Estes em todo o planeta estão relegados a um segundo plano por vários motivos, entre eles o menosprezo com que os governos os tratam e a dificuldade apresentada pelos gestores públicos em barrar a ocupação humana desenfreada, devido ao receio do ônus político.
Cerrados e Savanas.
Brasília foi construída em meio ao segundo maior bioma do país (ocupa cerca de 20% do território) numa época de preocupação ecológica Zero. Hoje, a região que abriga nada mais e nada menos do que as nascentes de todos os rios do país agoniza sob o fogo e a incúria política. As frágeis plantas que compõem o cerrado constituem a única barreira entre o coração do Brasil e o deserto.
Leia também: Brasília, o fracasso da Utopia Modernista.
Caatinga.
Apesar de ocupar 11% do território brasileiro, o bioma caatinga não está nos planos dos políticos nem traz votos nas eleições. Devido à nossa equivocada tendência de considerar este ecossistema pobre e de pouca importância biológica e financeira, nada tem sido feito para frear a sua destruição. Assim como o cerrado, a destruição da caatinga deixará como herança o deserto, então o sertão nordestino terá o seu status rebaixado de semi-árido para clima desértico. Estamos plantando hoje a semente dos futuros desertos brasileiros que ocuparão quase 40% do território nacional.
Mais detalhes sobre a Caatinga aqui.
Manguezais.
Uma das áreas de contenção que separam a terra do oceano são as zonas de mangues. Infelizmente a omissão dos gestores públicos tem permitido que os mangues se transformem em lixões, ou sejam irresponsavelmente aterrados e entregues à voracidade imobiliária.
Praias.
Com o aumento populacional, o Brasil tem ocupado zonas de praia e manguezais que deveriam ter sido mantidas intactas, pois representam barreiras naturais contra os sazonais avanços do mar. Vários municípios brasileiros estão enfrentando graves erosões provocadas pela diminuição da faixa de areia, mas a culpa não cabe apenas ao aquecimento global e sim à falta de políticas efetivas de zoneamento costeiro que ponham um freio na especulação imobiliária predatória.
Recifes de corais.
[Biogênio]
Os recifes de corais são resultado da associação simbiótica entre corais e microalgas fotossintetizadoras. O branqueamento maciço ocorrido, principalmente nos recifes a noroeste da Austrália são reflexo direto do aquecimento global, que causa a morte das algas zooxantelas. O problema da degradação dos recifes é que ele representa o substrato sustentador de inúmeras formas de vida marinha, que fatalmente também se extinguirão.Maiores detalhes sobre Recifes de Corais aqui.
Banhados.
Estes ecossistemas são as primeiras vítimas do processo de urbanização desenfreado. Por vezes é o próprio poder público que os utiliza para depositar lixo. No entanto, eles desempenham um pale crucial de mitigadores das cheias, além de serem habitat de espécies endêmicas.
Mais detalhes sobre Banhados aqui.
Permafrost.
[uwsp]
As terras localizadas próximas ao círculo polar ártico fazem parte do Permafrost, que é constituído de solos congelados há milhões de anos. Como resultado direto do aquecimento global, estas terras estão derretendo numa velocidade impressionante e expondo a matéria orgânica (turfa) depositada no seu subsolo. Os cientistas não sabem exatamente a quantidade de óxido nitroso (N2O, um dos gases responsáveis pelo efeito estufa) a ser lançada na atmosfera quando toda a turfa aprisionada estiver exposta. Um dos fenômenos mais impressionantes provocados pelo derretimento do permafrost é afundamento de casas e florestas no Canadá e na Sibéria.Maiores detalhes sobre Permafrost aqui: Link 1, Link2.
Referência:
Conceituação de Ecosistema frágil: [Governo SP]
maneiro e muito interessante
ResponderExcluirGosteiiii muito vai perfeito pro meu trabalho sobre ecossistemas brasileiros----
ResponderExcluirme segue no twitter: @vitoriajustinb2
muito bom!
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