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27 de jun. de 2009

O que se conserva, mas muda o tempo todo?

Moinhos ao Vento de Carlos Godinho

É a energia.
O que é energia? Energia pode ser definida como a capacidade de realizar um trabalho. Exemplos de energia são a gravitacional, cinética, calorífica, elétrica, radiante, química, nuclear, entre outras. Há até uma energia associada à massa dos corpos em repouso: a energia potencial.

Sabia que, segundo a Física, a conservação da energia é o princípio que controla o Universo?

É impressionante saber que energia nunca se acaba, mesmo a nossa! Ela apenas se transforma e muda de lugar. Ou seja, a energia pode existir de diversas formas dentro de um sistema e ser convertida de uma forma em outra. Os ecossistemas terrestres são mantidos pela transformação da energia luminosa em energia química, através da fotossíntese. Essa transformação resulta na construção da glicose, que serve de matéria-prima para construção de outras moléculas e estas por sua vez são convertidas em outras tantas, pelos diferentes organismos através da cadeia alimentar.

O princípio da conservação de energia formulado a partir da metade do século dezenove levou à hipótese de que se poderia construir um moto perpétuo, um sonho que ainda não acabou. Porém, o conceito de uma máquina que funcionasse para sempre esbarrou no fato de que parte da energia se transforma em calor e se transfere para outros sistemas.

O conceito de conservação da energia
foi sendo elaborado a partir de contribuições de vários cientistas entre os quais: Galileu, Huygens, Lagrange, Newton, Lavoiser, Carnot, Joule, Plank e Einstein, que chegou à Lei de conservação da massa-energia (E= m.C²).
Perpetuum mobile

Pensar em energias alternativas envolve a recaptura e reutilização de energias que se transformam e “escapam” do sistema. Algumas tecnologias estão buscando incorporar soluções ecológicas em automóveis, visando um melhor aproveitamento de diferentes formas de energia, por vezes, alguns protótipos são bizarros. Esse é um desafio essencial à preservação ambiental, porém se opõe aos atuais modelos de concentração de renda, significando que as verbas para este tipo de pesquisa ainda são minguadas.

Por: Gladis Franck da Cunha.

Notas:
Para saber mais sobre a conservação de energia e a contribuição dos diferentes cientistas leia a resposta à pergunta: O que é energia? Em: PLEITEZ ,Vicente. Energia: controladora do Universo. O leitor pergunta. Ciência Hoje. São Paulo, v. 14, n.184, p. 6, 1992.

Para uma explicação simplificada da fotossíntese consulte: CUNHA, G.F. Fotossíntese bem resumida? Blogpaedia, 2008, disponível em: http://www.blogpaedia.com.br/2008/04/fotossntese-bem-resumida.html

Para saber mais sobre o estado da arte do moto contínuo veja texto de Álvaro Augusto em “Rabiscos Aleatórios”, disponível em: http://alvaroaugusto.blogspot.com/2007/07/moto-contnuo-o-sonho-que-no-quer-morrer.html

3 comentários:

  1. O que se conserva mas, muda o tempo todo?

    Também a cultura e a informação.

    Os jornais custam dinheiro a produzir. Logo, têm de cobrar um preço. As notícias e as entrevistas exigem meios físicos e esforço de pessoas que podiam estar noutras profissões rentáveis. Até nas opiniões, a enorme diferença entre a qualidade das colunas, que são pagas, e as entradas nos blogues, que são grátis, mostra que a qualidade tem um custo.

    Uma das características dos jornais é que depois de produzida a matéria para uma pessoa ler não custa nenhum recurso que ela seja lida por outras pessoas.
    Os jornais são um bem não rival, porque o consumo por mais uma pessoa não rivaliza com o consumo das anteriores.
    Os donos dos jornais normalmente também gostam de ganhar influência, fama ou satisfazer um sentido de dever social, querem que os jornais sejam lidos por muitos.

    Surge assim um conflito: por um lado, cobrar um preço elevado para produzir um jornal de qualidade, por outro lado, cobrar um preço baixo para aumentar o alcance. Há décadas que os donos dos jornais se dividem entre aqueles que querem ganhar dinheiro e os que estão dispostos a tolerar prejuízos em troca de influência.

    Uma das mudanças fundamentais na última década foi a expansão da Internet, ao colocar à disposição de todos a informação mundial.

    Os jornais passaram a ser um bem não excluível, pois é difícil excluir leitores que não estejam dispostos a pagar.
    O preço do jornal acaba assim por reflectir sobretudo a conveniência e o prazer para o leitor de ter as notícias ,todas as colunas de opinião num sítio, apresentadas de uma forma agradável. Uma vez que o valor desta vantagem para o leitor tem um limite, isto cria um tecto que o preço não pode exceder, e que leva a prejuízos avultados.

    A solução clássica para a produção de bens não rivais e não excluíveis é ser o Estado a fazê-la. No entanto, dado o papel dos jornais na vigilância do poder numa democracia, qualquer solução que envolva um financiamento substancial do governo está condenada à partida. As polémicas constantes em torno da isenção dos canais televisivos, ou da escolha de contratos publicitários, já nos deviam ter convencido disto.

    Uma opção é seguir o exemplo dos músicos.
    As gravações são não excluíveis, mas num concerto uma bilheteira e um segurança excluem quem não paga.
    Os músicos hoje recebem a maior parte dos seus rendimentos nos concertos, servindo os CD e videoclips sobretudo para promoção.

    No caso da imprensa, os jornais também podem ser uma forma de promover actividades complementares.
    A organização de conferências e eventos, a consultoria de imagem ou a produção de programas de televisão são algumas das possibilidades.

    A solução definitiva? Não a vislumbro.

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  2. Mário,
    Este comentário mereceria figurar como outro artigo, mas a ilação com a energia é bem interessante.
    Todavia, se considerarmos os resquícios de algumas culturas como Maias ou Incas, fica a pergunta: no que elas se transformaram?
    A informação também pode desaparecer como ocorreu no incêndio à biblioteca de Alexandria.
    Neste ano houve no Brasil um incêndio no Instituto Butantan que ocasionou a perda da maior parte do acervo de espécimes de répteis.
    Não sou marxista mas sua frase: "tudo que é sólido desmancha no ar" é algo a se considerar...
    Sobre jornais impressos acho que devem mesmo acabar, pois se trantam de uma alternativa muito anti-ecológica, já que são rapidamente descartáveis e consomem papel, tinta, energia para impressão, combustível para distribuição, etc.
    Existem outros meios para divulgação de informação bem mais ecológicos e democráticos, como os blogues e redes sociais. Por isso acho que a tendência é que os jornais impressos desapareçam. Sua última chance seria mudarem radicalmente.
    Não tenho sugestões a dar, apenas dejeso que busquem alternativa mais ecológica.

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  3. Obrigado pelo seu comentário. Escrevi isto e andei a procurar o post que fosse o adequado. Talvez haja outro mas não me apercebi.
    Também não sou marxista, revejo-me na social-democracia como a dos países, Suécia, Noruega etc.,
    Quanto ao jornais, lamento não ser da mesma opinião, pois eles representam uma vigilância do poder democrático. Confesso que sou suspeito, pois costumo fazer crónicas nalguns deles e, comentar quase diáriamente sobre as decisões politicas que não são do meu agrado. Nomeadamente as que envolvem a economia.
    A título de curiosidade sou economista, e escrever para mim é um escape. Liberta-me o cérebro dos números.
    Bem haja. Reitero os meus agradecimentos.

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