É a capacidade que algumas pessoas têm de distinguir imediatamente o tom de qualquer nota, sem a necessidade de fazer comparações com padrões externos. Eles conseguem fazer tal proeza não somente com todas as notas que ouvem, mas com qualquer nota imaginada e ouvida interiormente.
Cada ocorrência de ouvido absoluto tem seu próprio grau de precisão, que varia de indivíduo para indivíduo, mas estima-se que a maioria deles pode identificar mais de setenta tons na região média da faixa audível. Portanto, cada um desses 70 tons possui para esses indivíduos uma qualidade exclusiva e característica que o distingue de qualquer outra nota.
Um dom tão surpreendente suscita uma série de relatos bizarros, que, no entanto, são factíveis de ocorrer: a nota do assuar de nariz e do trovejar em sol maior, do vento soprando em ré, ou um relógio tocando em si menor. Invariavelmente quando tais percepções são confrontadas com as leituras de um instrumento afinador, elas estão certas.
Para nós, a capacidade de reconhecer um tom exato parece assombrosa, quase como um sentido adicional que nunca se terá oportunidade de ter, como a uma visão de raio X ou infravermelho. Mas quem nasce com ouvido absoluto, evidentemente para ele parece absolutamente normal.
Porém o dom pode se transformar em maldição.Devido à idade, um ouvido absoluto vai perdendo a capacidade elástica da cóclea e as freqüências vão paulatinamente desafinando. A conseqüência disso é que o portador de ouvido absoluto pode ouvir sons cada vez mais desafinados em relação aos padrões imutáveis que ele têm armazenados no cérebro.
Música, tom, cérebro, cóclea, afinador, afinação
Esqueci de dizer o endereço, é ouvidoabsoluto.com.br
ResponderExcluirVi um site que pretende treinar o ouvido absoluto. Parece interessante, mas ainda não posso dizer porque estou nos primeiro níveis.
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