Tudo começou no pós-guerra, quando a confiança na evolução tecnológica era total e a antevisão de um futuro espacial era fortíssima no início da década de 50. Sob tais inspirações ufanistas, as fábricas de automóveis se puseram em campo para concretizar o futuro almejado de veículos voadores e espaciais. A humanidade brevemente não se transportaria no chão em carros rastejadores, mas ganharia os céus e o espaço em flamejantes bólidos, voando à velocidades supersônicas.
Firebird I, o carro-avião-foguete, que nem foi carro, tampouco avião.
A Ford tirou as suas cartas da manga propondo os seus carros do futuro e a General Motors não podia ter ficado atrás. A sua resposta a toda esta efervescência futurista veio com a criação do protótipo batizado de “Firebird”.
O Firebird foi a materialização de um conceito inovador e de indisfarçável inspiração nas linhas aerodinâmicas aeronáuticas e na sonhada era espacial, que seria deflagrada em 1957 com o lançamento do satélite russo Sputnik. Diferentemente dos projetos da Ford, cujas idéias jamais saíram do papel, a GM foi mais a fundo, chegando a construir alguns protótipos.
O Firebird I foi o primeiro protótipo construído em 1954, que quase não se diferenciava de um pequeno avião-foguete. Não obstante, o seu design era extremamente tosco, aliado às suas limitações operacionais: espaço somente para o motorista, falta de espaço para bagagem, etc. – ele não nunca chegou a atender aos requisitos mínimos para ser qualificado como automóvel.
Firebird II, foi realmente um carro e ainda mais, dotado de uma tecnologia impressionante para a época.
O conceito inicial evoluiu e deu origem ao Firebird II, possivelmente o mais interessante da série e o mais importante, foi um carro funcional. As inovações introduzidas neste protótipo foram bastante impressionantes. O veículo era propulsionado por uma potente turbina a gás e, ao invés de volante, ele era provido de um joystick, ao modo dos aviões de combate.
Ele tinha sensores direcionais, radar e câmera de monitoramento. Ok, parecem coisas triviais, mas não esqueça de que todas estas coisas visionárias foram propostas ainda em 1956...
Firebird III, não tão espetacular quanto o seu antecessor, representou o fim da corrida futurista para a General Motors.
Dois anos mais tarde, saiu a terceira evolução da série, o Firebird III, muito menos interessante do que os seus predecessores, ele foi a última versão da fabulosa série Firebird.
Depois desta participação na corrida pela implementação do carro do futuro definitivo, a GM se retirou definitivamente e preferiu se voltar para o desenvolvimento de veículos mais convencionais.
Fonte: Futuristic automobiles from the past: General Motors.
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