Dois irmãos George e William Besler, um ex geólogo de 30 anos e o outro, um engenheiro mecânico dois anos mais novo, tinham conseguido realizar o sonho acalentado por Maxim, Langley e outros pioneiros da aviação. Graças ao seu trabalho, o avião a vapor, muito discutido, esperado e longamente planejado, no dia 12 de abril de 1933.
Este avanço espetacular no campo aeronáutico foi o resultado de três anos de um experimento secreto. Os inventores começaram as suas pesquisas em 1930, numa oficina em Emeryville na Califórnia. Poucas semanas depois, eles compraram um mecanismo boiler/motor de 150 cavalos que se mostrou decisivo para o sucesso do ambicioso projeto.O Travel Air 2000, pilotado por William Besler, correu célere na pista e alçou vôo, sem qualquer som significativo, exceto um pequeno sussurro do motor e o zumbido do vento movimentado pelas pás das hélices. Ao balançar as asas a 60 metros de altura (um sinal comum entre os aviadores), o piloto gritou “Ei!” e pode ouvir os gritos do público postado no solo. A conversa dentro do avião, segundo me relataram os dois inventores, era tão fácil quanto num automóvel conversível.
No método de frenagem de reversão da hélice, possivelmente só possível em máquinas a vapor, o freio é aplicado acima do centro de gravidade da aeronave, o que previne a brusca subida do nariz em paradas bruscas, como ocorre em aviões com propulsão convencional. Quando os freios das rodas são acionados repentinamente, a tendência dos aviões é dar cambalhotas e “crashar” inevitavelmente. Não no avião a vapor, que mesmo tocando no chão a 80 Km/h, consegue parar confortavelmente numa pista exígua de 60 metros.
O futuro a vapor que não aconteceu.
Um dos grandes sonhos para para os motores a vapor aeronáuticos, era a sua utilização em vôos estratosféricos. No ar rarefeito destas regiões, a 16 quilômetros acima da superfície, os especialistas concordavam que futuristas “navios voadores” iam voar a velocidades supersônicas. Neste ambiente sem nuvens e nem tempestades, os ventos constantes das altas camadas atmosféricas iram empurrar a grandes distantes as aeronaves, transportando passageiros, correios e cargas.
Fonte:
Artigo escrito por H.J. FitzGerald, publicado em Julho de 1933 na revista Modern Machanix.
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Avion III, o primeiro avião a vapor!


Qual o tamanho do reservatorio de carvao e de agua pra esse aviao? Seria bem pesado...
ResponderExcluirQual o tamanho do reservatorio de carvao e de agua pra esse aviao? Seria bem pesado...
ResponderExcluirE incrível perceber as outras maneiras de acionar hélices e rodas além do motor a combustão interna, consagrando a utilização da gasolina, no interesse precípuo dos donos do petróleo.
ResponderExcluirOs motores elétricos e os motores a vapor poderiam, cada um em seu segmento estarem servindo aos interesseses da sociedade.
Contudo foram massaacrados e mortos e prevaleceu a vontade dos dominadores.
Estes motores eram acionados por um boiler uma especie de gerador de vapor aquecido a gás ou querosene. E o vapor se transformava em água após ser resfriado em um cooler após o escapamento voltando a ser aquecido em um ciclo. Muito engenhoso pena que não foi a frente por enteresses nos motores a combustão pelo magnatas do petróleo.
ResponderExcluirTambém concordo ,os magnatas do petróleo sabotaram essas e outras idéias
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