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18 de ago. de 2008

Zveno, o avião-mãe mais bizarro do mundo.

Um dos mais estranhos e bizarros aviões de todos os tempos, foi o Zveno, um bombardeiro que foi adaptado para ser “nave-mãe”, carregando aviões de caça em suas asas e fuselagem, num projeto de Vakhmistrov.
O primeiro conceito veio à tona em meio aos anos 20, quando a Força Aérea Soviética procurava uma maneira de aliar o poder de fogo do bombardeiro à flexibilidade da aviação de caça. Para satisfazer esta necessidade, surgiram muitos projetos. Contudo, o mais intrigante deles, concebido pelo Birô de Projetos Aeronáuticos Tupolev, foi o Zveno. Este projeto foi o que “voou” mais longe, utilizando o maior bombardeiro daqueles tempos, o massivo TB-3,
e uma combinação de aviões de caça e bombardeiros de mergulho, atracados na fuselagem e asas, para permitir a defesa do próprio bombardeiro contra a aviação de caça inimiga.

Depois de algumas experiências bem sucedidas levando planadores Polikarpov R-1 atachados à “nave-mãe”, o projetista Vladimir Vakhmistrov propôs um novo e radical conceito, que redundaria na insólita primeira configuração de parasitismo aeronáutico.

Já no final dos anos 20, Vakhmistrov persuadiu a então incipiente Força Aérea Soviética que um bombardeiro poderia carregar aviões de caça, que seriam liberados segundo a necessidade, para a sua própria proteção e também para perpetrar ataques ativos contra alvos terrestres. Este desejo de auto-proteção se justificaria quase duas décadas depois, durante a 2ª guerra mundial, quando se presenciou o quanto eram vulneráveis aos ataques da aviação de caça da Lutfwaffe, os bombardeiros B-24 americanos, as fortalezas voadoras.

A primeira destas estranhas combinações se chamou Zveno 1, ou Z-1, carregando um caça I-4 modificado em cada asa.
Os aviões “parasitas” eram colocados em cima de uma rampa de madeira e içados para cima das asas através de cordas. As primeiras tentativas comprovaram o sucesso do projeto, que depois sofreu adaptações para carregar caças maiores, os I-5,
assim, a versão do Zveno passou a se chamar Z-1a.

Com maiores aprimoramentos, surgiu o Z-2, que consistia num avião-mãe TB-3, carregando três caças I-5, um em cada asa e um em cima da fuselagem

No entanto, o mecanismo de atraque fixo do Zveno possuia alguns incovenientes:

- ambos os aviões carregados nas asas tinham que ser liberados simultaneamente, para não causar um choque de pressão assimétrica na asa, que viraria o bombardeiro;

- era impossível que os aviões parasitas voltassem, depois de liberados, para a nave-mãe.
Dependendo de onde os aviões-caça fossem lançados, devido à sua pouca autonomia, corriam o risco de pousar em território inimigo.

Para superar tais deficiências, o próximo projeto renunciou aos três aviões, preferindo carregar um só, mas dotado de um engenhoso mecanismo de reiçamento do avião-filho. O Zveno Z-5 era dotado de um trapézio de aço, que suportava pendurado um Grigorivich I-Z.
O sistema de recuperação do avião-filho depois do seu lançamento, era semelhante ao usando no avião americano Curtiss F9C, que tinha uma espécie de “anzol” em cima da sua fuselagem, que permitia que fosse “pescado” em pleno vôo pela nave-mãe.
Fonte:
The Vakhmistrov Zveno - One of the Strangest Airplanes That Ever Took to the Air.

3 comentários:

  1. só uma correção: b52 nem existia na segunda guera, deve ser b 17 b 24 ou outro B ai,mas b52 não

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  2. Muito bem corrigido Davi! Procedi a correção imediatamente.
    Obrigado, este blog está cada vez mais atendendo a sua fisosofia de enciclopédia colaborativa, graças a leitores atentos como você. Parabéns!

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  3. Muito bem corrigido Davi! Procedi a correção imediatamente.
    Obrigado, este blog está cada vez mais atendendo a sua fisosofia de enciclopédia colaborativa, graças a leitores atentos como você. Parabéns!
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    (fisosofia) <<>> nao seria filosofia?

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