da leitora oficial da loja. Contra este tipo de golpe não há como o consumidor se defender, já que ele não percebe a atuação de funcionários corruptos dentro das próprias lojas.
Um chupa-cabra oculto num headfone. O funcionário passa o cartão no leitor oficial e, sem que o cliente perceba, passa na sua leitora “pessoal” amarrada na cintura.
Como os estelionatários fabricam os leitores chupa-cabra?
Um chupa-cabra nada mais é do que um leitor de cartões magnéticos genérico, que pode ser facilmente adquirido numa loja eletrônica, pois é usado comumente em sistemas de cartão-ponto eletrônico de empresas e em outras aplicações comerciais. Os estelionatários compram estes equipamentos no comércio, desmontam e adaptam às suas finalidades, usando alguns rudimentos de eletrônica e conhecimentos de informática.
Chupa-cabra operado em posto de gasolina.
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